TURNOVER - Porque a alta rotatividade dos colaboradores está em evidência
Gastos em grandes empresas podem chegar a R$ 9
milhões e a inteligência artificial é uma aliada fundamental para identificar e
prevenir futuras demissões
Saúde mental, bem-estar, colaborador em
primeiro lugar, ações para evitar o burnout. Ao serem questionadas,
provavelmente 10 entre 10 empresas irão afirmar que defendem e promovem
iniciativas como essas. Mas será que a prática realmente corresponde ao
discurso? Em meio a divulgação de pesquisas e estudos sobre o aumento no pedido
de demissões e no turnover das companhias, que está em um patamar acima da
média histórica, a Duomo Aprendizagem Corporativa fez um levantamento sobre os
principais aspectos que impactam na satisfação do colaborador, além do impacto
que essas mudanças constantes trazem para a empresa.
O turnover, índice que calcula a
quantidade de profissionais que deixam a empresa em determinado período e precisam
ser substituídos, é um dos indicadores-chave de desempenho mais importantes não
só para o RH, mas para toda a companhia. Cerca de metade do turnover é
voluntário, ou seja, o próprio colaborador opta por deixar a empresa. A maior
parte dos fatores que levam a esta decisão podem ser gerenciados, muitas vezes
com ações de custo baixíssimo. O turnover involuntário (quando a empresa
demite) também pode ser gerenciado. As principais estratégias estão
relacionadas à melhor compreensão e avaliação do perfil que “dá match” com a
empresa e ações relacionadas à recuperação de performance e/ ou do engajamento.
Porém, nenhuma estratégia dará certo se
a companhia não identificar precisamente os fatores que levam ao turnover.
“Análises superficiais e sem metodologia científica levam a conclusões
enviesadas que nem sempre são a causa-raiz”, afirma Joacir Martinelli, fundador
da Duomo Aprendizagem Corporativa. “Identificar as nuances que levam à demissão
(voluntária ou involuntária) e atuar cirurgicamente sobre elas é muito difícil
de ser feito de forma manual, especialmente em grandes empresas, com muitas
áreas ou negócios diversos e que ainda podem ser afetadas por características
regionais, quando a empresa atua em diversas cidades. O uso da Inteligência
Artificial é um grande aliado na descoberta de variáveis que passam
despercebidas quando observadas analogicamente e com intervenções pontuais”,
avalia.
As razões do turnover são complexas, o
que dificulta a ação das empresas, que não sabem exatamente como evitá-lo. “Não
há uma fórmula mágica, os motivos variam de empresa para empresa. Na entrevista
de desligamento, por exemplo, podem ser identificados alguns pontos, mas há
variáveis que nem mesmo o próprio colaborador sabe explicar”, ressalta
Martinelli. Quando a cultura da companhia não está em sinergia com a do
profissional, ele pode ter a sensação que não está gostando, mas não consegue
identificar o porquê.
Outro ponto de atenção são os altos
gastos com o turnover. A Duomo fez uma simulação simples, considerando os
gastos com os colaboradores em seu primeiro ano, período em que normalmente a
taxa de desligamento é maior, e as perdas de uma empresa de grande porte chegam
a quase R$9 milhões. Ao diminuir esse índice em 10% a economia da companhia é
bem significativa.
Os custos indiretos também devem ser
levados em consideração: perda de capital intelectual, sobrecarga dos gestores
e dos colaboradores remanescentes; enfraquecimento da employer branding;
impacto no clima e na cultura da empresa; diminuição de credibilidade do RH e a
insatisfação do cliente. “Algumas ações de diminuição de turnover podem ser
muito baratas ou até de graça para empresa. Uma coisa é o colaborador estar
insatisfeito com o salário, isso pode custar caro, mas existem algumas ações
que agradam muito e estão diretamente relacionadas a postura do gestor, como
ter uma conversa sobre carreira, por exemplo”, diz Martinelli.
E como evitá-lo? “As empresas se queixam
sobre o problema, mas poucas sabem como gerenciá-lo. Escuto diversos clientes
dizendo que estão em pânico e que não estão fazendo nada, não sabem como agir”,
ressalta Martinelli. A companhia deve estar atenta a algumas situações que
podem sinalizar um problema imediato ou futuro. “Salários estagnados, falta de
sinergia com a cultura, falta de transparência e confiança nas equipes,
competição excessiva, colaboradores desmotivados são alguns sinais de que ‘A
Grande Renúncia’ pode acontecer a qualquer momento”, afirma Martinelli.
Para identificar os profissionais que
podem vir a ser desligados, antes de chegar a um ponto que não tem mais volta
(como na entrevista demissional), a inteligência artificial pode ser uma grande
aliada do RH. “Com a coleta de centenas de dados dos colaboradores, de forma
amigável e humanizada, é possível cruzar as informações para localizar padrões
que podem ser gerenciados com o objetivo de aumentar a retenção. Com essa
análise, a equipe de gente e gestão pode identificar possíveis saídas
voluntárias ou involuntárias, promover ações para aceleração da ambientação e
do engajamento dos novos colaboradores ou até estabelecer critérios mais
eficientes para futuros processos seletivos”, destaca Martinelli.
Seja de forma manual ou com a
inteligência artificial, após a pesquisa é hora de analisar e promover as
mudanças necessárias. Foi detectado um problema na falta de comunicação? Então
o plano de ação deve ser direcionado para uma comunicação transparente, que dê
abertura para que os colaboradores sejam ouvidos e tenham suas demandas
reconhecidas. Outras possíveis iniciativas que contribuem para o enriquecimento
do ambiente: oferecer oportunidades de carreira laterais, trabalho remoto
(parcial ou total), horários flexíveis e criar uma política de benefícios.
Martinelli também ressalta a importância
da relação com o gestor. “É preciso ter empatia e compreender as necessidades
do time. Estar atento ao ambiente, se adaptar a ele e incentivar as pessoas a
fazerem essa imersão juntas é um dos fatores que fará a diferença para alcançar
a alta performance”. Incentivar a autogestão é mais uma ferramenta que empodera
o colaborador. “Trabalhar a autonomia da equipe aumenta a produtividade, reduz
a procrastinação, incentiva a maturidade profissional, além de diminuir as
taxas de turnover”.
Um público importante que merece atenção
redobrada são as mães. “Aqui, a principal dica é dar treinamento aos gestores e
contar com uma equipe de apoio onde as colaboradoras possam compartilhar
experiências sobre a maternidade”, destaca Martinelli. Criar programas de
carreira para as profissionais mães, considerando as novas necessidades, a
disponibilidade e construir uma jornada para que se sintam bem-vindas na volta
da licença-maternidade, assim irão se sentir seguras e motivadas no
retorno.
Martinelli lembra que a preocupação com
o turnover começa na seleção para uma nova vaga. “Uma das formas de reduzir o
turnover é por meio da contratação. Entrevistar e examinar os candidatos com o
máximo de atenção para certificar-se que tenham as habilidades técnicas
necessárias para a vaga, assim como compartilhem dos mesmos propósitos que a
empresa. Essa combinação é fundamental para aumentar as chances de sucesso em
uma contratação por um longo prazo”.
Um último lembrete é que a empresa não
tem a obrigação de dar conta de todas as demandas de cada colaborador. “Uma
coisa é entender as expectativas, a outra é atender a todas elas. O mais
importante é ter uma ferramenta neutra e potente para ter a visibilidade e
captar dados que passam despercebidos pelo RH e, assim, auxiliá-los a ter uma
visão mais isenta das necessidades da empresa. O que descobrimos com o nosso
sistema de IA gestão de turnover é que são motivos sutis, que sem uma análise
criteriosa acabam ‘escondidos’ pelos mais óbvios” conclui Martinelli.
Sobre a Duomo Aprendizagem Corporativa
https://duomo.com.br
Há mais de 20 anos no mercado de
educação corporativa, a Duomo é especializada em treinamentos corporativos que
geram resultados, com foco em apoiar o RH e a estrutura de gestão de pessoas.
Os profissionais que participam dos treinamentos sentem a diferença na prática,
influenciando diretamente suas jornadas de aprendizagem.
Para deixar as organizações mais
produtivas e os colaboradores realizados, a Duomo desenvolve estratégias
exclusivas para atender as necessidades de cada companhia e fortalecer as
competências humanas, criando treinamento sob medida para cada empresa.
Entre nossos destaques, está o serviço
de gestão de turnover, feito por meio do Atena, um sistema que utiliza a IA,
que é o primeiro a coletar dados de forma amigável e humanizada e que cruza as
informações para localizar padrões que podem ser gerenciados com o objetivo de
aumentar a retenção.
Em dezembro de 2021, a Duomo recebeu a
certificação internacional Great Place to Work (GPTW), comprovando na prática
como fortalecer as competências humanas tem impacto direto no relacionamento
com os colaboradores e em um bom ambiente de trabalho.
Reconhecida nacionalmente pela contribuição à alta performance, os treinamentos já foram realizados em grandes empresas, como Bosch, Burger King, Cassol, CNH Electrolux, Embraco, Fiat powertrain, GRPCOM, Grupo Boticário, HSBC, Renault, Sicredi, Unimed, Votorantim, Volvo e Whirlpool.
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