Corporate Venture Building e os diferentes tipos de suporte às startups
Por Amanda Graciano - sócia de Corporate
Relations da Fisher Venture Builder
Este artigo, tem como objetivo,
apresentar onde o modelo de Corporate Venture Building e as diferentes
abordagens de inovação aberta, se encaixam.
De forma resumida as iniciativas de
Venture Building dentro das organizações, se propõe a criar startups que possam
ser independentes com o apoio e recursos das corporações.
Por ser uma prática que exige um grande alinhamento estratégico, é parte da
tomada de decisão uma análise comparativa com outros modelos e abordagens de
inovação já trabalhados na companhia e/ou um benchmark, com empresas do
ecossistema.
Alguns dos formatos mais comuns
encontrados, quando falamos de inovação aberta dentro das corporações no Brasil
são: inovação aberta, aceleração, incubação e mais atualmente, corporate
venture capital.
Open Innovation
Quando uma empresa começa a explorar
formatos e modelos de inovação, frequentemente o primeiro passo é o caminho da
inovação aberta (open innovation), focada no relacionamento/interação com o
ecossistema de startups e identificação de dores e necessidade internas, que
possam ser resolvidas através da contratação de serviços prestados por
startups. Normalmente, essa contratação irá acontecer via provas de conceito
(POC) em conjunto com especialistas e equipes internas para testar essas tecnologias.
Após as POCs, é possível ter a contratação via processo de compras padrões ou
adaptados para startups.
Aceleração
Um possível segundo passo é a criação de
um programa de aceleração. Nesse caso, a empresa irá buscar startups para
resolver dores internas a serem resolvidas ou setores de interesse. Além de
oferecer alguns benefícios como a contratação de serviços de mentorias, espaço
físico e potencialmente investimento. Esse processo geralmente é estruturado e
apoiado por empresas parceiras de consultoria, que ajudará na busca e seleção
das startups.
CVC
Quando falamos de empresas investindo em
startups, comprando uma participação, estamos falando do modelo de Corporate
Venture Capital (CVC). Nessa modalidade, a corporação cria um fundo para
investir em startups externas, por vezes em busca de diversificação do
portfólio, complementaridade e uma visão estratégica de antecipação ao mercado
em que já atua.
Incubação
Já a abordagem de incubação interna de
projetos, tem como objetivo incentivar os colaboradores a apresentar novas
ideias, que podem ser incrementais aos processos e negócios da companhia ou
não. Além da etapa de sugestão e escolha das ideias, a incubação possui
metodologias diversas que possibilitam que os colaboradores desenvolvam suas ideias
e passem por premiações e, em alguns casos, a implementação da solução criada
na operação.
CVB
Diferente da Incubação, as iniciativas
de Corporate Venture Building (CVB) são seriais e promovidas pela própria
empresa, ao invés de apenas incentivar que colaboradores apresentem suas
ideias. O CVB está diretamente ligado à estratégia de longo prazo e geração de
valor das corporações, e suas metodologias permitem que a empresa assuma o
controle desse processo, diminuindo os riscos de insucesso e aumentando o potencial
de valor a longo prazo.
Nesses casos, os ativos da organização
são colocados à disposição do novo negócio e, com o uso de uma metodologia
robusta, é possível combinar os ativos com as habilidades de criação de startup
e mentalidade empreendedora. Esses elementos em conjunto trazem uma velocidade
para a criação de novos produtos e mercados. Por isso, CVB tem um diferencial
muito claro quando comparado com as outras possibilidades de inovação dentro
das organizações.
O importante no momento de tomar a
decisão de quais abordagens irão compor a sua estratégia de inovação é o
entendimento dos impactos de curto, médio e longo prazo de cada e a
possibilidade de execução dentro da cultura organizacional já estabelecida. Uma
corporação que está em busca de criar valor, sobrevivência e disrupção a longo
prazo, deve considerar o Corporate Venture Builder na sua estratégia de
inovação. O lado “fácil” é que você não precisa fazer sozinho, assim como a
Fisher, existem algumas empresas no mercado que ajudam corporações a
estruturarem e operarem seus CVBs, acelerando o aprendizado e reduzindo os
riscos.
Você já deve ter ouvido falar de
inovação em algum momento da sua carreira ou algum artigo no jornal chamou sua
atenção sobre o assunto. Existem algumas formas de implementar inovação nas
empresas e vou apresentar elas sucintamente para que vocês possam decidir por
conta própria a que mais se adequa a sua necessidade. Antes, preciso apresentar
uma que tem chamado a atenção de importantes empresas ao redor do mundo, a corporate
venture building.
Mas, antes vamos apresentar por ordem
histórica de criação.
Dos elementos da inovação disruptiva
existem dois que eu gostaria de destacar. O primeiro é um grande foco no
cliente, uma capacidade de focar mais nas possibilidades e oportunidades de
geração de valor junto ao cliente do que necessariamente ser obcecado com a
concorrência.
Um segundo elemento, é a alta capacidade de execução e validação. É preciso nos
momentos de criação de valor e de fazer uma inovação mais disruptiva, um
entendimento, que por vezes, podem ser empíricos de que o caminho que está
sendo traçado parece estar certo.
É comum remetermos a esse tipo de
inovação quando olhamos para algumas startups. A startup que reinventou a forma
de locomover, a que reinventou as entregas de comida, a que se propõe a mudar
nosso relacionamento com as operadoras de saúde.
Se estamos falando de mudar
completamente o status quo, estamos falando de inovação disruptiva.
Hoje, trabalhando ativamente na criação de startups junto à corporações e empreendedores, percebo que existe um conjunto de habilidades que precisam existir para que a inovação disruptiva de fato aconteça.
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