5 dicas para desenvolver um modelo de negócio rentável
O desenvolvimento econômico na América
Latina tem sido impulsionado pelo surgimento de novos projetos e talentos em tecnologia que, combinados a
empreendimentos visionários, multiplicaram em 18 vezes o volume
de investimentos na região nos últimos três anos, alcançando U$15,7 milhões. No
entanto, a recente desaceleração econômica global tem demonstrado que para que
as empresas possam manter-se atraentes aos investimentos, é indispensável que
repensem suas prioridades de negócio, sendo a sua própria rentabilidade um dos
aspectos principais a se considerar.
De acordo com Rodrigo Aparicio, CFO da Clara
- a solução para gestão de gastos corporativos na América Latina -,
existem cinco aspectos fundamentais que qualquer empresa ou empreendimento pode
levar em conta para a criação e desenvolvimento de um modelo de negócios
rentável, que priorize sua sustentabilidade acima do crescimento a todo
custo:
1. Assegurar o potencial do negócio
A princípio, todo empreendimento tem um
limite de crescimento, normalmente em função do tamanho do mercado no qual está
inserido. Embora haja a possibilidade de se expandir a outros mercados,
ampliando a oferta de produtos e serviços em novos segmentos, essas
considerações só podem ser levadas em conta quando o negócio tem perspectivas
realistas e lucrativas desde seu início.
Esse limite inicial é o que chamamos de total addressable market (ou
total do mercado endereçável, na tradução livre). Se estamos observando um
setor interessante, é de se esperar que encontremos outros concorrentes
tentando alcançá-lo. Nesse caso, a chave é nos perguntarmos: qual estratégia levará meu negócio a
conquistar a fatia de mercado da concorrência?
Para fazer uma análise precisa, as
chaves a considerar são: a) a lealdade dos consumidores do segmento, b) quão
qualificados são os concorrentes e sua oferta de valor agregado, e c) o timing
dos testes de lançamento e implementação dos seus produtos ou serviços.
2. Estruturar monetização com unit economics positivos
Depois de entender se o mercado-alvo é
viável para seu produto, o próximo passo é analisar os custos variáveis e descobrir o retorno de cada
unidade vendida, a fim de garantir uma boa margem.
Para isso, é necessário entender os
custos operacionais e, principalmente, analisar se eles vão se manter estáveis
com um volume maior de produção - ou seja, se os gastos vão crescer junto com o
negócio. Tendo em vista os custos fixos, podemos determinar se temos um retorno
positivo por unidade de venda.
É possível iniciar as operações sem
necessariamente cobrir todos os custos fixos, mas se não tivermos uma
estratégia realista que antecipe o momento em que a margem de contribuição será
positiva, o crescimento das vendas pode até gerar perdas.
3. Antecipar riscos
Existem muitos fatores que podem alterar
os custos operacionais, e alguns dos mais importantes estão fora de nosso
controle, como inflação, inovações tecnológicas, mudanças no ciclo econômico e
o surgimento de novos concorrentes.
Porém, há fatores que estão sob nosso
controle e que podemos prever, ao menos parcialmente – como formalização de contratos futuros com
custos fixos, diversificação de fornecedores, cobertura de riscos e, sobretudo,
adoção tecnológica. Este último fator será fundamental para
manter a eficiência das operações e as margens acima dos concorrentes.
Outro risco importante que pode ser
previsto são as perdas por ineficiência na gestão financeira. Para isso,
existem ferramentas digitais, como a plataforma de gestão de despesas
corporativas da Clara, que aumentam a visibilidade dos gastos da empresa e
geram economia de tempo e recursos destinados às obrigações contábeis e
fiscais, além de poderem ser adotadas sem custo para os negócios.
4. Projetar rentabilidade e mensurar
avanços
Se a empresa deve passar por uma fase
inicial sem retornos positivos, é fundamental prever uma reserva de dinheiro
para sustentar a operação durante esse período. Nesse sentido, é importante
definir antecipadamente as medidas para reagir aos desvios significativos do
plano. Assim, pode-se recorrer ao controle de custos, à postergação de investimentos
ou ao aumento dos preços ao consumidor.
5. Contabilidade
É importante que os todos os membros
tenham visibilidade dos objetivos da empresa, de forma que possam entender os
mecanismos necessários para mantê-la rentável. Mostrar o impacto de cada nova iniciativa nas
demonstrações financeiras é essencial para manter a alocação de recursos no
caminho certo.
No atual cenário econômico, falar em
margem de contribuição ao invés de volume torna-se essencial para alcançar um
modelo de negócio rentável e bem-sucedido. Buscar o ‘crescimento a todo custo’
não é a abordagem ideal em nenhum estágio do ciclo econômico, e as fases de
crescimento mais lento são o momento ideal para revisar como medimos o
desempenho da empresa.
É importante levar esses aspectos em consideração para refinar os modelos de negócios e incorporar todas as vantagens tecnológicas que sustentam a rentabilidade da empresa. Isso fará a diferença na projeção de grandes companhias nos próximos anos.
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