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Comunicação Não-Violenta (CNV): O que é e como usar na prática?



Cada vez mais em alta, principalmente dentro das empresas, a comunicação não-violenta é uma realidade que tem se feito presente em diversas esferas sociais, trazendo um novo tipo de comportamento que preza pela claridade dos sentimentos e ideias. 

Conhecida também pela sigla CNV, esse tipo de habilidade pode ser aprendida por meio de diversas técnicas, ajudando a melhorar o relacionamento entre as pessoas, promovendo um ambiente mais tranquilo, sem pressão e com mais igualdade de direitos.

Ressaltando uma nova forma de se relacionar, a comunicação não-violenta precisa estar presente em todos os tipos de empresas, desde startups até fábricas de porta de alumínio com vidro para lavanderia, pois traz a superação de desafios que aparecem no dia a dia. 

O que é a comunicação não-violenta? 

É muito comum que dentro das empresas os colaboradores acabem enfrentando diversos problemas que estão ligados ao relacionamento com outros colegas ou até mesmo com os seus superiores. Esses problemas estão muitas vezes ligados à comunicação.

Sem ser clara, repleta de ruídos, a transmissão de pensamentos e sentimentos acaba esbarrando em fatores que infelizmente são muito comuns dentro dos empreendimentos, como é o caso do medo e da submissão, sensações negativas para qualquer negócio. 

Vindo com o objetivo de mudar esse cenário e facilitar a comunicabilidade entre os indivíduos, a comunicação não-violenta é um conceito que surgiu durante os anos 60 por meio do psicólogo americano Marshall B. Rosenberg com o intuito de gerar empatia. 

Assim que foi criada, dentro de um cenário repleto de problemas sociais, como o racismo, a comunicação não-violenta foi premiada diversas vezes por ajudar a estabelecer uma relação saudável entre as pessoas, afastando grandes barreiras tão nocivas para todos. 

Atualmente, a CNV se espalha por escolas e organizações de todos os segmentos, como aquelas voltadas para a produção de piso epoxi cozinha industrial, com um objetivo central, propor novas práticas de relacionamento para os indivíduos.

Essas práticas, que não estão ligadas apenas com a linguagem, incentivam uma melhor compreensão sobre o outro, colocando em seu lugar para entender o motivo de estar falando aquilo, por que pensa de uma certa forma e como surgiu sua visão de mundo. 

Por exemplo, um motoboy que faz entrega pode se deparar com um cliente irritado pela demora do seu pedido. Muitas vezes nesses tipos de caso acaba terminando em discussão, pois ambas as partes não conseguem entender os motivos um do outro.  

Entretanto, se esse profissional souber como aplicar a comunicação não-violenta, ele conseguirá, não apenas entender o consumidor, mas também explicar que a demora ocorreu por causa de um acidente de trânsito que interditou todas as vidas. 

Estabelecendo uma conversa, tanto o motoboy quanto o cliente irão conseguir se colocar um no lugar do outro, evitando desgaste emocional e também que a empresa passe a ser vista de forma negativa. 

Em resumo, a comunicação não-violenta nada mais é que uma forma de transmitir pensamentos e sensações de forma empática, melhorando as relações pessoais e o bem-estar interno por meio de quatro importantes componentes. 

Os 4 componentes da comunicação não-violenta 

Para colocar em prática esse conceito de intercomunicação é necessário primeiro entender como ele é formado e quais são os elementos que o fazem tão único e importante para a sociedade. Essas peças dividem-se em quatro:

  • Observação;

  • Sentimentos;

  • Necessidades;

  • Pedidos. 

Esses quatro tópicos são os quesitos necessários para que a CNV seja colocada em prática de maneira assertiva, conquistando o que ela tanto almeja, uma melhor parceria dentro das relações, fugindo de ambientes tóxicos, repletos de medo, inveja e preconceitos. 

  1. Observação 

A comunicação não-violenta trabalha o tempo todo com a realidade, com o que de fato está acontecendo ou ocorreu, fugindo de exageros e, principalmente, de criações de outros tipos de realidade dentro da cabeça, o que muitas vezes acontece com as pessoas. 

Por isso, o primeiro passo para que ela possa de fato existir é observar, ver as coisas como ela realmente são. Para ser mais específico, é descrever uma situação de maneira factual, sem a adição de nenhuma emoção. 

Por exemplo, se uma empresa que desenvolve nobreak engetron senoidal teve um evento em comemoração aos seus cinquenta anos, a pessoa que for descrever a cena deverá falar exatamente o que aconteceu de forma que seja possível comprovar. 

Ou seja, ela poderá falar que o evento iniciou com um vídeo contando a história do empreendimento, seguido de uma fala de boas-vindas do diretor e dos coordenadores, passando por uma sessão de fotos com todos os funcionários e encerrando com drinks. 

Essa situação bem descrita de forma precisa é a mais pura observação que a comunicação não-violenta pede, afinal, foge de elementos negativos, como relembrar ou comentar polêmicas em que a empresa esteve envolvida. 

Apesar de ainda ser possível fazer críticas e apontar os erros quando se usa a comunicação não-violenta para tratar de assuntos importantes. 

Essa mudança de tom melhora qualquer tipo de conversa, pois compartilha com o outro um fato que se também teve acesso, diferente de um sentimento que é algo mais individual. 

  1. Sentimentos  

Qualquer ação que um ser humano realiza ou recebe acaba despertando um sentimento, emoção que muitas vezes pode ser nocivo, principalmente quando não é compartilhado com o outro que o gerou, produzindo situações negativas, como as brigas. 

Na comunicação não-violenta os sentimentos precisam ser colocados para fora, avisando o outro que aquele ato não é agradável e que precisa ser cortado. Só assim é possível estabelecer uma comunicação clara, que foge de ruídos. 

Por exemplo, em uma empresa de totem promocional um colaborador sempre interrompe uma outra funcionária durante as reuniões. 

Para evitar que esse ato volte a acontecer e para que ambos mantenham uma boa relação, os colaboradores precisam conversar entre si sobre as situações de atrito, expressando seus sentimentos em relação a isso, como se sentir triste com constantes interrupções.

  1. Necessidades 

Quando Marshall desenvolveu a comunicação não-violenta ele destacou que as necessidades são o que está por trás de todas as ações e falas dos seres humanos. É uma espécie de motor, que estimula que outros atos sejam colocados em prática. 

Assim, durante uma conversa, é importante que todos os presentes passem a compreender que as ações do outro existem por causa de alguma motivação, que quando é compreendida, é mais fácil chegar a um denominador comum, ou seja, em uma pacificação.

Por exemplo, um profissional que emite alvará de funcionamento pmsp está na rua junto com o colega visitando os estabelecimentos. Durante uma determinada hora o colega fala que deseja ir por outro caminho, enquanto o profissional quer continuar no mesmo trajeto.

Para que ambos não discutam, eles podem conversar para compreender o motivo, ou seja, a necessidade de tomarem aquelas decisões. O profissional pode contar que deseja continuar no mesmo porque já conhece e não irá perder tempo. 

Já o outro pode apontar que o novo caminho é mais rápido porque pega menos trânsito, agilizando as demandas. 

Com essas necessidades esclarecidas, agora eles poderão tomar uma decisão que seja benéfica para cada um, evitando então uma situação de conflito. 

  1. Pedidos 

Por fim, para que a comunicação não-violenta seja estabelecida por completo, é necessário que nenhum pedido fique subentendido, ou seja, que o outro espere que sua necessidade seja atendida por outra pessoa apenas porque ela sentiu. 

Para Marshall, se o indivíduo deseja algo, é importante que ele fale claramente e de forma direta sobre isso, evitando que algo seja esperado da outra pessoa. 

Por exemplo, um funcionário de uma portaria condomínio residencial deseja participar mais ativamente das reuniões, pois sente que assim irá conseguir realizar o seu trabalho de forma mais assertiva. 

Dessa forma, este colaborador tem que realizar esse pedido para o seu superior e de forma objetiva, expondo os seus motivos e necessidades. 

Praticando a comunicação não-violenta

Para colocar a CNV em prática é necessário que a pessoa siga por três passos muito importantes e que são basicamente os princípios desse conceito: autoconexão, empatia e expressão honesta. 

Na autoconexão, o indivíduo deverá fazer uma reflexão de si mesmo, entendendo os seus sentimentos e necessidades, de forma que saiba como se portar diante de uma determinada situação. 

Com esse entendimento, ele deverá seguir para a empatia, que é se colocar no lugar do outro, entendendo a visão de mundo daquela outra pessoa, por que ela está falando aquilo e como ela se sente. 

Por fim, ela deverá ter uma expressão honesta, ou seja, deixar claro tudo que está se passando dentro de si, não esperando que o outro adivinhe seus sentimentos. 

Por exemplo, se uma funcionária acha melhor contratar uma terceirização de serviços guarulhos para executar um projeto, ela deve expor a sua opinião para o seu gerente, deixando de lado a insegurança. 

Considerações finais 

A comunicação não-violenta é um conceito que visa melhorar as relações humanas, trazendo empatia e valorização dos próprios sentimentos para cenários que muitas vezes são repletos de medo. 

Deixando a transmissão de ideias mais claras, a CNV é uma ótima ferramenta para ser executada no dia a dia, seja no trabalho ou em questões pessoais.

Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Guia de Investimento, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.


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