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Conheça os 3 motivos que vão estimular o aumento dos investimentos nas startups em 2023

Clima político mais calmo, economia em destaque e incentivo à inovação devem garantir esse crescimento nas captações, aponta especialista

A definição do novo governo após as eleições e algumas boas caracerísticas economia brasileira deverão garantir um bom ambiente para novos investimentos nas startups em 2023. Por conta desse clima promissor, a expectativa é de que a situação se reverta, pois o segmento acumula uma queda de 50% no volume de captações de recursos neste ano. De janeiro a outubro, foram movimentados US$ 4,1 bilhões contra US$ 8 bilhões em relação a igual período de 2021, segundo dados da plataforma de inovação Distrito

Para o membro do Advisory Board da BTTECH – lawtech com soluções para o setor jurídico – e COO do BTLAW, Carlos Akira Sato, o ambiente econômico brasileiro ainda apresenta bons indicadores, mesmo com todas as dificuldades no mercado local e global. Por outro lado, ele destaca que os investidores buscam segurança, mas sempre reservam uma parte do capital para maiores riscos.

“É fato que continuamos a apresentar excelentes oportunidades e o câmbio depreciado é um ingrediente adicional da receita do nosso sucesso”, avalia. Akira ressalta ainda que “a parte cheia do copo” estará mais visível para todos os agentes do mercado a partir do segundo trimestre de 2023, quando as incertezas do novo governo estarão ultrapassadas.

O integrante do Advisory Board da BTTECH aponta três motivos que vão contribuir com o crescimento dos investimentos nas startups no próximo ano. Confira quais são:

Ação do novo governo
Com a definição do novo governo e a composição do Congresso, o país chega, finalmente, ao momento do pragmatismo. Isso mostra que o presidente eleito terá que negociar muito para cumprir as promessas e esse processo já começou com o sucesso nas negociações com o Legislativo, num esforço de deixar o contexto político mais calmo, inclusive para investimentos.

Akira aponta como ponto principal dentro desse cenário o início das negociações para aprovar a PEC da Transição, em um movimento inédito feito pela equipe do presidente eleito. “Bom sinal de governabilidade, mas já se transformou na primeira preocupação do mercado local e internacional, afinal é uma medida que quebra o equilíbrio fiscal”, alerta.

Ainda dentro dessa tentativa de acalmar o contexto político, os partidos que apoiaram o presidente eleito já garantiram apoio à reeleição de Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG) para comandar a Câmara e Senado, respectivamente. Mais um bom sinal de governabilidade, mas com uma boa dose de preocupação relacionada às contrapartidas que serão exigidas pelos partidos aliados e seus efeitos sobre o equilíbrio fiscal”, salienta.

Economia com influência global
Independente do viés político, a economia brasileira continua a figurar entre as 15 maiores do mundo. Fora isso, tudo indica que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro e dos principais parceiros do país será positivo em 2023, reforça o executivo da BTTECH.

Outro ponto fundamental apontado é a inflação do país. “Ao contrário da maioria dos países do mundo, já apresenta sinais de queda”, afirma. Por conta desse cenário econômico favorável, os investimentos no Brasil devem aumentar e, evidentemente, isso irá refletir nas startups, analisa Akira. Pesquisa do JP Morgan revelou que 40% dos principais investidores globais consideram ampliar a injeção de recursos no país.

Estímulo à inovação e novas tecnologias
As novas tecnologias continuarão a impulsionar os investimentos nas startups, ressalta o representante da BTTECH. Na sua avaliação isso será potencializado porque o brasileiro é “early adopter” - usuário que está aberto à experimentação de novidades.

Fora isso, um estudo global realizado pela Accenture focado no consumidor bancário constatou que os brasileiros são considerados “pioneer” (pessoas desesperadas por inovação e altamente aderentes a serviços financeiros digitais por meio de dispositivos móveis). “Os órgãos reguladores liderados pelo Banco Central sustentam uma agenda regulatória de inovação desde 2013”, complementa. O PL dos criptoativos foi aprovada e, em breve, teremos a aprovação do PL de jogos e apostas.

Além do mercado financeiro, Akira aponta que outros segmentos também passam por um processo de inovação acelerado, que garante um bom momento para mais investimentos em startups. Nessa lista estão os setores Agro, Varejo e Educação.

Sobre a fonte
Carlos Akira Sato é membro do Advisory Board da BTTECH, lawtech com soluções para o setor jurídico do BTLAW, onde ocupa o posto de COO. Também atua como board member da Kadmotek Venture e das startups Mission, Suprevida, Istpay e Astron Members. Também atua como posto de diretor de M&A da Pagos, associação que engloba fintechs atuantes na área de meios de pagamento. Também foi diretor executivo do BTG Pactual.

 Sobre a BTTECH
A BTTECH é uma lawtech fundada pelos mesmos sócios do BTLAW, escritório com mais de 70 anos de atuação. Criada com o objetivo de oferecer ferramentas digitais que facilitem o dia a dia das empresas, com menos papel e mais tecnologia, a startup une a expertise jurídica do escritório com a de desenvolvedores de softwares.

Dentre os produtos, o BTDOCS, um software de gestão de contratos; o BTCORP (solução para publicação das informações exigidas pela Lei das S.A. na internet) e o OPEN BANKING (infraestrutura pronta que simplifica a implantação da operação de Open Finance nas instituições, segundo as regras da LGPD e do Banco Central).

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