Como a tecnologia XGPON está alavancando a capacidade das redes ópticas
Dobro da quantidade de atendimentos a usuários por porta PON e um aumento de largura de banda em até quatro vezes estão entre as revoluções proporcionadas por ela.
Um dos fatores que tem colocado o mercado
de telecomunicações como um dos mais favoráveis do país é a capacidade de
inovar e melhorar aspectos como a qualidade do serviço e, consequentemente, do
setor. É o caso da tecnologia XGPON, que está revolucionando as redes ópticas
no Brasil com um impacto positivo no mercado de telecomunicações.
De acordo com o Supervisor de Vendas
Corporativas da Fibracem, indústria brasileira especializada no setor de
comunicação óptica, Adriano Rodrigues Fraga, o fato dela trabalhar nos
comprimentos de onda de 1270nm à 1577nm, a principal revolução da XGPON é
permitir aos Provedores de Serviços de Internet (ISPs), dobrar a oferta de atendimentos a usuários por porta PON, de 1:128 para
1:256.
Qual o caminho percorrido pela XGPON?
A tecnologia trafega pela fibra óptica
monomodo (SM) e splitters ópticos, que espalham o sinal óptico, através da
divisão do comprimento de onda. Estes, são considerados os itens passivos da
solução, ou seja, que não possuem alimentação elétrica e componentes
eletrônicos. Segundo Fraga, estes produtos, já disponibilizados ao mercado, pela
Fibracem, atuam como um meio de transporte de dados, voz e imagem, que é
transmitido através das fibras ópticas e componentes ópticos, no sentido do
Terminal de Linha Óptica (OLT), instalado nos ISPs, para o Terminal de Rede
Óptica (ONT), localizado no usuário final, ou vice-versa.
Para o especialista, a tecnologia faz com
que as possibilidades se ampliem, também, para os profissionais de campo. De
acordo com ele, “com o aumento da capacidade de disponibilização de terminais
de rede óptica (ONT), significará que instaladores de planta externa poderão
captar ainda mais trabalho, ou seja, um crescimento considerável na demanda”,
afirma.
A XGPON, também conhecida como 10-GPON é
considerada uma evolução da tecnologia GPON. Ela é padronizada pela norma ITU-T
G.987, desenvolvida por uma das principais entidades internacionais reguladoras
do setor, a International Telecommunications Union (ITU-T). Ainda para ele,
mesmo sendo uma evolução, ambas tecnologias coexistirão por um bom tempo. “Isso
ocorrerá pois, ainda que com uma versão mais nova sendo disponibilizada no
mercado pelos provedores, a GPON continuará sendo utilizada até que os clientes
decidam investir na tecnologia mais recente, o que pode acontecer de forma
gradual, de médio a longo prazo”, ressalta.
Benefícios para o consumidor final
De acordo com o especialista, as vantagens
da tecnologia, também serão percebidas pelos usuários de internet. “Com a XGPON
disponível ao mercado, os consumidores finais, terão as suas demandas atendidas
mais rapidamente, em função da maior capacidade de atendimento por porta PON e
ainda, ‘constatarão’ um aumento significativo da largura de banda. Podendo
usufruir de uma taxa de downstream (download), quatro vezes superior, passando
para 10 Gbps, e uma taxa de upstream (upload) de 2.5 Gbps, ou seja, duas vezes
superior as atuais”, finaliza.
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