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Queda constante no índice IGP-M não deve alterar valores de aluguéis de imóveis, prevê especialista

 Primeira prévia de junho aponta queda do índice em aproximadamente 1,95%; ainda que com recuo constante, influência deve ser mais evidente nas renovações de contratos de aluguel.

O mês de junho começou com uma novidade para o setor imobiliário brasileiro. Com o recuo de 1,95% no Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), índice que mede a chamada inflação do aluguel, na primeira prévia de junho divulgado pela Fundação Getúlio Vargas, levanta uma expectativa para quem está inserido no mercado de locação de imóveis. No acumulado dos últimos 12 meses, a queda representa quase 4,5%.

De acordo com a diretora comercial da Clarim Imóveis, uma das principais imobiliárias de Curitiba e região metropolitana, Fabiane Guiraud de Souzaembora o índice seja negativo, isso não quer dizer que os valores praticados na locação de imóveis também reduzam.

“Hoje, os contratos de aluguel praticados no mercado imobiliário em todo o Brasil, possuem cláusulas que permitem o reajuste no valor do aluguel apenas se a variação do índice for positiva, ou seja, a queda não vai influenciar”, afirma a especialista em negócios imobiliários.

Cenário ainda deve agradar inquilinos

Segundo ela, o cenário, entretanto, pode ser considerado favorável para os inquilinos. Com a constante queda nesse índice, a tendência é que os processos de renovações de contratos de aluguel sejam influenciados de forma positiva para os locatários. “Isso porque, cada vez em que há uma queda do IGP-M, ela pode ser usada como argumento para resultar em reajustes menores ou até mesmo evitar um possível aumento no valor do aluguel", analisa Fabiane Guiraud.

Inquilinos e proprietários devem estar atentos

No entanto, ainda que o IGP-M seja considerado um importante medidor para este mercado, muitas imobiliárias passaram a calcular os valores dos aluguéis com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). A mudança foi motivada após o surgimento da pandemia de Covid-19, quando o Índice Geral de Preços – Mercado bateu a espantosa taxa de 37%.

“Por ora, essa transição aliviou o orçamento das famílias, tornando o custo com aluguel mais estável, o que impulsiona o mercado de locação, mas também traz à tona a importância das duas partes, locador e locatário, dialogarem por meio da intermediação da imobiliária sobre o cenário econômico para escolherem um índice de referência que seja justo para ambos e reflita a real valorização do imóvel para a conservação do contrato tanto para o proprietário quanto para o inquilino ”, finaliza a especialista.

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