Novas tecnologias de pagamento: Quais as vantagens e desvantagens que elas apresentam?
Especialista aponta os principais pontos
positivos e negativos, além do que podemos esperar para o futuro do setor
Novas tecnologias de pagamento: Quais as
vantagens e desvantagens que elas apresentam?
Divulgação
São Paulo,
novembro de 2021 – Os pagamentos realizados a
partir de plataformas online têm cada dia mais tomado conta dos hábitos dos
brasileiros. Uma pesquisa da Fundação Dom Cabral demonstrou que 49% dos
brasileiros já fez uso do Pix,
muito embora somente 3,5% o tenham em primeiro lugar de preferência.
O crescimento do uso de meios de pagamento através de aplicativos e outras
plataformas digitais chama a atenção para dois pontos principais: a comodidade
que essas ferramentas apresentam e a segurança de dados que as envolve.
Milene Fachini, Head e corresponsável pela área de Fintech do Baptista Luz Advogados, explica que a evolução
do uso de tecnologia aconteceu em ritmo acelerado nos últimos anos, com a
popularização da internet e a evolução de tecnologias como a biometria,
reconhecimento facial, Internet das Coisas e Inteligência Artificial, que
deixaram de ser “coisas futuristas” para se tornar parte do
nosso dia a dia. “No contexto de pagamento, cédulas, moedas e cartões de débito
e crédito físicos foram, por muito tempo, as principais formas de pagar por
compras. Porém, com o aumento do uso de tecnologias no cotidiano, novos meios
de pagamento ganham força e devem fazer parte da estratégia de diferentes
negócios”, explica.
Veja abaixo tudo que você
precisa saber sobre as tecnologias de pagamento de hoje e de amanhã:
Os prós
Com a evolução das tecnologias em
diversas outras áreas, o progresso dos métodos de pagamento acabou por ser um
movimento natural – em busca de opções mais econômicas e ágeis do que as que
eram antes vigentes. “Atualmente, o crescimento do comércio eletrônico e as
orientações de distanciamento social impulsionam o uso de carteiras digitais,
pagamento por aproximação e Pix”,
comenta a advogada. “Além disso, o próprio comportamento do consumidor sofreu
grandes mudanças nos últimos anos, exigindo processos cada vez mais rápidos e
eficientes para realizar transações”.
Os contras
No entanto, é importante ressaltar que o
aumento no uso de pagamentos digitais também estimula as tentativas de fraude
em transações, a clonagem de cartões e os golpes por fraudes de
identidade. “Dados da Febraban revelam que as tentativas de golpe
envolvendo o sistema bancário brasileiro subiram 70% na pandemia. Diante desse
cenário, as empresas que utilizam algum meio de pagamento precisam reforçar a
segurança de seus processos”, alerta Milene.
A segurança
Um dos pontos essenciais para a
sustentabilidade das instituições de pagamento é assegurar políticas,
estratégias e estruturas robustas de gerenciamento de riscos
e proteção cibernética. O Banco Central estabelece que as empresas de
pagamento devem determinar políticas de segurança digital,
além de um plano de ação e resposta a incidentes. “A chamada tokenização é um tema já explorado pelas empresas do setor. Eliminar
da rede os dados de pagamentos é o princípio por trás do uso dos tokens para autenticar transações,
garantindo salvaguarda às informações confidenciais dos clientes”,
explica.
A inclusão
Essa evolução permite que os meios de
pagamento se tornem mais acessíveis e democráticos à população, que passa a
pagar de forma mais rápida, conveniente e acessível. “A necessidade do
consumidor deve ser o centro das atenções, e só sobrevive no mercado quem está
buscando oportunidades de se adequar a ferramentas e tecnologias em prol da
melhoria da demanda de procura e oferta”, aponta Milene. “Portanto, não
basta apenas aumentar a variedade de formas de pagamento, mas buscar formas
inovadoras e convenientes para atender, não apenas os atuais clientes, como também
os que eventualmente não estão comprando devido à ausência de formas mais
eficazes e inclusivas”.
O futuro
As tecnologias que conhecemos atualmente
já estão muito próximas de serem ultrapassadas, visto que o próprio Pix está em vias de oferecer novas modalidades e o Open Banking já embarca na sua terceira fase em direção ao Open Finance. “Super aplicativos, difusão de pagamentos por QR Code, Internet das Coisas, pagamentos por voz e muito mais. A
ascensão dessas novas tecnologias deverá empregar mais comodidade à
vida do brasileiro, porém, com elas, virão novos desafios,
como os que enfrentamos hoje, e devemos estar preparados”,
finaliza Milene.
Sobre o
Baptista Luz Advogados
O Baptista Luz foi fundado em 2004 e se notabilizou, ao longo desses
anos, por sua profunda expertise nos setores que envolvem aceleradoras de
investimentos, mercado financeiro e de capitais, investidores-anjo, venture capital, startup, fintechs, mobile, e-commerce, publicidade e cosméticos.
A sua banca é focada em Direito Empresarial,
com ênfase em Direito Societário, Direito Tributário, Direito Trabalhista e
Direito Público. Entre as áreas de atuação destacam-se: compliance & ética corporativa, contratos empresariais,
fusões e aquisições, mercado financeiro e de capitais, transações de
tecnologia, privacidade e proteção de dados, mídia & publicidade,
planejamento sucessório e família, contencioso e resolução de conflitos, entre
outros.
O escritório conta com mais de 140 profissionais, que atuam nos estados de São Paulo,
Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
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