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Control Risks divulga os principais riscos para os negócios em 2022

Principal consultoria de riscos do mundo divulga relatório anual RiskMap 2022

O mundo dos negócios terá que se defender sozinho contra uma variedade desafiadora de riscos em 2022, à medida que os governos buscam se afastar de um cenário de ameaças em rápida evolução. O alerta vem no momento em que a Control Risks, principal consultoria em riscos do mundo, lança sua previsão anual de riscos voltados para o setor privado, o RiskMap 2022 . No relatório, são revelados os principais riscos para 2022, incluindo os políticos, de segurança, terrorismo, cibernético, operacional e de reputação.

A previsão traz três pontos principais:

• Os governos não podem mais proteger adequadamente suas próprias instituições e muito menos suas economias contra as ameaças cibernéticas. A proliferação exponencial de agentes hostis e uma variedade de ataques em expansão são desafios complexos demais para serem cobertos eficazmente. As empresas e organizações terão que se defender por si próprias.

• A zona de conforto geopolítico dos últimos 70 anos, tal como era, foi desmontada e deixada à deriva pela retirada dos EUA do Afeganistão. O mundo começará a funcionar de forma diferente em 2022, mas ninguém ainda tem certeza de como ou quem dominará um novo sistema global.

• Condições meteorológicas extremas e desastres naturais causados pelas mudanças climáticas serão tão frequentes que nem os países nem as empresas terão mais condições de responder a cada evento individualmente. O gerenciamento da crise climática e a adaptação a ela devem estar no centro da estratégia global de todas as empresas.

Os principais riscos também cobrem os desafios de segurança colocados pelo número crescente de Estados frágeis e disfuncionais, uma ameaça terrorista fragmentada e o risco de reputação associado a respostas inadequadas às questões ESG (Environmental, Social and Governance). "Entre muitos dos riscos previstos para 2022, está claro que, se o seu foco é segurança cibernética, mudança climática, geopolítica ou terrorismo, o período é de transição, e ainda não está claro até onde temos que ir em muitas áreas", comentou Nick Allan, CEO da Control Risks.

Os principais riscos para os negócios em 2022

Risco político: o grande reposicionamento geopolítico

Em 2022, as empresas precisarão monitorar e gerenciar o risco geopolítico de forma mais minuciosa do que tem feito há anos. O grande reposicionamento geopolítico fará com que os atores mundiais redefinam não apenas o que defendem, mas também onde e como assumem essa posição. Alianças e alinhamentos estarão em jogo. Para os negócios, isso fará toda a diferença, desde garantir o abastecimento de energia até a resiliência da cadeia de abastecimento, como alcançar a sustentabilidade, até fornecer liderança baseada em valores, garantindo a segurança e acelerando o crescimento fora da pandemia - ou seja, a geopolítica moldará as oportunidades e os riscos em jogo em todas as frentes.

Risco de segurança: o aumento de Estados disfuncionais, frágeis e vulneráveis

O maior risco de segurança para as empresas, em 2022, vem do aumento global de Estados disfuncionais, vulneráveis e frágeis. Em todo o mundo, a pandemia da COVID-19 diminuiu a capacidade estatal de absorver e gerenciar tanto choques externos quanto desafios internos. A fragilidade política e institucional no sul global continuará a se manifestar em conflitos, colapsos de países, golpes e severas crises econômicas. No próspero mundo desenvolvido, economias tradicionalmente estáveis apresentarão um ambiente de segurança desafiador devido à agitação social, ao ativismo radical e ao aumento da criminalidade. .

Risco de terrorismo: COVID-19 e o Talibã impulsionam diversas ameaças terroristas

O terrorismo em 2022 será moldado por dois fatores principais: a pandemia da COVID-19 e a conquista do Afeganistão pelo Talibã. Esses dois eventos representam diferentes tipos de ameaças, porém ambos contribuem para um cenário de ameaças cada vez mais diversificado. O impacto da COVID-19 agravou clivagens e divisões que geram conflitos, terrorismo e extremismo. A crise também enfraqueceu os esforços de contraterrorismo dos governos. Após a tomada do poder pelo Talibã, o principal risco em 2022 é que o Afeganistão se torne um porto seguro para grupos terroristas de alcance internacional.

Risco cibernético: negócios em um mundo de ameaças cibernéticas não resolvidas

Em 2022, a escalada das ameaças cibernéticas em todo o mundo se tornará uma questão de sobrevivência para as organizações. Para as empresas, a responsabilidade pela defesa contra essas ameaças é clara: as empresas terão de agir por conta própria à medida que as capacidades cibernéticas ofensivas se proliferam entre um número crescente de atores estatais e não-estatais. Somado a isso, existe a tendência de rápido avanço da colaboração entre Estados e criminosos virtuais. Com as seguradoras questionando a viabilidade de cobrir eventos cibernéticos de impacto, as empresas estão olhando para um mundo onde a responsabilidade pelo risco cibernético não é clara.

Risco operacional: Prepare-se para a vanguarda das mudanças climáticas

Perigos naturais e condições meteorológicas extremas causadas por mudanças climáticas serão o principal risco operacional que as organizações enfrentarão em 2022. Esse risco inclui um número quase ilimitado de stakeholders e um escrutínio intenso de como as empresas gerenciam ou deixam de gerenciar o risco. A pressão para que as empresas façam a sua parte no combate às mudanças climáticas é real e a necessidade de estarem preparadas para os seus impactos é crítica. O ano que vem é o momento de se adaptar, obter vantagem competitiva, sobreviver e até mesmo prosperar. As organizações que ignorarem as mudanças climáticas sofrerão as consequências.

Risco de reputação: tropeços em direção ao ESG

Em 2022, os riscos de um erro relacionado a ESG aumentarão à medida que a pressão para pontuar nos índices de sustentabilidade colide com um público alerta ao greenwashing (a prática de promover discursos com características ecologicamente/ambientalmente responsáveis e sustentáveis, mas que , na prática, não ocorrem). Em 2022, as empresas precisam se concentrar em três pontos: grande investimento em iniciativas de ESG; mensuração de impacto (e não apenas as políticas adotadas); e não perder de vista as questões sociais e de governança associadas ao risco climático, que estão cada vez mais nas manchetes. Para cada empresa que pergunta se o ESG nada mais é do que a última tendência ou a palavra da moda corporativa, a resposta é, decididamente, "não".

Saiba mais:

O site RiskMap 2022 está no ar desde terça-feira, 16 de novembro de 2021. O site apresenta conteúdo multimídia sobre os principais riscos, mapas interativos detalhando riscos políticos, de segurança, operacionais, cibernéticos e de terrorismo em todo o mundo e análises apresentando percepções regionais.

Classificações de RiskMap: em Risco Político e de Segurança

O RiskMap 2022 traz uma ampla gama de mudanças em nossas classificações de risco. Estas são previsões para o ano, não a classificação de um país no dia em que o RiskMap é publicado. A lista abaixo é uma seleção dos risers e fallers mais proeminentes em todo o mundo.

 

Medição dos Riscos em nível Global

Risco político

Bulgária: a classificação de risco político sobe de MÉDIO para ALTO. Isso vem em reconhecimento de um cenário político altamente fragmentado e uma coalizão instável que deve se formar no início de 2022.

Colômbia: o risco político sobe de BAIXO para MÉDIO. Prevemos que um presidente de esquerda vencerá as eleições de maio de 2022, o que desencadeará uma combinação desestabilizadora de deterioração da formulação de políticas e declínio da confiança empresarial.

Tailândia: o risco político cai de ALTO para MÉDIO. É improvável que o grau de instabilidade do regime interrompa significativamente ou frequentemente as operações do setor privado.

Reino Unido: o risco político cai de MÉDIO para BAIXO. A esmagadora maioria parlamentar do Partido Conservador deve permitir que ele legisle sem muitos problemas.

Risco de segurança

Afeganistão: o risco de segurança sobe de ALTO para EXTREMO. O Talibã está no controle. Ou talvez não, que é um dos elementos de volatilidade naquele país para o próximo ano. O risco é muito alto de que o Afeganistão se torne um porto seguro para terroristas com ambições dentro e fora de sua fronteira.

Etiópia: o risco de segurança passa de MÉDIO para ALTO, em meio a um conflito em expansão, mas já em curso, entre o governo federal e grupos armados de oposição aliados da Frente de Libertação do Povo Tigray (TPLF).

República Democrática do Congo: risco de segurança para áreas dentro de 200 km da República Centro-Africana e da fronteira com o Sudão do Sul cai de EXTREMO para ALTO. O mesmo vale para a metade norte de Tanganica e Kivu do Sul.

Chile: as províncias de Biobío, Arauco, Malleco e Cautín passam de risco de segurança BAIXO para MÉDIO.

Mianmar: o risco de segurança sobe de MÉDIO para ALTO. Esta revisão ocorre em meio à violência política persistente entre grupos de resistência civil e as forças armadas (o Tatmadaw) após o golpe militar no início de 2021.

Bielorrússia: o risco de segurança diminui de ALTO para MÉDIO. Esta mudança reflete nossa visão de que os dias mais turbulentos da Bielorrússia - em 2022, pelo menos - podem ter ficado para trás.

Sobre a Control Risks

A Control Risks é uma consultoria especializada em riscos globais que ajuda a criar organizações seguras, compatíveis e resilientes em uma era de riscos em constante mudança. Trabalhando em várias disciplinas, tecnologias e geografias, tudo o que fazemos é baseado em nossa crença de que correr riscos é essencial para o sucesso de nossos clientes. Fornecemos aos nossos clientes a visão para alocar recursos e garantir que estejam preparados para resolver os problemas e crises que ocorrem em qualquer organização global ambiciosa. Vamos além da solução de problemas e fornecemos o insight e a inteligência necessários para perceber oportunidades e crescer.

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