Arteriosclerose: sintomas e tratamentos
Foto Ricardo Brizzi |
A arteriosclerose é uma doença sistêmica, que pode acometer simultaneamente diversas artérias do paciente. O quadro clínico de cada um vai depender de qual artéria está mais obstruída. Com exames como o Eco Doppler, por exemplo, podemos fazer o diagnóstico precoce, possibilitando que o tratamento comece a ser feito antes que a doença se agrave.
Quando não é diagnosticada através de exames, a arteriosclerose se manifesta de acordo com o grau de comprometimento de cada artéria. No caso das coronárias (artérias do coração), o paciente normalmente sente dor cardíaca durante o esforço. Angina de peito – na evolução crônica - ou o enfarte na evolução aguda - o que pode levar a morte. Quando o entupimento atinge as carótidas (artérias do pescoço) o paciente apresenta perturbações visuais, paralisias transitórias e desmaios – na evolução crônica. Em casos mais graves (evolução aguda) a obstrução da artéria pode causa derrame (AVC – acidente vascular encefálico).
Existem também casos em que a circulação fica comprometida nas artérias de membros inferiores (artérias ilíacas e femorais). Nestes casos é comum que o paciente sinta dor nas pernas ao caminhar (claudicação intermitente), tenha queda de pelos, atrofias da pele, unhas e musculares e até mesmo impotência (dificuldade de ereção peniana).
Segundo a Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular, estudos epidemiológicos mostraram que a arteriosclerose incide com maior frequência em indivíduos que tem características, classificadas como “fatores de risco”. Entre eles está a idade, uma vez que a doença atinge pessoas na faixa de 50 a 70 anos. Homens também são mais propensos a desenvolver arteriosclerose, pois as mulheres são “protegidas” por causa da ação do hormônio feminino (estrogênio). Porém, após a menopausa essa “proteção desaparece” e os riscos ficam iguais.
Para se evitar o problema é preciso ter cuidado com a alimentação – evitando principalmente as gorduras saturadas – e ter um bom condicionamento físico – atividades físicas regulares. Entre os problemas que o alto colesterol ruim pode causar está a arteriosclerose. Não à toa, é importante investir numa alimentação rica em frutas, legumes, verduras e cereais. O acúmulo de gordura forma as chamadas placas que fazem com que as artérias percam a elasticidade. À medida que essas placas crescem, elas promovem o estreitamento da artéria dificultando o fluxo sanguíneo.
Os indivíduos que fumam têm um risco maior de desenvolver a doença. O risco para fumantes é nove vezes maior do que a população não fumante. A prevenção é sempre o melhor caminho. Isso pode ser alcançado com alimentação equilibrada, não fumando e praticando regularmente exercícios físicos.
Dr. Ricardo Brizzi - Angiologista e Cirurgião Vascular é membro da Sociedade de Cirurgia Vascular do Rio de Janeiro e responsável pelo setor de cirurgia vascular e endovascular do Hospital Badim, do Hospital Israelita e do Hospital Norte D’Or.
Nenhum comentário