Mudança de cenário empurra incorporadoras para mercado de locação
Com novas necessidades dos consumidores e ambiente
mais desafiador para a venda de imóveis, há empresas incluindo o aluguel em sua
atuação
A demanda por locação residencial tem
crescido, no mercado paulistano, estimulada pela busca de mais mobilidade e
pelo aumento dos juros do financiamento habitacional. Por muito tempo associado
à ideia de moradia provisória, o aluguel vem ganhando espaço como opção de
parte das pessoas das classes média e alta que preferem facilidade à posse de
uma casa ou um apartamento, ou que consideram mais prudente investir seus
recursos em renda fixa e escolher onde viver conforme o momento da vida em que
se encontram.
Diante da mudança do comportamento de
uma parcela dos consumidores e do cenário macroeconômico mais desafiador para a
venda de imóveis, há incorporadoras ampliando suas atividades para o segmento
de locação. Muitas pessoas passaram a considerar o aluguel como uma forma de
viver mais livre.
No Brasil, o negócio de multifamily –
empreendimentos com várias propriedades para aluguel pertencentes a uma empresa
ou investidor – ainda é incipiente, mas em mercados desenvolvidos, como os
Estados Unidos, o modelo movimenta grandes números e faz parte da realidade há
bastante tempo.
“A maior companhia com atuação no
segmento, nos Estados Unidos, registrou a produção de quase 28 mil unidades no
período de 2018 a 2021. No fim de junho do ano passado, essa mesma empresa
tinha 20.747 unidades em produção. Em São Paulo, estamos presenciando
incorporadoras focadas em construir imóveis com a finalidade de locação. Neste
momento, visualizamos grande movimentação e excelentes oportunidades de
negócios na locação de imóveis”, declara Rogério Santos, um dos fundadores da
proptech UBlink.
Levantamento do Secovi-SP aponta que, na
capital paulista, houve aumento de 1,8% do valor médio de locação residencial
nos 12 meses encerrados em abril. Considerando-se os valores de locação de
quatro capitais – São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre –, o
Índice de Variação de Aluguéis Residenciais (Ivar), calculado pela Fundação Getulio
Vargas (FGV), acumula alta de 8,83%, nos 12 meses até maio. A variação é
inferior aos 11,73% do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – principal
indicador de inflação do país – do mesmo período.
Se pessoas recém-separadas ainda se
destacam entre os principais interessados em morar de aluguel, outros perfis
passaram a ter mais presença a partir da pandemia. É o caso de quem se mudou
com a família para o interior ou litoral do Estado de São Paulo e ainda não
decidiu se vai voltar a viver na capital paulista. O número de reformas de
residências cresceu, também resultando em mais demanda. Há ainda empreendedores
que passam parte da semana em São Paulo.
O lado financeiro também pesa na tomada
de decisão das pessoas. Nem todo mundo vai fazer o investimento na compra de um
imóvel, especialmente pela alta taxa de juros, optando, portanto, pela locação.
A procura por locação também tende a crescer, pois a instabilidade do cenário
resulta em mais demora na tomada da decisão de compra.
Sobre a UBlink
A UBlink é uma startup que recria
a experiência de compra e locação para clientes, proprietários de imóveis e
corretores, por meio de tecnologia IBM, modelo de negócios desenvolvido pela
KPMG, sistema de segurança da Truora e suporte legal do escritório Mattos Filho.
Seu ecossistema torna mais simples, rápido e seguro a negociação de imóveis
para compra e aluguel, inovando em relação ao que proptechs conhecidas e
empresas tradicionais de corretagem oferecem. Atualmente, acumula um Valor
Geral de Vendas (VGV) de R$ 2 bilhões, com mais de 2.000 imóveis em carteira, e
com a expectativa de chegar a mais de R$ 6 bilhões até o fim de 2022.
Saiba mais em: www.ublink.com.br
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