Colégio utiliza gastronomia para ensinar história do povo árabe
Como conclusão da aula, os alunos realizam um banquete, que inclui decoração e pratos preparados por eles
Os alunos do 7º ano A do Colégio Batista Brasileiro, unidade Perdizes, está preparando um banquete árabe que será servido no dia 22 de junho, às 10h20, na própria sala de aula.
A iniciativa faz parte das aulas de História, ministradas pela professora Ana Luiza de Oliveira de Duarte Ferreira, e tem por objetivo trabalhar de forma crítica e reflexiva conhecimentos sobre costumes do povo árabe. “Durante as aulas de História buscamos despertar o interesse e a curiosidade dos alunos, explorando os cinco órgãos do sentido. Neste caso, ao abordarmos os costumes alimentares, focamos o paladar que, afinal, é um dos sentidos mais importantes na ativação da memória, da sensibilidade e da reflexão”, explica a professora.
Ao incentivar os alunos a formularem um cardápio, as aulas propõem reflexões sobre a diversidade cultural que caracteriza a História da humanidade. “Os alunos aprendem a trabalhar a perspectiva, a compreensão, a tolerância e a admiração e abrem-se para conhecer outras culturas gastronômicas e para experimentar pratos que ainda desconheciam”, afirma Ana Luiza.
Outro objetivo das aulas é fazer com que os alunos compreendam conexões entre a disciplina de História e outras matérias, como Geografia e Ciências. “Eles aprendem sobre a região ocupada pelo povo estudado, como as pessoas intervinham naquele espaço geográfico, de quais recursos dispunham, que atividades desenvolviam, como se organizavam, porque se reuniam e festejavam, como percebiam seu corpo e sua saúde. E isso é precioso para o historiador”, acredita Ana Luiza.
As pesquisas realizadas pelos alunos permitem ao professor trabalhar o conteúdo de história como produção de conhecimento e não como um passado morto. “Ao invés de receberem o conteúdo pronto, fechado, os alunos realizam a leitura de fontes e vão construindo sentidos. Por exemplo, nas aulas eles descobrem a importância da religião para os povos árabes, como construíram um vasto império, e os impactos disso na história alimentar”.
Para finalizar o projeto, é organizado e servido um baquete árabe. Os próprios alunos decidem quais são os pratos que serão servidos e seguem à risca os cuidados com a higiene, trazem toalhas e talheres, e recipientes para lavar as mãos. “Estimulamos também a generosidade, já que contribuem apenas os alunos que dispõem de recursos, ou de habilidades para a decoração, por exemplo. E todos desfrutam dos alimentos e também músicas típicas, ambiente decorado. Assim, os alunos conseguem, dentro das limitações, se transportarem para os antigos banquetes árabes. É uma verdadeira festa”, finaliza.
Pratos servidos no dia:
- pão árabe
- hommus (de grão de bico)
- babaganuche (de berinjela)
- coalhada seca
- tabule
- quibe (assado, frito, cru)
- kafta
- charutinho
- esfiha
- geleia de ameixa
- sorvete de limão
- doce de arroz, leite e manteiga
- sucos: limão, maça, romã.
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