ANÁLISE PEDAGÓGICA | Como a aprendizagem baseada em projetos se relaciona com a Educação no Novo Milênio?
O project based learning (aprendizagem baseada
em projetos) relaciona a construção do conhecimento à investigação e à proposta
de soluções para situações reais. Abordagem pedagógica que se relaciona com a
educação no novo milênio, ela tem como ponto de partida uma questão inicial
feita aos estudantes, desafiando-os a se envolverem em um processo de pesquisa,
elaboração de hipóteses, busca por recursos e aplicação prática até chegarem a
uma solução ou produto final. A equipe da Geekie consolidou cinco passos que
podem auxiliar os educadores a implementar a proposta dentro da sala de aula. O
tema será objeto da formação gratuita Elementos da aprendizagem baseada em
projetos, que acontece em 5 de maio, às 15 horas, e será ministrada por
Christie Sototuka, designer pedagógica da Geekie.
São
Paulo, 2022 | A
aprendizagem baseada em projetos (project
based learning, PBL) aposta na construção do conhecimento por meio
de um trabalho longo de investigação. Na prática, apresenta aos alunos uma
pergunta complexa, um desafio ou um problema; na sequência, a partir dessa
questão inicial, os estudantes são convidados a se envolverem em um processo de
pesquisa, elaboração de hipóteses, busca por recursos e aplicação da informação
até chegar a uma solução viável ou produto final. Nessa abordagem pedagógica, o
aprender e o fazer são inseparáveis. Para contextualizar a metodologia e
dividir dicas com os educadores para a aplicação da metodologia na sala de
aula, a equipe pedagógica da Geekie enumerou cinco passos importantes.
Segundo Chirstie Sototuka, designer pedagógica da
Geekie, aprender com o PBL tem a ver diretamente com a exploração do contexto, a
comunicação entre pares e a criação a partir do conhecimento. A tecnologia
permeia todas as etapas do projeto: desde a exploração do contexto (que pode
ser uma pesquisa de insumos e evidências na internet), passando pela
comunicação entre pares (já que as tecnologias permitem romper os limites do
espaço físico e do tempo), até chegar na criação do conhecimento.
“A metodologia também ganhou um reforço
com o Novo Ensino Médio e a BNCC, que colocam em evidência a formação
integral de estudantes. Para a última etapa da Educação Básica, a aprendizagem
baseada em projetos auxilia na estruturação dos itinerários formativos das
unidades curriculares”, afirma Christie.
De acordo com a especialista, um ponto
importante a ser ressaltado é que na metodologia da aprendizagem baseada em
projetos, não cabe ao professor expor todo o conteúdo para que o aluno comece,
depois, a trabalhar e nem deve haver uma “receita de bolo” que mapeie todos os
passos e já preveja os resultados finais. Ao contrário: são os estudantes que vão
em busca dos conhecimentos necessários para atingir os objetivos propostos e
definir o que será o resultado final; o educador funciona, nesse contexto, como
orientador do processo. Vale lembrar que o mesmo projeto pode ser trabalhado
por grupos diferentes de alunos – o que pode resultar em conclusões e
aprendizados completamente diferentes. Ou seja, um processo muito rico e que
respeita olhares distintos. Um ponto comum na aprendizagem baseada em projetos
é o trabalho da transdisciplinaridade, envolvendo competências e temáticas
pertencentes a várias matérias escolares. “Algo que dialoga com as demandas por
desenvolver habilidades do século XXI, que são desenvolvidas em toda a jornada
do PBL, sobretudo, autonomia, curiosidade, resolução de problemas e comunicação
interpessoal”, aponta Christie.
O tema também será objeto da palestra
gratuita Elementos da
aprendizagem baseada em projetos, que acontece em 5 de maio, às 15
horas (horário de Brasília), e será ministrada por Christie Sototuka, designer pedagógica da
Geekie. Inscrições: https://os.geeki.es/CircuitoGeekie-2022
5 PASSOS | APRENDIZAGEM BASEADA EM
PROJETOS
#1 . Pergunta motivadora. Comece com uma questão que não possa ser
resolvida facilmente, ou seja, com uma pesquisa rápida no Google. O assunto da
aula deve ser introduzido de uma forma instigante e o professor, durante o
processo, pode averiguar o quanto os seus alunos sabem sobre o tema. Para
tornar tangível a proposta, um exemplo é a questão: como incentivar os
moradores do bairro a consumir uma alimentação mais saudável? Com essa
pergunta, os alunos podem apontar diferentes abordagens a partir do
aprofundamento do problema.
#2. Investigação. É hora de os alunos se tornarem
especialistas no assunto em questão. Eles devem ir atrás de diversas fontes,
textos, pesquisas ou mesmo entrevistas – tudo que os ajude a entender em
profundidade os temas e conceitos relacionados com a pergunta norteadora.. Os
docentes podem também propor debates, exercícios, rodas de conversa e até
experimentos que facilitem.
#3. Ideação e construção. Com base em seus novos conhecimentos,
os alunos começam um processo criativo para imaginar, desenhar e criar suas
soluções. Depois, para a construção ou elaboração de sua solução fazem o
planejamento de ações, recursos disponíveis e responsáveis. Durante essa fase,
o professor tem espaço para provocar a turma com perguntas e dar feedback quanto ao trabalho
envolvido. Uma sugestão é abrir espaço para que os estudantes possam contatar
mentores: que podem ser familiares ou amigos que tenham expertise no tema que
estão estudando. Essa é uma forma de envolver pais, mães e responsáveis no
processo educacional e difundir a metodologia.
#4 Exposição e compartilhamento. Os estudantes agora se preparam para a
apresentação final, pensando na melhor forma de contar sobre sua jornada de
aprendizagem com o projeto, o que aprenderam e seus desafios, da pergunta
norteadora até chegar em sua solução final. Convide as pessoas da comunidade escolar
para que as soluções possam ser divulgadas e seus reflexos possam ultrapassar
ainda mais as barreiras da sala de aula.
#5. Avaliação do aprendizado. Lembre que o foco do projeto é no
desenvolvimento das aprendizagens durante todo o projeto, por isso, a avaliação
acontece em todas as suas etapas, inclusive na apresentação final e pode ter
diversos formatos como exercícios, textos, resumos e relatórios. Uma boa forma
de ajudar na autonomia dos estudantes é utilizar rubricas que reflitam os
objetivos de aprendizagem do projeto.
SOBRE A GEEKIE |Referência em educação com apoio de
inovação no Brasil e no mundo, a Geekie foi fundada em 2011 – pelos
empreendedores Claudio Sassaki e Eduardo Bontempo – com a missão de transformar
a educação do país. Em uma década, a empresa tem desenvolvido soluções inovadoras
que potencializam a aprendizagem. Com foco no Ensino Básico, a edtech alia tecnologia de
ponta a metodologias pedagógicas inovadoras. Única plataforma brasileira de
ensino adaptativo credenciada pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC) para
o Guia de Tecnologias Educacionais – que identifica soluções tecnológicas
capazes de melhorar a qualidade do ensino brasileiro –, em sua trajetória a
Geekie alcançou mais de cinco mil escolas públicas e privadas de todo o país,
impactando cerca de 12 milhões de estudantes.
Entre as certificações mais relevantes, a empresa destaca: WISE 2016 (Qatar Foundation), TOP Educação (Revista Educação, categoria software educacional mais lembrado do mercado), Empreendedor Social Brasil (Folha de S. Paulo e Fundação Schwab), Empreendedor Social Mundial (Fundação Schwab), Trip Transformadores e Empresas Mais Conscientes (Revista IstoÉ). A Geekie já contou com aporte de investidores de tradição na área educacional como Arco Educação, família Gradin (por meio do fundo Virtuose), Fundação Lemann, Jorge Paulo Lemann (por meio do Fundo Gera), além dos fundos, o norte-americano Omidyar Network e o japonês Mitsui & Co.
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