As estratégias vencedoras dos líderes de experiência do cliente
Por Simone Bervig*
Em anos recentes e especialmente depois
da aceleração no e-commerce ocasionada pela Covid-19, evoluir abordagens
em experiência do cliente (CX) se tornou prioritário para organizações de sucesso.
A IDC prevê que investimentos globais em tecnologias nesta frente, que permitem
geração de insights em tempo real e marketing personalizado, devem chegar a US$
641 milhões em 2022.
Se por um lado, empresas tem apostado
mais em plataformas de CX, o retorno destes investimentos ainda é, em grande
parte, um processo envolto em incertezas. Para investigar o que está por trás
das estratégias vencedoras quando o assunto é CX, o
estudo Entregando Experiências que Geram Negócios e Constroem
Fidelidade, conduzido pela MIT SMR Connections a pedido do SAS,
oferece uma fotografia das principais tendências e boas práticas de quem largou
na frente.
Um grupo de 2,670 tomadores de decisão
foram consultados para o relatório, e a vasta maioria (72%) espera que os
investimentos que suas organizações investiram em CX gerem retornos
significativos ou moderados nos próximos dois anos. Como é possível garantir
que estas expectativas se tornem realidade?
CX e transformação digital: de mãos
dadas
Uma forma de gerar o resultado esperado
dos investimentos em CX é aprendendo com quem vem apostando no aperfeiçoamento
da experiência do cliente há algum tempo. Nesta construção, existem diversas
práticas que definem os chamados Campeões do CX, empresas que colocam a
experiência do cliente no mesmo patamar da transformação digital – que, por sua
vez, se tornou essencial para a operação de negócios no pós-pandemia.
Entre as características destes líderes
de CX citadas no relatório, está o uso de análise avançada de dados e o domínio
de inteligência artificial pela organização. Isso se deve ao fato de que estas
tecnologias criam perfis detalhados de consumidor, que mesclam dados online e
offline para gerar comunicações contextuais com o cliente, à medida em que os
insights são gerados.
No entanto, engana-se quem pensa que o
uso de tecnologia de ponta é uma exclusividade dos líderes em experiência do
cliente. Estas empresas, não raro, usam as mesmas ferramentas que são
utilizadas por outras organizações que ainda se encontram em níveis mais
elementares em termos da entrega de uma CX superior. O problema é que a
tecnologia por si só não cria valor.
Uma das várias conclusões deste
relatório, que traz insights valiosos para o kit de ferramentas de empresas que
querem avançar com estratégias em que o consumidor está no centro, é que
implementar tecnologia sem um plano e metas mensuráveis é um erro. Essa
abordagem “aleatória” em relação a tecnologia é algo que os líderes em CX
evitam. Pelo contrário, nessas organizações, ferramentas de experiência do
cliente são implementadas como parte de uma abordagem holística e integradas a
estratégia de transformação digital da empresa.
Posicionando CX como uma prioridade
estratégica
As boas práticas dos Campeões da CX
também nos mostram que é preciso se certificar de que a evolução da experiência
do cliente é a tarefa de um membro da liderança. Mas é importante lembrar que
bons resultados não são gerados ao colocar a responsabilidade pelo tema nas
mãos de um só executivo, e sim pelo fato de que ao fazê-lo, são criados
objetivos e indicadores de performance, que se desdobram em outras áreas da
organização.
No entanto, ter executivos responsáveis
somente por CX ainda é algo incomum em empresas globais: somente 40% das
organizações tem esta função exclusiva. Há uma interessante discussão em curso
no momento, sobre se esta função deve pertencer aos domínios do CIO ou do CTO,
ou mesmo do CMO. Mas a realidade que os números da pesquisa nos mostram é que
CX não se encaixa muito bem em nenhuma destas áreas. Como resposta a este
dilema, a pesquisa argumenta que, da mesma forma que geração de receita é algo
que permeia as diversas áreas de uma empresa, a CX também deve ser encarada da
mesma forma.
Para isso, é preciso adotar uma mudança
de mentalidade, em que talentos são equipados com plataformas colaborativas que
os ajudam a garantir a melhor experiência para o cliente. Empoderar times para
endereçar os grandes desafios na experiência do cliente na era digital é outra
prática dos líderes de CX, com a qual empresas que querem “chegar lá” podem
aprender. Além de gerar retorno em relação ao investimento em tecnologia, esta
abordagem é parte das estratégias que fazem com que empresas garantam a
satisfação de seus clientes, os mantenham leais e gerem ainda mais negócios. Conheça
mais sobre a anatomia dos Campeões de CX no relatório do SAS em parceria com a
MIT SMR Connections.
*Head de Growth Marketing e GTM para US e LATAM: SMB (Small e Medium Business) e TMT (Telco, Media e Telecommunication) do SAS.
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