Últimas

Cota de empreendimento ganha formato voltado à classe média

Antes restrita a milionários, construtoras apostam em nova modalidade para se aproximar de outros públicos

A cota de empreendimento imobiliário é uma modalidade de investimento tradicional no setor, antes comercializada apenas por grandes construtoras. Na prática, ela é uma forma de captação de recursos junto a pessoas físicas para dar início a uma obra, oferecendo em troca um percentual de lucro sobre o capital investido, que varia de 18% e 24% ao ano.

Porém, apesar de ser uma opção de investimento que existe há muito tempo, o modelo não era popular. Afinal, para se tornar um cotista era necessário ter um capital a partir de R$ 1 milhão. Mas este cenário vem mudando com a entrada de novas construtoras.

É o caso da NeoIn, que há 6 anos trabalha com as cotas de empreendimento. No entanto, com o objetivo de ampliar o acesso a esta modalidade, a empresa vem promovendo uma série de mudanças na forma como são oferecidas. A começar por permitir um investimento a partir de R$ 10 mil. “Foi uma forma que encontramos para democratizar a cota de investimento”, explica Jonata Tribioli, diretor comercial e especialista em cotas de empreendimento da marca.

Mas por que as grandes construtoras não faziam isso antes? Segundo Tribioli, oferecer a cota de empreendimento apenas para milionários facilitava a gestão dos recursos. Porém, a NeoIn decidiu abrir esse leque, dividindo a cota em um número maior de pessoas e, consequentemente, diminuindo o valor do aporte.

Para essa estratégia dar certo, a empresa mirou na construção de empreendimentos de médio porte. “O lucro do cotista vem pela venda dos imóveis. Por isso, optamos por empreendimentos populares e de médio porte, que são muito mais fáceis de vender do que um apartamento de R$ 1 milhão”, explica o especialista da NeoIn.

Outra barreira superada foi a questão do recebimento do lucro. Como a cota demanda que o capital fique parado por anos até a conclusão das obras, a venda das unidades e, finalmente, o retorno dos aportes dos clientes, muitos não tinham condição financeira de deixar o patrimônio parado por longos períodos sem receber um centavo.

“Esse problema, contudo, foi contornado. Atualmente, existem construtoras que antecipam o lucro em pagamentos mensais, rentabilizando a carteira desde o início do contrato e dando acesso para investidores que buscam retorno imediato”, afirma Tribioli.

 

Como funciona a cota?

Para iniciar os investimentos e se tornar um cotista, Tribioli conta que a pessoa deve participar de uma rodada de investimentos junto à construtora. Durante o evento, a empresa irá apresentar os projetos em desenvolvimento e as cotas previstas para cada um deles, que podem variar tanto no valor mínimo de aporte quanto no tempo de alocação do capital.

Definido o projeto e o investimento pela cota, o próximo passo é a assinatura do contrato. Segundo o especialista da NeoIn, o acordo é formalizado por meio de um contrato na forma de Sociedade de Conta de Participação, instrumento jurídico que garante a operação através da lei 10.406/2002 do código civil brasileiro.

Nesta modalidade jurídica, a empresa responsável pelo projeto entra como sócia ostensiva, recolhendo os impostos sobre o total do empreendimento, enquanto o investidor aparece apenas como sócio participante/oculto, aportando valores e recebendo dividendos.

Na prática, o cotista não tem qualquer obrigação jurídica sobre o negócio. Ou seja, caso ocorra um problema, o investidor não é responsabilizado na Justiça porque ele não aparece. “Além disso, na hora de apurar os resultados, o sócio oculto não paga nenhum tipo de imposto, pois recebe os lucros na forma de dividendos, que não são tributados no Brasil”, finaliza.

 

Sobre a NeoIn

A NeoIn é uma construtora e incorporadora de São Paulo, fundada por um grupo de profissionais com mais de 20 anos de atuação. Especializada no segmento de sobrados frontais, condomínios fechados e apartamentos, a empresa tem como um de seus modelos de negócio as cotas de empreendimento imobiliário, um investimento cujos ganhos historicamente variam de 16% a 24% ao ano. Desde sua fundação, o grupo de investidores da NeoIn já entregou mais de 450 imóveis e 35 mil metros quadrados de construção.

Nenhum comentário