Distúrbios no sono podem ser indicativo da doença de Alzheimer, aponta especialista
Hoje, 21 de setembro, celebra-se o Dia Mundial
da Doença de Alzheimer e o Dia Nacional de Conscientização da Doença de
Alzheimer; presente principalmente nas pessoas com mais de 65 anos, o mal de
Alzheimer é uma doença degenerativa que pode ter os primeiros indicativos
através de distúrbios do sono
Laura Castro, sócia-fundadora e diretora de psicologia na Vigilantes do Sono/Divulgação
Estudo publicado na revista científica The
Lancet Neurology aponta que além de figurar como um dos sintomas da doença,
os distúrbios no sono podem
ser também um fator de risco para o desenvolvimento de Alzheimer
São Paulo, setembro de
2022 – Conhecida
como uma das principais doenças degenerativas, o Mal de Alzheimer afeta, só no
Brasil, 1,2 milhão de pessoas, segundo dados do Ministério da Saúde. Entre os
diversos sintomas, a Vigilantes do Sono
alerta que a inconsistência no sono e distúrbios como insônia, podem ser sinais
da doença. Como forma de chamar a atenção da sociedade quanto à conscientização
e o estigma que cerca a demência, celebra-se, hoje, 21 de setembro, o Dia Mundial da
Doença de Alzheimer e o Dia Nacional de Conscientização da Doença de Alzheimer.
De acordo com a revista
científica The Lancet Neurology, o distúrbio do sono contribui para o declínio
cognitivo e também pode aumentar o risco de demência da doença de
Alzheimer. A publicação aponta ainda que até recentemente as alterações no sono
eram geralmente consideradas uma consequência do Alzheimer, contudo, os
resultados obtidos nas mais recentes pesquisas têm alterado essa correlação,
considerando o distúrbio do sono como um fator de risco para o desenvolvimento
da doença.
Para Laura Castro, psicóloga e sócia
fundadora da Vigilantes do Sono, a relação entre a doença e os
distúrbios do sono pode ser percebida de algumas formas. Ela explica que uma má
noite de sono pode potencializar os sintomas do Alzheimer, visto que ao longo
do dia, o sono ruim, causa irritabilidade, dificulta o raciocínio e pode
contribuir para a falta de memória, todos problemas enfrentados por quem sofre
com a doença degenerativa.
“Más noites de sono
causadas pela agitação e inquietação, além do despertar cedo, é sinal de que
algo não está certo. Na maioria das vezes, podem ser sinais de ansiedade ou,
caso seja constante, pode apontar para um problema mais sério. No que diz
respeito aos idosos, o sono pode ser indicativo de Alzheimer, caso seja
observado, com frequência, os problemas com a memória e perda cognitiva de
algumas funções”, explica a psicóloga.
Ainda de acordo com a
The Lancet Neurology, as evidências dos estudos preliminares sugerem que os
distúrbios do sono, além de serem um sintoma de neurodegeneração também podem
ser um fator de risco potencial para o desenvolvimento não só para a doença de
Alzheimer e demências relacionadas, como também a doença de Parkinson.
O Alzheimer ainda
carece de uma cura. No entanto, existem hábitos saudáveis que, ao serem
adotados, podem contribuir para uma melhor atividade do cérebro e,
consequentemente, para prevenir ou desacelerar os sintomas da doença. Entre
esses hábitos, muitos coincidem com os necessários para uma boa noite de sono,
reafirmando a relação mútua entre a doença e os distúrbios do sono. Entre os
hábitos indicados estão os exercícios físicos ao longo do dia, evitar o fumo,
manter um peso ideal, entre outros.
Laura ressalta que o
autocuidado é essencial para prevenir qualquer doença e que é necessário uma
atenção a mais com os idosos. “O sono é essencial para nosso corpo e deve ser
respeitado o máximo possível. Para isso, alguns hábitos como desligar de telas,
evitar cafeína antes de dormir, evitar fumar e a prática de exercícios físicos
são essenciais para dormir bem. Com os idosos, se possível, é importante manter
uma rede de apoio próxima para entender como está a noite de sono dele (a)”,
ressalta Laura.
Sobre a Vigilantes do Sono
Com pouco mais de dois anos de atuação, a Vigilantes do Sono rompeu as
barreiras de acesso ao tratamento padrão ouro para a insônia e auxilia
pacientes e profissionais de saúde na condução da TCC-I (Terapia
Cognitivo-Comportamental para Insônia). É hoje o maior aplicativo de sono do
Brasil e foi eleita a melhor startup de saúde do maior programa de aceleração
da América Latina, a Inovativa. A empresa nasceu do sonho de seus fundadores,
Lucas Baraças, Guilherme Hashioka e Laura Castro de ajudar as pessoas a
dormirem melhor através de uma solução saudável, sustentável e acessível. Mais
informações no site.
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