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O poder da influência depois dos 40

Conhecida como uma das pioneiras da moda evangélica, Renata Castanheira, também conhecida como "Crente Chic" quebra tabus e une fé, modéstia e estilo em suas redes sociais.

Divulgação
As redes sociais regem as novas gerações. O modo que nos comunicamos com o próximo mudou. A forma que escolhemos e compramos uma roupa também foi afetado. Graças à internet, é possível acompanhar a vida de celebridades e influenciadoras e fazer parte, de alguma forma, de suas rotinas.

Com o intuito de elevar a autoestima de outras mulheres e mostrar que é possível ser crente, estilosa, acima dos 40 anos e plus size, foi que Renata Castanheira, também conhecida como "Crente Chic" criou o seu blog. "Tudo começou como hobbie e as pessoas forma se identificando com o meu conteúdo e com a minha vida", afirma Renata.

Como uma das pioneiras do meio da moda evangélica, Renata nunca desistiu ou se rendeu aos padrões estéticos impostos pela sociedade. "Quando a gente vê uma roupa numa blogueira mais magra e que usa P, muitas vezes quem usa uma numeração maior não consegue se enxergar nela. As minhas seguidoras conseguem ver isso em mim. Visto 44 ou 46 e as marcas me contratam para representar o público plus size", acrescentou.

Como todos os outros meios, a moda também conta com obstáculos, críticas e disputas, principalmente entre as influenciadoras mais jovens e menos experientes. "As redes sociais mostram uma realidade que muitas vezes não existe. Ter mais de 40 anos e contar com mais maturidade permite lidar melhor com as críticas e opiniões das pessoas", desabafa a criadora do blog Crente Chic.

Para conquistar a confiança dos seguidores, é preciso ter transparência e mostrar a realidade. As pessoas não querem mais ver uma vida perfeita por trás dos filtros, mas sim perceber que somos todos iguais e temos problemas além do que é postado na internet.

MODA CRISTÃ E FASHION? É POSSÍVEL SIM!

Com a moda evangélica em ascensão, é possível observar peças em comprimento midi ou caimentos mais modestos nas grandes e principais fast fashions espalhadas por todo o país. Isso se deve ao aumento de cristãos no Brasil. Em 2020, o Instituto de Pesquisa Datafolha publicou nova pesquisa, informando que os evangélicos representariam 31% da população brasileira, o que à época equivalia a 65,4 milhões de pessoas.


"Atualmente a moda evangélica não deve nada para as outras lojas. Cada dia novas marcas vêm surgindo e com elas, novas opções e DNAs que atendem bem aos mais variados gostos, corpos e idades", enfatiza Renata. Isso é visível quando alguma pessoa caminha pelo Brás, Bom Retiro ou outros centros das maiores capitais brasileiras. 
Quem pensa que as influenciadoras só postam fotos e esperam milhares de curtidas, se engana. Renata fala sobre a importância de estudar e passar conteúdo de qualidade para o público. "Precisamos estudar e analisar. Quero ser conhecida pelo o que falo, não somente pelo que visto. Não sou apenas uma foto bonita, tenho mais a apresentar e acrescentar na vida das pessoas que me seguem", conta.

Mesmo com as dificuldades e altos e baixos da profissão, Castanheira enxerga um futuro promissor nas redes sociais. "Se a pessoa focar no conteúdo e não em números, a chance de dar certo é muito grande. Não queira apenas ser blogueira. Não se contente com pouco. Faça a diferença na vida de alguém seja com um story, um look do dia, um vídeo motivacional ou um conteúdo mais sério. As redes sociais estão cheias, mas você pode escolher quais serão as pessoas que vão te influenciar de verdade", finaliza.

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