Assessoria de imprensa para indústria
Vera Lucia Rodrigues*
Vivemos a era da especialização. Não temos só ortopedistas, temos ortopedistas especialistas em pé. Mas não é qualquer pé, é no pé direito ou especialistas em pé esquerdo, especialistas em calcâneo e assim vai.
No jornalismo não poderia ser diferente. Temos os especialistas em política, economia, esporte e os especialistas na arte de transformar seus clientes em notícia. Que clientes? Pode ser o Chitãozinho e Xororó, pode ser o CRM -Conselho Regional de Medicina, a OAB ou a KRJ, especializada no desenvolvimento e fabricação de conectores elétricos para redes aéreas.
As necessidades da KRJ são necessariamente diferentes das necessidades do Chitãozinho e Xororó. Dai a necessidade da especialização, especialmente quando levamos em consideração o público alvo de ambas.
Sempre é importante definir porque um conjunto musical, uma entidade de classe, pessoa física ou empresa necessitam de assessoria de imprensa. Qual é a razão pela qual querem ampliar a sua visibilidade? Serem vistas e conhecidas? Criarem e tornar público um novo produto ou um novo conceito? Se tornarem autoridades em um determinado assunto? Ou simplesmente se diferenciarem da concorrência para tentar aumentar o faturamento?
E essa pergunta vai determinar que tipo de empresa de assessoria de imprensa deve ser contratada, com a ressalva de que a alta especialização do assessor está diretamente relacionada ao tipo de resultado que ele gera.
Eu diria que a especialização na indústria é uma das mais árduas tarefas a que um assessor pode se propor. Se toda a grande imprensa sempre está interessa em assuntos relacionados à música sertaneja ou às grandes celebridades, o mesmo não acontece com novos centros de usinagem lançados no mercado para atender à indústria de base ou novos botões capazes de melhorarem o acionamento de grandes centrais de produção ou sistemas de grande porte.
O Universo industrial é amplo, complexo, mas determinante para o desenvolvimento de qualquer país. É a indústria que gera emprego em massa, que desenvolve regiões quando implantada, causando desenvolvimento e impacto social positivo.
Mas para escrever sobre isso e, mais ainda, transformar essa realidade em notícia é preciso mais do que entender de pautas e horários de fechamento de grandes redações. É preciso uma especialização macro, em business to business e falar a língua e entender a realidade da empresa que contrata o serviço de assessoria de imprensa e da empresa que vai comprar o produto divulgado.
Existem jornalistas especializados , existem veículos mais especializados ainda, cuja pauta gira em torno desses avanços tecnológicos e especificidades de cada área. Temos revistas como Brasil Mineral, Petro& Química, Controle e Instrumentação, Brasil Energia. Blogs que cuidam de reciclagem, logística e sustentabilidade. Não basta conhecer jornalismo, é preciso conhecer a indústria que será assessorado, seus produtos, serviços e diferenciais competitivos.
Para gerar resultados nesse segmento é preciso competência, mas acima de tudo conhecer a linguagem e as necessidades específicas desse segmento que merece destaque na imprensa nacional, não só pela sua grandeza, mas pela importância no desenvolvimento do País.
*Vera Lucia Rodrigues é mestre em comunicação social pela Universidade de São Paulo e diretora da Vervi Assessoria de Comunicação, empresa que há 35 anos atua na área de comunicação corporativa
veralucia@grupovervi.com.br
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