Cães na faixa de areia: como proteger e preparar o seu animal para curtir a praia
Especialista em comportamento animal dá dicas
para que a segurança e a diversão sejam garantidas.
A partir de 1º de janeiro de 2022, pets
e seus donos poderão circular tranquilamente na areia, barracas e todos os
anexos da praia de Santos, por meio de uma lei sancionada nessa
semana pelo prefeito Rogério Santos (PSDB). No primeiro semestre do ano que
vem, algumas outras praias definidas pelas autoridades poderão receber animais
para um teste de implementação da lei.
Mas será que as pessoas estão preparadas
para ir com seu pet para a praia? Será que estão educadas o suficiente para
conseguirem prever e evitar transtornos? O especialista em comportamento animal
Cleber Santos dá algumas dicas importantes para os tutores:
• Queimaduras: pets são suscetíveis a
queimaduras, principalmente quando expostos ao sol entre 10h e 16h. O ideal é
levar entre 6 e 10 horas da manhã, quando há um número menor de pessoas e, com
isso, menos aglomeração e menor risco de conflitos. Ou após as 16 horas. Entre
esses horários, é estresse na certa, além do perigo de queimaduras e lesões
pela temperatura da areia.
• Contaminação de crianças e adultos - antes de colocarem seus pets na
areia da praia, é fundamental levá-los a uma área gramada para fazerem as
necessidades. Por mais que o dono tenha a boa vontade de recolher as fezes com
um saquinho, a areia de praia não pode ser contaminada. Há crianças e adultos
brincando na areia, inclusive se enterrando nela.
• Contaminação nos próprios pets – Praias são abertas – passa todo tipo de
bicho, principalmente à noite. Se seu pet não estiver com a vacinação (e
vermifugação) em dia, há o risco potencial dele contrair doenças por meio de
vermes e parasitas. Alguns dos parasitas que transitam nas areias, podem levar
o animal ao óbito ao entrar na corrente sanguínea.
Na opinião do especialista, uma boa alternativa para fazer essa adaptação seria primeiro criar um "cachorródromo" numa faixa delimitada que vá desde o calçadão até a água. Essa delimitação de espaço já é um costume em alguns parques e praças. Ele também aconselha que exista um horário permitido para os cães, para evitar que donos desavisados passem o dia inteiro na praia e o cão tenha problemas. Conforme a conscientização das pessoas e os resultados, o espaço pode ser aumentado gradualmente.
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