A solidão do líder existe, mas se distanciar dessa condição é algo poderoso
*Por Thaísa Passos,
gerente global de marketing da S.I.N. Implant System
O Google só precisa de
0,78 segundos para encontrar 10,2 milhões de resultados para o questionamento
“como se tornar um CEO?”. Entretanto, em uma pesquisa sobre os espinhos
que cargos de liderança carregam, encontramos menos respostas. Isso acontece
porque os gestores, em geral, não são treinados para lidar com insucessos e
vulnerabilidades.
O líder desfruta de
poder, influência e status, em uma condição desejada por boa parte dos que
escolhem uma carreira executiva. O fato é que há uma infinidade de conselhos
(às vezes vagos, convenhamos) sobre como alcançar o auge da carreira. Em
comparação, existe pouquíssima discussão sobre o que acontece quando chegamos
lá.
Uma expressão em inglês
traduz uma grande verdade sobre o cenário: “it’s lonely at the top” (o topo é solitário, em
tradução livre) – e há números que confirmam o impasse.
Pesquisa publicada pela
Harvard Business Review, por exemplo, aponta que 50% dos CEOs entrevistados se
sentem isolados em seus cargos, com efeitos negativos no desempenho de pelo
menos 61% deles. E veja só: entre os que alcançaram a liderança pela primeira
vez, a solidão corporativa chega próximo a 70%.
Não se trata, claro, de
algo físico. O gestor C-Level, nesse contexto, se torna uma ilha rodeada por...
pessoas. Chega a ser lamentavelmente irônico. Mas a verdade é que, na maré de
complexidades dos cargos de gestão, é preciso ir muito além da presença ou não
de seus pares na mesma sala.
Isso porque a solidão
na liderança envolve demandas como a responsabilidade de tomar decisões que
impactam na vida pessoal, no clima organizacional e no mercado de trabalho como
um todo. No mesmo pacote aparecem, também, noções deturpadas sobre hierarquia e
cultura da empresa, que acabam por distanciar os líderes de suas equipes.
Em 1966, os Beatles
lançaram um manifesto sobre o isolamento na famosa canção Eleanor Ribgy. ‘De onde vêm
e onde se encaixam as pessoas solitárias?’, diz a letra. Mais do que mera
referência musical, essas questões podem muito bem serem aplicadas ao ambiente
corporativo. No geral, os líderes precisam fazer um mergulho em busca de
autoconhecimento, gerenciando seus próprios sentimentos, para lidar com eles de
forma mais aberta e compassiva. Só assim vão conseguir contornar aspectos
negativos e conquistar o tão sonhado equilíbrio entre vida executiva e pessoal.
Veja abaixo alguns apontamentos que podem fazer sentido para exercer um cargo
de liderança de forma mais plena:
1) Faça de sua
vulnerabilidade um insight – Você não compõe o time C-Level da sua
organização à toa. E entre todas as suas expertises, uma das mais importantes é
ler estrategicamente cenários, situações, possibilidades e pessoas, a começar,
aliás, por si mesmo, considerando até facetas internas desconfortáveis. Estudos
já apontam que sentimentos de isolamento e não pertencimento podem ser
gatilhos, por exemplo, para transtornos como a ansiedade e o burnout. Não é de
se estranhar que ambos tenham impactos que vão desde menor engajamento
profissional a afastamentos do trabalho. Reconhecer os problemas facilita na
procura por soluções. Uma das receitas possíveis é desenvolver o poder da
escuta, começando por você mesmo. Isso ajuda no desenvolvimento da cultura da
colaboração, entre a equipe toda, o que torna o cargo de gestão mais leve. E a
motivação da equipe, sobretudo quando o líder confia e delega, automaticamente
é elevada. Pense nisso!
2) Procure suporte profissional
–
Aceitar a complexidade de sua função, e como você se sente ao executá-la, é o
primeiro passo. O próximo envolve estabelecer conexões e buscar auxílio. Um bom
exercício é ler ou ouvir depoimentos de outros gestores (inclusive conhecidos
seus) sobre os desafios da solidão corporativa. Esse compartilhamento de
experiências gera identificação. Com isso, ficará mais fácil buscar
aconselhamento, apoio de profissionais e, até mesmo, uma consultoria que amplie
seu campo de visão. Sob esta nova perspectiva, a liderança solitária deixa de
ser um fantasma para se tornar um desafio plenamente superável e ajustado à sua
ideia de felicidade.
3) Conecte-se – Liderar e conectar são
quase sinônimos no dicionário corporativo. Ou melhor: no vocabulário dos líderes
que atuam com excelência. Cumprir essa missão requer entender a importância e a
contribuição de todos os membros de seu time para alcançar o sucesso da empresa
e, consequentemente, o seu. Crie, assim, canais e práticas interativas com
absolutamente todos da equipe. Fale, ouça, reflita, celebre e dê
contribuições. Este pensamento tão rico é compartilhado por Tim Cook, CEO da
Apple. O movimento dilui barreiras hierárquicas, aumenta o engajamento entre
estruturas corporativas e diminui o isolamento. Lembre-se, no entanto, de que é
preciso acreditar nesse propósito e na efetividade dessas ações. Atuações
robotizadas não convencem e, pior, têm efeito reverso.
4) Equilibre seus
papéis – Você
não nasceu líder. Pode até acreditar que chegou ao mundo destinado a isso, mas
precisa reconhecer que sua identidade, suas experiências e sua trajetória não
se resumem ao seu status corporativo ou contrato de trabalho. Mantenha,
portanto, rotinas saudáveis, relações fortes e hábitos prazerosos em seu
cotidiano pessoal. Vista a camisa da organização, mas permita-se relaxar de
pijama em casa, ouvir uma música e priorizar seus momentos de lazer. Na
empresa, fale com paixão e engaje seu time, mas, tenha em mente que separar um
tempo para conversas descontraídas com familiares e amigos deve ser um ponto de
honra. Visualize o futuro da empresa e da sua condição de gestor, mas
permita-se descansar ou assistir uma série interessante. Equilibrar seus papéis
sociais vai ajudar -- e muito! -- a elevar sua autoestima e ter mais prazer,
evitando malabarismos profissionais desnecessários, que, nem de longe,
impulsionam sua carreira.
Sobre a S.I.N. Implant System: referência mundial em produtos para implantes dentários, a S.I.N Implant System tem DNA brasileiro e está no mercado desde 2003. Hoje, seu parque fabril de última geração entrega mais de 5 milhões de produtos acabados todos os anos, com presença em 22 países. Com uma trajetória de conquistas apoiada nos princípios da simplicidade, inovação e nanotecnologia, a S.I.N. Implant System oferece as melhores linhas de implantes dentários do mundo, além de componentes protéticos. A empresa tem como visão oferecer o que há de melhor e mais seguro na área de implantodontia, utilizando, para isso, tecnologia de ponta e equipamentos de última geração, que passam por rigoroso controle de processos. A excelência em qualidade de seus produtos é garantida e comprovada por meio de certificações nacionais e internacionais. O sonho de restaurar sorrisos, iniciado com a Sra. Neide e o Dr. Ariel Lenharo, continua vivo. Em tempo: Ariel Lenharo foi o primeiro doutor em implantodontia do Estado de São Paulo, tendo também realizado sua pós-graduação nos Estados Unidos, no Pankey Institute. A Sra. Neide e o Dr. Lenharo estiveram à frente da companhia até 2009, quando o controle acionário da S.I.N passou para o fundo de investimentos Southern Cross Group, equity firm líder e mais antigo dedicado ao mercado latino-americano, com mais de U$ 2,8 bilhões investidos em 38 empresas em todo o continente. Mais informações em www.sinimplantsystem.com.br.
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