Manejo inicial de bezerras é essencial para o sucesso na pecuária leiteira
A produção
leiteira é uma atividade multidisciplinar que engloba uma série de etapas e os
detalhes podem representar a diferença entre o lucro e o prejuízo. “Tudo começa
com a criação adequada das bezerras e os cuidados essenciais logo após o seu
nascimento. O desenvolvimento adequado e a baixa taxa de mortalidade são
objetivos a serem atingidos nesse período e normalmente estão associados às
boas práticas de nutrição, sanidade, conforto e manejo”, alerta Wiliam
Tabchoury, engenheiro agrônomo da Unidade de Bovinos da Auster Nutrição Animal.
“O primeiro
passo para se obter sucesso na criação da bezerra começa pelo fornecimento
adequado de colostro de qualidade elevada nas primeiras horas de vida. A
bezerra nasce sem imunidade e recebe os primeiros anticorpos por intermédio do
colostro. Em seguida, inicia o desenvolvimento do seu sistema imune. Esse
período é crucial, pois eventuais falhas nesse processo acarretarão enormes
prejuízos, que não serão revertidos no futuro, infelizmente”, destaca o
especialista da Auster.
Tabchoury
lembra que as bezerras recém-nascidas passam a maior parte do tempo deitadas
(20 horas diárias, em média), a exemplo dos bebês humanos. Dessa forma,
cuidados especiais com o conforto e as instalações são muito importantes, como
uso de baias individuais, com palha na cama para manter a termorregulação da
bezerra, iluminação, ventilação e, se possível, ambiente coberto e isolado dos
animais mais velhos por até 30 dias de idade. O uso de vasilhames individuais
para fornecimento de água e alimento também contribui para evitar a transmissão
de doenças.
“O manejo
alimentar e nutricional é um ponto de extrema importância durante todo o
período inicial da vida da bezerra, chamada de fase aleitamento que dura, em
média, de 2,5 a 3 meses. Nesse período relativamente curto há três dietas
distintas, partindo de líquida, indo para líquida-sólida e, por último, somente
sólida. A dieta líquida exige densidade maior de proteína e energia. Por isso,
o uso de sucedâneo lácteo é indicado para os programas de aleitamento. Entre
suas vantagens estão a estabilidade nutricional (mesma composição) e a maior
comodidade, por estar desvinculado do horário de ordenha, permitindo o seu uso
a qualquer hora do dia”, detalha Wiliam Tabchoury.
O consumo de
sucedâneo lácteo com nível de proteína entre 22% e 27%, com zero de fibras e
formulado com matérias-primas de alta digestibilidade, como é o caso da linha
NATTIMILK, da Auster, tem relação direta com a idade do primeiro parto e com a
produção futura de leite. Estudos comprovam que bezerras como ganho de peso
médio diário superior a 800 gramas irão produzir cerca de 1.500 litros de leite
a mais, já na primeira lactação.
“É um alimento
completo, devidamente formulado para promover o aumento do ganho de peso e a
redução da incidência de doenças e, consequentemente, da mortalidade. Ele
promove o aumento de ganho de massa magra do animal, que é responsável pelo
maior desenvolvimento da caixa corporal, resultando num biotipo ‘mais
atlético’, com ganhos na capacidade produtiva e na sanidade ao longo de toda a
vida do animal”, explica.
Ainda é fundamental garantir que as bezerras tenham acesso constante à água potável, limpa e fresca, fundamental nesta fase e para a produção de leite em geral. “Não podemos esquecer de implementar programas eficazes de vacinação e vermifugação, com foco na prevenção das doenças mais graves. Afinal, o elevado status sanitário das bezerras tem impacto econômico importante e permitem aos animais alcançar todo o seu potencial zootécnico. Por fim, o carinho no cuidado e no manejo dos animais é muito importante. As bezerras se comportam como verdadeiras ‘bebês’, portanto, precisam de todo cuidado, atenção e uma dose extra de carinho. Com bezerras bem-criadas é dado o primeiro passo para se obter êxito na atividade leiteira: um investimento seguro, que trará retorno no bolso e bem-estar dos produtores de leite”, conclui Tabchoury
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