Ainda que modesta, redução da Selic inicia um novo ciclo de contenção dos juros, avalia SPC Brasil
Redução de 0,25 ponto percentual mostra que o Banco Central ainda vê riscos no cenário de convergência da inflação à meta. Continuidade da desinflação de alimentos e serviços e início do ajuste fiscal podem catalisar uma nova redução em dezembro
“Apesar dos preços estarem cedendo nos últimos meses, a flexibilização da política monetária ainda dependia de sinais mais claros de convergência da inflação à meta. O passo modesto no início dos cortes de juros mostra que o Banco Central ainda vê riscos e que o ritmo de desinflação ainda é incerto, especialmente por conta da persistência da inflação de alimentos que podem ter efeito sobre os demais preços da economia”, analisa o presidente.
Pellizzaro explica que para decidir a Selic em suas últimas reuniões, o Copom está acertadamente avaliando e dependendo do comportamento de variáveis que são premissas importante para o cumprimento da meta: a inflação e as expectativas. “Nos comunicados recentes, o Comitê deixou claro que seriam três condições para cortes nas taxas de juros, todas concretizadas”, avalia.“
Em primeiro lugar, a evolução dos preços correntes de alimentos, que apesar de ainda estarem elevados registraram importante desaceleração no IPCA. De 16,69% em agosto para 16,14% em setembro. Em segundo, a inflação de serviços, que desacelerou e passou de 8,69% para 8,32% em setembro. Por fim, a evolução do ajuste fiscal, que teve a sua primeira vitória com a aprovação da PEC dos gastos em primeiro turno na Câmara dos Deputados e que tem impacto direto nas expectativas de melhora do cenário pelos empresários”, conclui Pellizzaro.
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