Ciberataques a dados bancários cresceram 141% no Brasil
É o que mostra levantamento da Apura, empresa
brasileira especializada em segurança na internet e que tem tecnologia própria
de monitoramento e combate a ciberataques
Ataques cibernéticos contra setor financeiro atingem instituições e cidadão
As organizações do
setor financeiro estão entre os principais alvos de ciberataques no Brasil. O
alerta é de uma empresa nacional de segurança na internet, a Apura – referência
na área, inclusive fora do país. No último ano, o setor respondeu por 4,3% do
total de ataques combatidos pela empresa especializada.
“O setor financeiro
está na lista dos dez principais alvos. Embora com participação menor que
aqueles no topo da lista – como órgãos do governo e indústrias –, é índice
significativo. Afinal, o setor financeiro lida com dados e informações de muita
importância e impacto, nas atividades econômicas e na sociedade de um modo
geral”, assinala o CEO da Apura, Sandro Süffert.
Indicativo dessa relevância está no crescimento de ocorrências cujo alvo foram dados bancários: 141%, em 2021, em comparação com o ano anterior. “Os prejuízos decorrentes desses ataques acometem tanto o consumidor final como as instituições”, sublinha o especialista.
Sandro Süffert, da Apura.
Os dados da Apura se
referem aos eventos criminosos na internet promovidos por ransomware. Trata-se
de um tipo de aplicativo malicioso que, após contaminar o sistema, rouba
arquivos e, na sequência, os encripta, de forma a impedir que as vítimas (os
reais e legais detentores daqueles arquivos, informações e dados) tenham
acesso. A partir daí, tem-se metodologia típica de um sequestro.
“Para recuperarem o
acesso, as vítimas são extorquidas em valores que variam de poucas centenas de
dólares até dezenas de milhões de dólares. Além disso, numa técnica que passou
a ser conhecida como ataque de dupla extorsão, os criminosos ameaçam publicar
os dados roubados em sites da dark web, caso as vítimas não paguem os valores
exigidos”, detalha Süffert.
O CEO da Apura
acrescenta: “Os operadores de ransomware atacam empresas em países ricos, e
também aquelas nos países mais pobres; desde grandes corporações
multimilionárias, em diversos setores, como o financeiro, e mesmo na área de
saúde – como clínicas e hospitais”.
Ainda que o sistema
financeiro nacional tenha, entre seus pontos fortes, a segurança, Süffert
assinala que investimentos e cuidados contra ataques cibernéticos devem ser
constantes. Ainda, que a sociedade precisa internalizar em sua cultura a
preocupação e a prioridade com a cibersegurança. Por sinal, das empresas
clientes da Apura, a maior parte (42,9%) é do setor financeiro, denotando a
relevância dos cuidados cibernéticos para organizações do setor.
A Apura atua no
monitoramento de ocorrências na internet e no combate a ataques criminosos, por
meio de uma tecnologia própria, o software Boitatá Next Generation (BTTng). Em
três anos (2019, 2020 e 2021), o software passou a marca de 1 bilhão de eventos
indexados.
“O BTTng atualmente
indexa a atividade de mais de 20 milhões de atores únicos, sejam publicações em
redes sociais, em fóruns, no GitHub, em sites de ‘paste’, entre outros
ambientes”, cita Süffert, demonstrando a capacidade de alcance da solução.
(box)
Os dez principais alvos
Setores
com maior registro de ataques de ransomware combatidos pela Apura em 2021
Governo 17,4%
Indústria
17,4%
Saúde 13%
Engenharia
e Arquitetura 8,7%
Tecnologia
6,5%
Atacado/Varejo
6,5%
Serviços
6,5%
Alimentação/Bebidas
4,3%
Energia
4,3%
Financeiro
4,3%
OUTRAS
INFORMAÇÕES
No
LinkedIn da Apura: https://br.linkedin.com/organization-guest/company/apura
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