XP revela tendências de consumo para a moda no último trimestre de 2022
Clima frio,
Copa do Mundo e comportamento de consumo das gerações integram análise
desenvolvida pela companhia em parceria com grandes marcas da moda nacional e
internacional
Com
o objetivo de desvendar os segredos do mercado da moda e ajudar as marcas a
impulsionarem seus negócios neste fim de ano, a XP INC. desenvolveu uma análise
exclusiva para o setor, apontando tendências de consumo e oportunidades para
empresas do atacado e do varejo.
O
estudo é resultado da 1ª edição da XP Fashion Conference, que reuniu 14 empresas - Alpargatas,
Arezzo&Co., C&A, Chilli Beans, Grendene, Grupo SBF, Grupo Soma,
Guararapes, Live! Lojas Renner, Marisa, Track&Field, Vivara e Vulcabras -,
além da WGSN, líder mundial em previsão de tendências de consumo.
“A construção
desse cenário da moda, com a participação de marcas expressivas para o segmento
no Brasil, revela algumas tendências sazonais, que interferem diretamente nos
resultados das empresas. Entre elas, o clima frio do terceiro trimestre, que se
tornou um desafio para a demanda de curto prazo, e a Copa do Mundo, que pode
acarretar a diminuição do fluxo de pessoas no comércio durante os jogos”,
revela a líder regional da XP Inc. em Minas Gerais, Jéssica Oliveira.
O clima frio
do terceiro trimestre é um ofensor de demanda no curto prazo
A
instabilidade climática mundial já não permite aplicar com tanta exatidão o
perfil de cada estação do ano e impõe desafios aos varejistas da moda. Exemplo
disso, detalhado pelas companhias que participaram da XP Fashion Conference, é
que o inverno chegou mais cedo do que o esperado em 2022, favorecendo a
demanda, mas se estendeu pelo terceiro trimestre, impedindo que as marcas
virassem suas coleções. “A sazonalidade nos calendários de moda diz muito sobre
o tipo de peça que será vendida. O clima, a temperatura, a umidade e
principalmente as festividades moldam muito as coleções, assim como se uma
estação fica mais longa, também impede que as peças das novas coleções entrem
no mercado”, afirma a líder regional.
Copa do Mundo
é um risco, mas as empresas estão se preparando para mitigar os impactos
Todas as
empresas que participaram da XP Fashion Conference destacaram que os jogos da
Copa do Mundo, que iniciam no próximo dia 20, devem impactar o fluxo de clientes
em loja, refletindo em uma menor demanda. Mas elas garantem que não ficarão
“sentadas no sofá assistindo o resultado adverso” e já estão se preparando
estrategicamente para mitigar os desafios do evento. “As lojas falaram sobre a
antecipação da Black Friday; uso da estratégia de cashback para provocar
recompras dentro do próprio trimestre; e pagamentos pelo telefone diretamente
com vendedores em loja; além de um reforço de estoques para a demanda do Natal;
e uma sólida estratégia multicanal, trabalhando a conveniência” ressalta
Jéssica Oliveira.
Recessões
trazem um novo olhar para a moda
De acordo com
a WGSN, as recessões historicamente desencadearam mudanças no consumo, com os
Millennials se voltando para o fast fashion após a crise de 2008 e a
Geração Z olhando mais de perto para a economia circular no pós pandemia.
Porém, as empresas também relatam que marcas voltadas para classes sociais mais
altas continuam apresentando desempenho superior às demais, com resultados
sólidos no terceiro trimestre e uma perspectiva otimista para o quarto
trimestre, embora com alguma desaceleração no resultado anual, dada a base de
comparação mais normalizada.
“Entre as
conclusões das reuniões, pode-se observar também que as varejistas precisam
prestar atenção no Metaverso, com indicações de que as gerações futuras
provavelmente serão muito ativas nesse ambiente, com estimativas de que 25% da
população esteja engajada durante pelo menos 1h até 2026”, avalia a
especialista da XP.
Para ela,
alguns aprendizados de gigantes digitais - como a Shein - que foram destacados
no painel WGSN, apontam direções neste sentido, como a expertise em trabalhar
com “Big Data” para apoiar seus lançamentos de produtos; estratégia de mídia
social, principalmente no TikTok; grade de produtos ampla; preços competitivos;
estratégia de social commerce para fomentar avaliações dos produtos; e
programa de estilistas, com 50 novas contratações a cada 6 meses, o que acaba
trazendo uma nova forma de olhar para a moda, que é constantemente renovada.
Expectativas
para o fim do ano
Segundo a líder regional da XP Inc. em Minas Gerais, o desempenho do mercado da moda neste fim de ano deve se aproximar do período pré-pandemia. “Sem as medidas restritivas as pessoas retomaram as agendas sociais e isso reflete no desempenho do comércio. As vendas das últimas datas comemorativas apontam para um processo de retomada estável e espera-se uma Black Friday e um Natal de desempenho positivo, próximo aos níveis pré-pandemia. O segmento de moda é um dos preferidos dos brasileiros para a escolha de presentes nesta época do ano e um dos mais democráticos, com alternativas para todos os gostos e bolsos. O lojista deve investir em ações e estratégias que agreguem valor ao processo de escolha do cliente”, aposta.
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