Últimas

Ainda que modesta, redução da Selic inicia um novo ciclo de contenção dos juros, avalia SPC Brasil

Redução de 0,25 ponto percentual mostra que o Banco Central ainda vê riscos no cenário de convergência da inflação à meta. Continuidade da desinflação de alimentos e serviços e início do ajuste fiscal podem catalisar uma nova redução em dezembro

O Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) considera positivo para a economia a decisão tomada nesta quarta-feira (19/10) pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central em reduzir a taxa básica de juros (Selic) pela primeira vez após quase um ano e meio, de 14,25% para 14,00%. Para o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior, a redução da Selic, apesar de modesta com 0,25 ponto percentual, inicia um novo ciclo de contenção dos juros, benéfico para o cenário econômico atual.

“Apesar dos preços estarem cedendo nos últimos meses, a flexibilização da política monetária ainda dependia de sinais mais claros de convergência da inflação à meta. O passo modesto no início dos cortes de juros mostra que o Banco Central ainda vê riscos e que o ritmo de desinflação ainda é incerto, especialmente por conta da persistência da inflação de alimentos que podem ter efeito sobre os demais preços da economia”, analisa o presidente.

Pellizzaro explica que para decidir a Selic em suas últimas reuniões, o Copom está acertadamente avaliando e dependendo do comportamento de variáveis que são premissas importante para o cumprimento da meta: a inflação e as expectativas. “Nos comunicados recentes, o Comitê deixou claro que seriam três condições para cortes nas taxas de juros, todas concretizadas”, avalia.“

Em primeiro lugar, a evolução dos preços correntes de alimentos, que apesar de ainda estarem elevados registraram importante desaceleração no IPCA. De 16,69% em agosto para 16,14% em setembro. Em segundo, a inflação de serviços, que desacelerou e passou de 8,69% para 8,32% em setembro. Por fim, a evolução do ajuste fiscal, que teve a sua primeira vitória com a aprovação da PEC dos gastos em primeiro turno na Câmara dos Deputados e que tem impacto direto nas expectativas de melhora do cenário pelos empresários”, conclui Pellizzaro.

Nenhum comentário