Urna eletrônica é segura? Programador destaca seis pontos que atestam confiabilidade do equipamento
Créditos
- Foto: Divulgação / MF Press Global
Um
debate que se tornou comum em tempos recentes foi sobre a confiabilidade da
urna eletrônica, usada no Brasil desde 1989. O programador Bendev Junior desenvolveu
uma lista com seis pontos que atestam a segurança e confiabilidade desses
equipamentos. O objetivo é mostrar que uma invasão ou manipulação dos
resultados das urnas é praticamente impossível.
Então será que a tecnologia usada nelas é de fato segura? Como já dito, Bendev
apontou seis motivos que nos asseguram confiança no equipamento.
Bendev já foi por várias vezes convidado a comentar e revelar seu
posicionamento técnico sobre o assunto, tendo em vista todas as discussões
recentes em torno do tema. E foi justamente após essas incitações que o
programador elaborou a lista a seguir:
1-Teste de segurança público ( TPS )
“Todo ano o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) disponibiliza este teste. Nele,
hackers e pessoas ligadas a tecnologia e outras áreas podem forçar algo para
tentar invadir as urnas. Isso, de uma certa forma, gera uma segurança extra,
porque além da visão da própria equipe, podemos ter visões externas e assim
tornar esse ambiente mais seguro e menos suscetível a ataques”, explicou.
2- Sistema de controle de versão
“Acredito que seja um ponto chave, pois um sistema de controle de versão de
códigos é um grande avanço que permite você verificar se houve algum tipo de
alteração, ou seja, mesmo que você altere um espaço do código que vem por
padrão, ele pode ser identificado, tornando impossível uma alteração direta no
código fonte”, pontuou.
3- Criptografia
“O TSE usa vários métodos de criptografia. Isso, além de seguro, torna os dados
ilegíveis até serem descriptografados. Diante disso, não seria possível
manipular algum dado sem alterar algo indevidamente”, comentou..
4- de log
“O Tribunal guarda qualquer movimentação que for feita nas urnas. Então
qualquer coisa que seja considerada fora do padrão, os sistemas conseguem notar
e barrar essa alteração. Essa é uma camada de segurança genial que nos dota
ainda mais da segurança que precisamos”, disse.
5- AES 256 bits(Rijndael)
“Esse é um padrão de criptografia avançada, onde você define uma chave secreta
e somente com essa mesma chave é que se torna possível descriptografarmos os
dados”, explicou.
6- Sem conexão externa
“O sistema das urnas não tem conexão externa como Wi-Fi e outros do tipo.
Então, para poder invadir, esta iniciativa teria de ser interna mas, como já
citei, isso não é possível por conta de algumas barreiras, como por exemplo os
lacres”, reforçou.
Bendev comentou ainda que é importante relembrar que não existe sistema que não
possa ser invadido. Mas, na minha visão técnica, vejo o sistema das urnas
eletrônicas como seguro e com tecnologia que supre a necessidade para o papel a
qual ela é destinada.
Reforçou também que as urnas contam ainda com algumas camadas de segurança. No
total, segundo o TSE, são mais de 30 camadas de segurança.
Sobre Bendev Junior
Benedito Manoel da Silva Júnior, ou Bendev Junior, é programador, Tech
influencer e empreendedor na área de tecnologia.
Escritor do e-book ‘Transformando códigos em Sonhos’, onde enfatiza dicas para
iniciantes na área da programação, disponível de forma gratuita na plataforma
Amazon, Google Books e no site do próprio escritor.
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