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O que o consumidor final precisa saber sobre a chegada do 5G no Brasil

Velocidade 20 vezes maior, mais estabilidade de conexão, tudo sem sofrer grandes variações em relação aos preços atuais são alguns dos benefícios. No entanto, a chegada da tecnologia pode demorar mais do que se imagina.

Um dos momentos mais aguardados pelos brasileiros, a chegada do 5G, pode ter sua primeira etapa concluída com sucesso, ainda em 2021. O famoso leilão feito pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), que coloca em disputa, pelas operadoras, mais de 1.200 MHz de frequências é visto como a porta de entrada para a tecnologia no país.

 

Entretanto, uma série de perguntas ainda estão sem respostas. E a primeira delas é: quais os benefícios reais para o consumido final? De acordo com o gerente técnico da Fibracem, indústria brasileira especializada no setor de comunicação óptica, Sebastião Rezende, a principal mudança percebida pelo consumidor será a velocidade de transmissão, que pode chegar até 20 vezes mais rápida que a tecnologia 4G, utilizada atualmente.

 

Segundo ele, a partir do 5G também será possível ter uma abrangência ainda maior de cobertura de internet, passando de uma quantidade de 100 mil conexões por km2 [como é o caso do 4G] a uma densidade que pode chegar a um milhão de conexões na mesma área, com o 5G.

 

“Além disso, existem ainda inúmeros outros benefícios, que poderão ser percebidos, como a estabilidade de conexão e uma maior quantidade de conexões simultâneas”, afirma.

 

Quanto vai custar ao consumidor?

Como acontece em grande parte dos produtos de inovação ou tecnologia, a disponibilidade do 5G e os custos dos dispositivos compatíveis com esta tecnologia, como aparelhos celulares, tendem a ser altos. “Pode ser que a concorrência entre os fabricantes de dispositivos, assim como entre os provedores de internet, mirando um consumo em massa, faça com que os preços reduzam, ou, não sofram grandes variações em relação aos atuais”, ressalta o gerente técnico da Fibracem.

 

Mobile x Wi-fi

Para o gerente industrial da companhia, Cleverson Luiz Weiss, além de dispositivos mobile, a tecnologia 5G também estará disponível via wi-fi, para os consumidores. No entanto, para viabilizar a utilização do serviço nas residências, será necessário que os aparelhos tenham compatibilidade. “A previsão é que essa mudança do 4G para o 5G ocorra de maneira fluida. O próprio mercado já tem trabalhado para se ajustar à nova tecnologia, lançando aparelhos compatíveis com a rede”, ressalta.

 

E quando teremos 5G?

De acordo Sebastião Rezende, mesmo que entidades como Tribunal de Contas da União (TCU), estejam pressionando para que o leilão ocorra neste ano [2021], ainda não existe, de fato, uma previsão exata de quando a tecnologia estará disponível para o consumidor final.

 

“A implantação da infraestrutura necessária para funcionamento depende ainda de legislações municipais, devido a necessidade de muitas antenas”, explica. “E este fator pode atrasar e muito a perspectiva de contarmos com 5G em 2022”, acrescenta.

 

Infraestrutura para o 5G

As redes 5G funcionam por meio de ondas de rádio, assim como as 3G e 4G, porém com frequências mais altas. A capacidade é maior e o alcance menor que suas antecessoras [3G e 4G], o que traz a necessidade de um aumento em quatro ou cinco vezes a quantidade de antenas. E para que tudo isso funcione bem, será indispensável o fator capilaridade, ou volume, de fibra óptica instalada. É aí que entram os provedores de internet.

 

“Os ISPs auxiliam na difusão da fibra óptica, trabalhando para que chegue a qualquer lugar, inclusive em áreas mais distantes, por isso eles terão um percentual considerável para esse crescimento”, finaliza Sebastião.

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