Biometria comportamental: como a tecnologia auxilia na prevenção de fraudes bancárias
Por Cassiano Cavalcanti, diretor de Pré-vendas
da BioCatch na América Latina
Muito tem se falado
sobre a Biometria Comportamental e como ela tem mudado a perspectiva na
detecção e prevenção de fraudes. A biometria comportamental analisa o
comportamento cognitivo e físico do usuário digital para distinguir as
atividades de cibercriminosos e de clientes legítimos, identificando os
fraudadores e possíveis roubos de identidade. A detecção é possível porque
usuários legítimos e fraudadores interagem diferentemente quando utilizam as
plataformas digitais, como aplicativos de banco ou abrindo uma conta digital.
Geralmente, fraudadores
copiam e colam dados, enquanto clientes digitam seus próprios dados. Este é
apenas um simples exemplo, pois detectar anomalias comportamentais é muito mais
complicado que isto.
Ao contrário da
biometria baseada em traços biológicos estáticos, ou imutáveis, como uma
impressão digital, a biometria comportamental analisa as ações de um cliente
continuamente e de forma transparente. A biometria comportamental analisa os
padrões de movimento de uma pessoa durante uma sessão e compara constantemente
com o comportamento passado e mantêm esta avaliação durante toda a jornada na
aplicação do banco, reforçando a proteção contra fraudes.
Por meio de algoritmos
avançados de Machine Learning para
analisar padrões, a biometria comportamental consegue detectar se a pessoa está
se comportando de acordo com seu perfil, como um fraudador ou mesmo se é um
ataque automatizado, como BOT (diminutivo de robot)
ou RAT (Remote Access Tool).
Para realizar essa análise, são coletados dados do mouse, teclado, touchscreen e do
dispositivo, como velocidade, tempo de digitação, tamanho e força da pressão,
orientação, atalhos, etc.
Apesar de analisar
milhares de parâmetros, a biometria comportamental deve ser transparente para
os clientes, seja na web ou
no mobile, pois a
análise da forma como a pessoa segura o telefone ou salta entre campos é um
processo passivo. A biometria comportamental deve ser de uma forma transparente
sem nenhum impacto negativo para o consumidor, melhorando a experiência do
cliente, o que é um objetivo de muitas instituições financeiras, além de
prevenir fraudes.
Ao longo do tempo, os
métodos e golpes aplicados pelos cibercriminosos evoluíram especialmente para
enganar os sistemas tradicionais de prevenção, como dados transacionais e do
dispositivo. Os malwares,
BOTs, RATs e outras tecnologias ficaram mais eficientes e demonstraram a
fragilidade das senhas, OTP (one-time
password) e outros métodos de autenticação. Neste cenário complexo,
a biometria comportamental identifica padrões não-humanos e anomalias em
relação a usuários legítimos ou aos proprietários das credenciais – um método
que não pode ser roubado ou copiado.
A biometria
comportamental tem sido utilizada para proteger adultos vulneráveis por meio da
análise da idade, reduzindo o atrito aos usuários e abrindo portas para a
inovação com o aumento da segurança nos canais digitais. Seja como solução
única ou como uma camada na esteira de prevenção a fraudes, a biometria comportamental
tem se destacado através de resultados incríveis para proteção de contas ou
solicitação de novas. Funciona em segundo plano, sem pedir ao cliente que
execute nenhum passo adicional de autenticação.
Como resultado, a
biometria comportamental é uma experiência positiva para os clientes, porque
cada indivíduo tem um perfil específico dos seus hábitos e movimentos, que são
constantemente comparados à atividade que estão a realizar durante uma sessão e
são difíceis de duplicar.
É fundamental que os bancos e instituições financeiras tenham conhecimento sobre a tecnologia e explorem o potencial da biometria comportamental durante a jornada de seus clientes para aumentar a proteção de seus canais digitais e criar um ambiente mais seguro e sem fricção.
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