Liderança servidora: uma prática que transforma organizações
* Por Wanderley Costa,
diretor comercial da S.I.N. Implant System
Benjamin Zander é
maestro-fundador da Orquestra Filarmônica de Boston e protagonista de um TED
Talk assistido mais de 15 milhões de vezes. O motivo? Além de expoente em
música clássica, o britânico é um palestrante carismático e apaixonado por
liderança. Ele se transformou neste notável porta-voz e estudioso sobre o
assunto a partir de uma descoberta curiosa, há cerca de 40 anos. Na época,
percebeu que mesmo com seu rosto estampado em dezenas de capas de CDs, onde as
orquestras tocavam magistralmente sinfonias inteiras, não era executor de uma
nota sequer ali. Todas as faixas eram resultado, na verdade, da habilidade dos
músicos. “Entendi, então, que o meu trabalho era despertar talentos e
possibilidades nas outras pessoas”, diz.
Veja bem: Zander não
fala sobre o ego e o poder de comandar uma orquestra completa, de ser
responsável por conduzir espetáculos, de ser idealizador da “Boston Phil”.
Prefere entender sua missão de outro jeito, substituindo “sucesso” por
“significância”.
E isso tem tudo a ver
com o conceito de liderança servidora. O termo não é novo e foi criado em 1970
por Robert K. Greenleaf no ensaio The
Servant as a Leader (“O servo como líder”, em tradução livre). Em
sua essência, importa saber que este modelo de gestão subverte a estrutura
tradicional, como se virasse a pirâmide organizacional de cabeça para baixo.
“Enquanto o líder tradicional envolve a acumulação e o exercício do poder por
alguém ‘no topo’, a liderança servidora o compartilha”, diz Greenleaf
Em última instância,
quando o líder incorpora este papel, coloca as necessidades dos demais em
primeiro lugar, prioriza o desenvolvimento pessoal e presta auxílio para o seu
time alcançar a melhor performance possível.
Uma pesquisa da
Deloitte confirma a potência transformadora dessa proposta. Nela, 83% dos
executivos e 84% dos colaboradores entrevistados afirmam que motivação e
engajamento estão no topo da lista de fatores para o sucesso de suas
organizações. Termos como “boa comunicação”, “reconhecimento” e “liderança
acessível” também foram citados por até 50% dos participantes. De maneira
indireta, princípios da liderança servidora aparecem no levantamento, fazendo com
que um conceito do passado se torne uma necessidade no presente e uma tendência
para o futuro.
Confira, a seguir,
alguns insights
sobre como aplicá-la à sua gestão:
1) Converta o “eu” em
“nós” – Se
liderar é um talento, servir é arte. E dominá-la, nesse contexto, pede
ressignificação e novos propósitos. Quem idealiza status, poder e holofotes não
está pronto para a liderança servidora. Na realidade, a gestão com mindset focado no próximo
busca entender necessidades, fomentar talentos, fortalecer a autoestima e
impulsionar o bem-estar no local de trabalho. Afinal, é encorajando indivíduos
que se pode desenvolver times inteiros. E, claro, os resultados positivos
impactam a empresa como um todo. O líder, por isso mesmo, não é um herói que
está acima do seu staff. Ele segue caminhando com ele.
2) Pratique a
audição empática – O nosso imaginário é repleto de líderes cativantes, com
discursos poderosos que, via de regra, rendem frases motivacionais amplamente
difundidas. Podemos citar de Martin Luther King a Bill Gates como exemplos. Mas
hoje é preciso, definitivamente, enaltecer o "saber ouvir”. Essa
característica, aliás, é destacada pelo teórico Peter G. Northouse ao falar
sobre a liderança servidora no bestseller Leadership:
Theory and Practice. Segundo ele, cuidado, atenção e empatia abrem
portas para que aconteçam trocas reais entre gestores e suas equipes. Mas,
quando o líder foca em atender as necessidades do outro, precisa primeiro
conhecê-las, certo? E nesse ponto, o diálogo é a base de tudo.
3) Entenda a liderança
como influência, não dominação – Ainda nos anos 1960, Ken Blanchard ouviu o
próprio “papa” da liderança servidora, Robert Greenleaf, falar sobre ela.
Atualmente, Blanchard é um importante porta-voz desse perfil de gestão e
defende que a era dos líderes julgadores e críticos já acabou. O momento,
agora, é dos apoiadores e facilitadores. Por esse motivo, defendeu em uma
palestra no London Business Forum que os melhores líderes são, antes de tudo,
seres humanos incríveis – isso porque eles sabem a importância de compartilhar
valores, mostrar direções. Algo que começa com transparência tanto na definição
de objetivos quanto em feedbacks. Se o desempenho de alguém não é satisfatório,
o líder-servidor irá trocar a punição pela conversa aberta e franca, que
provavelmente terá como início uma simples e direta pergunta: “o que posso
fazer para ajudá-lo?”. A partir daí todos se tornam protagonistas cooperativos,
para a construção de um mesmo propósito.
4) Empodere seu time – O líder servidor abre
mão das gestões verticais, com superioridade de uns sobre outros, para apostar
em relações horizontais, de equidade e apoio. Há uma quebra ousada no status quo corporativo – e
também há armadilhas aí. Ser bom ouvinte e provedor das necessidades do staff
não deve diluir o entendimento do gestor como real norteador das estratégias,
coordenador de processos, tomador de decisões e, em última instância,
autoridade. O líder servidor, portanto, é realmente empático, não
excessivamente paternal ou superprotetor. Daí vem a importância do
empoderamento de equipes no sentido literal da palavra. Acima de tudo, é
preciso motivá-las, manter com elas uma real autonomia para que desempenhem
suas funções, visualizem possibilidades, façam o diagnóstico de problemas e
sugiram soluções. Essa conduta é saudável, sustentável, inteligente e
inovadora. E significa, realmente,
servir.
5) Compartilhe
conhecimento -
Não é segredo que os melhores líderes compartilham conhecimentos para ajudar os
outros a serem mais bem-sucedidos. Essa é uma atitude transformadora, de fato.
Mais do que isso, o desempenho da equipe é reflexo das comunicações que
recebem. Ao dividir tempo e conhecimento, o líder servidor demonstra por meio
de suas palavras e ações sua empatia e afetividade. Dessa forma, cada
colaborador será motivado, diariamente, a dar o melhor de si. E estará
capacitado a utilizar os aprendizados adquiridos em sua melhoria contínua.
Sobre a S.I.N. Implant System: referência mundial em produtos para implantes dentários, a S.I.N Implant System tem DNA brasileiro e está no mercado desde 2003. Hoje, seu parque fabril de última geração entrega mais de 5 milhões de produtos acabados todos os anos, com presença em 22 países. Com uma trajetória de conquistas apoiada nos princípios da simplicidade, inovação e nanotecnologia, a S.I.N. Implant System oferece as melhores linhas de implantes dentários do mundo, além de componentes protéticos. A empresa tem como visão oferecer o que há de melhor e mais seguro na área de implantodontia, utilizando, para isso, tecnologia de ponta e equipamentos de última geração, que passam por rigoroso controle de processos. A excelência em qualidade de seus produtos é garantida e comprovada por meio de certificações nacionais e internacionais. O sonho de restaurar sorrisos, iniciado com a Sra. Neide e o Dr. Ariel Lenharo, continua vivo. Em tempo: Ariel Lenharo foi o primeiro doutor em implantodontia do Estado de São Paulo, tendo também realizado sua pós-graduação nos Estados Unidos, no Pankey Institute. A Sra. Neide e o Dr. Lenharo estiveram à frente da companhia até 2009, quando o controle acionário da S.I.N passou para o fundo de investimentos Southern Cross Group, equity firm líder e mais antigo dedicado ao mercado latino-americano, com mais de U$ 2,8 bilhões investidos em 38 empresas em todo o continente. Mais informações em www.sinimplantsystem.com.br.
Nenhum comentário