Os benefícios da osteopatia
Luis Henrique Zafalon*
Ainda é comum aquele
receio em procurar um especialista em cuidados com a saúde, aquele tabu em
acreditar que “quem procura acha” ou até mesmo se deparar com pessoas que
acreditam em mitos antigos, histórias hereditárias sobre como devemos se auto
cuidar, fórmulas sem nenhuma comprovação científica.
Às vezes, por falta de
informação, é comum que as pessoas sigam a premissa de que todo procedimento ou
processo de tratamento em prol de beneficiar a saúde ou o corpo é invasivo ou
requer algum esforço.
Mas existem formas e
técnicas específicas que surtem mais efeitos e melhorias em diversas situações
sem necessariamente precisar de uma “intervenção” no corpo do indivíduo. Esse é
o caso da osteopatia, uma área da fisioterapia que propicia um tratamento
natural, utilizando as mãos como principal ferramenta.
Essa terapia tenta
buscar dentro do organismo quais são as causas de uma patologia ou de uma
disfunção, levando em consideração diversos fatores que podem desencadear em um
sintoma ou uma dor. A osteopatia tem ferramentas específicas para buscar essa
disfunção e assim tratar esse paciente.
As principais
características se baseiam em um leque de técnicas manuais. Entre elas estão a
manipulação visceral e as técnicas musculares, cranianas, linfáticas e
imunitárias. Tais procedimentos resultam em diversas melhorias ao corpo, como
no aumento da mobilidade e da flexibilidade, na melhora da circulação sanguínea
e linfática, na redução da inflamação e do inchaço, no estímulo do sistema
imunológico, na melhora da postura e do equilíbrio, e na promoção do
relaxamento e do bem-estar geral.
A osteopatia, ainda,
pode ser indicada no tratamento complementar de espasmos musculares e nas dores
no nervo ciático, nas costas, na lombar, no ombro e no pescoço, além de hérnia
de disco.
Esse tratamento
terapêutico não possui restrição de idade, pois as técnicas são adaptadas para
cada tipo de paciente. Inclusive, são bem indicadas para mulheres grávidas a
fim de aliviar as dores nas costas.
Ao iniciar as sessões
de osteopatia, antes, o profissional coleta informações sobre o paciente, tais
como eventuais problemas de saúde, sobre o estilo de vida, hábitos alimentares
e histórico de doenças na família. Além disso, também poderá avaliar a postura
da pessoa.
Durante os
procedimentos, o osteopata utiliza as mãos para movimentar o corpo da pessoa em
diferentes posições, faz pressão em pontos específicos, e alongamentos para
alinhar adequadamente as articulações. O objetivo dessas técnicas consiste em
estimular a recuperação das partes do corpo afetadas.
Os movimentos
realizados durante as sessões não causam dores, mas qualquer desconforto deve
ser comunicado ao profissional. Normalmente, o osteopata não indica o uso de
remédios, mas pode dar orientações sobre eventuais mudanças nos hábitos de
vida, como fazer uma dieta e realizar atividade física.
*Luis Henrique Zafalon é fisioterapeuta especialista em osteopatia, professor e palestrante
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