Produção global de carne bovina, que tendia à queda, deve crescer em 2023
O Departamento de Agricultura
dos Estados Unidos (USDA) revisou as estimativas para a produção global de
carne bovina: em abril, a projeção era de queda em relação a 2022; agora, a
perspectiva é positiva, de crescimento. De acordo com o órgão norte-americano,
a produção de carne este ano deve chegar a 59,6 milhões de toneladas, 500 mil
toneladas a mais que o apontado no relatório anterior. No ano passado, foram
59,3 milhões de toneladas.
Segundo a estimativa, os dois
maiores produtores da proteína vermelha nesse ano serão, respectivamente, os
Estados Unidos, com 12,6 milhões de toneladas, e o Brasil, com 10,65 milhões de
toneladas. Para Cristiano Botelho, executivo da Associação Brasileira de
Inseminação Artificial (Asbia), “esse resultado positivo em um ano com preço
achatado da arroba e de cenário desafiador para o pecuarista é influência
direta de crescente investimento em genética, saúde e nutrição animal”.
“É incrível o que um importante
investimento nessas áreas é capaz de fazer. Na genética, por exemplo, o custo
não chega a 2% do total gasto pelo pecuarista para produção de 1 kg de carne. Assim
como na sanidade e na nutrição animal. A
partir do momento em que mais pecuaristas têm acesso de forma democratizada a
essas tecnologias, o Brasil se solidifica como uma potência ainda maior do que
já é. Temos muita área a avançar e a Asbia segue colaborando com essa
democratização”, destaca Botelho.
A estimativa aponta um cenário
importante que é tendência há anos: o crescimento na demanda por carne no
planeta – influência do crescimento populacional global, especialmente nos
países emergentes. O consumo global em 2023 é projetado em 57,8 milhões de
toneladas, 300 mil toneladas a mais do que 2022. Só no Brasil, o consumo será
200 mil toneladas maior, saltando de 7,5 milhões (2022) para 7,7 milhões de
toneladas em 2023.
“A democratização da genética
de qualidade é um ponto chave para atender a demanda cada vez maior. Somos um
dos principais produtores de carne bovina e o maior exportador, colaborando com
a segurança alimentar de cerca de 1 bilhão de pessoas. Isso mostra a
importância dos pecuaristas brasileiros em alimentar a população mundial”,
conclui o executivo da Asbia.
Sobre a Asbia
Fundada em novembro de 1974, a Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia) trabalha com o objetivo de difundir e fomentar o uso da inseminação artificial na pecuária nacional. Para isso, a entidade realiza ações visando a promoção e divulgação da técnica, colaborando com poderes governamentais. A Asbia também busca cooperar com o aperfeiçoamento e o desenvolvimento do setor empresarial, para ampliar o mercado e melhorar os sistemas de distribuição de seus produtos.
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