Automatização traz resultados mais efetivos com a personalização
Michel
Lisboa e Cruz*
O uso de automação
representa um importante passo no desenvolvimento do food service. Na pesquisa
da GALUNION com consumidores, em fevereiro de 2022, 35% indicaram que gostariam
de consumir em restaurantes, quiosques/self-service automáticos com
demonstração de uso de tecnologia.
Essa tendência se reflete nas escolhas dos
clientes quanto ao local onde vão comer. Mais do que apenas uma novidade que
desperta a curiosidade das pessoas, a automação de processos veio para ficar.
Indiscutivelmente.
Mas para que essa mudança tecnológica traga
resultados práticos, é necessário que as empresas de food service estejam
antenadas nas tendências. E o que mais vejo hoje, seja em contato com os
próprios estabelecimentos, seja com a experiência, é a necessidade de conhecer
o cliente.
Saber as preferências de consumo, a faixa
etária, os dias de frequência e o tíquete médio são alguns dos parâmetros que
os restaurantes precisam ter. Com essas informações, além do encantamento,
podem oferecer Programas de Fidelidade, por exemplo.
O autoatendimento ajuda muito nesse processo,
principalmente em estabelecimentos menores, de comida rápida, pois ajuda na
personalização do atendimento, criação de ofertas exclusivas e ainda guarda as
preferências de consumo. É uma forma de demonstrar profundo conhecimento, coisa
que hoje em dia os clientes apreciam muito. O autoatendimento – que é realizado
por intermédio de totens ou aplicativos – pode ser programado para oferecer um
tratamento individualizado, que leva em consideração os hábitos e preferências.
É como uma conversa com o cliente no momento de decisão de compra.
Esta prática é importante porque, no geral,
consumimos alimentação em diversos momentos diferentes: nas refeições
rotineiras, como o almoço, é necessário rapidez; num momento de descontração,
vamos ao restaurante como uma forma de entretenimento. Em todas as hipóteses,
precisamos de um interlocutor. No geral, o turnover do mercado de alimentação é
alto, então ensinar todas as formas de personalização para os atendentes se
torna um processo moroso, repetitivo e que não alcança a mesma eficiência que
conseguimos ao optar por tecnologia.
Se o cliente está na hora do almoço, por
exemplo, não tem tempo de realizar grandes interações para conhecer o cardápio
ou aguardar tentativas de personalizar o pedido. É nesse ponto que o autoatendimento
traz a agilidade que todos precisam e a opção de personalização que todos
desejam. Utilizar totens em estabelecimentos que servem refeições mais rápidas
traz a possibilidade de personalizar, além de dar vazão às filas, trazer
satisfação para o cliente e economizar o tempo de todos.
Já em outros tipos de restaurante, a
utilização de totens não é necessária, porque a forma de atendimento é outra, a
experiência é diferente. Mesmo neste tipo de estabelecimento, no qual os
garçons interagem com os clientes, a tecnologia colabora para facilitar a
personalização. Quando uma pessoa faz uma reserva, ao acessar seus dados em um
dispositivo, o garçom sabe a hora de chegada, quantos serão os acompanhantes e
quais são as preferências, baseado dados coletados em visitas anteriores. O
atendimento se torna, então, ainda mais exclusivo.
Para que todas essas experiências – seja em
alimentação rápida, seja em momentos de descontração – a utilização de um
sistema de gerenciamento de toda a produção colabora com a satisfação dos
clientes e propicia uma equação de sucesso. Isso porque, com todas as áreas
conectadas, apoiando-se mutuamente, existe uma orquestração de jornada que
preza por uma experiência com agilidade e qualidade.
Finalizo pontuando que a experiência de consumo
de um restaurante não começa na hora que entramos nele. Ela já vem da busca de
informação pela internet e toda a experiência que antecede a compra é
fundamental hoje em dia. O restaurante não deve ver apenas o fim, o pagamento.
Precisa entender que a experiência é completa, uma jornada: desde a busca pelo
estabelecimento, até a hora de efetuar o pagamento ou pegar o carro no vallet.
Um atendimento mal realizado pode gerar crítica na internet e influenciar
negativamente a intensão de um número grande de possíveis novos consumidores.
Tudo o que foi prometido no meio virtual deve ser entregue. A tecnologia é o
fio que conecta todo esse processo: para entender o cliente, para proporcionar
uma experiência diferente, para dar informação para um garçom, é necessário um
sistema que gerencie toda a orquestração.
Dessa forma, os estabelecimentos conseguirão
vencer a batalha pela fidelização do cliente em um mercado tão competitivo.
Automação é muito mais efetiva com personalização!
* Michel Lisboa e Cruz é head de Customer Success da E-Deploy
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