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Ambiente de trabalho feliz aumenta retenção de talentos

 Além de estar atrelado ao cuidado com a saúde física e mental do colaborador, o CEO da Prime Talent, David Braga, afirma que o tema afeta também o engajamento e o resultado da corporação.

Carmine Furlleti

O Dia Mundial do Sorriso é comemorado, anualmente, na primeira sexta-feira de outubro, com o objetivo de reforçar a importância deste que é o mais singelo gesto para transmitir alegria e felicidade, além de tornar o mundo melhor. Neste ano, será celebrado no dia 1º do mês, em um momento no qual o assunto ganha ainda mais relevância no mundo corporativo, especialmente quando se fala em gestão do capital humano. Nas empresas, o objetivo é cuidar da saúde física e mental dos colaboradores, assim como garantir um clima organizacional positivo e acolhedor, proporcionando aumento da produtividade e da retenção dos talentos, por meio da satisfação, do contentamento e do bem-estar.

De acordo com o CEO e headhunter da Prime Talent, David Braga, as companhias mais estratégicas – e, consequentemente, de mais destaque – têm investido continuamente para a criação de um ambiente de trabalho feliz, seja presencialmente, seja no formato home office. Muitas, como o Google e o Facebook, por exemplo, entre tantas outras, já atuam com o suporte do CHO (Chief Happiness Officer), que é o diretor de Departamento de Felicidade, responsável por desenvolver e garantir a disseminação dessa cultura. A presença de coaches de felicidade, atividades de team building ou dinâmicas de grupo com foco na saúde e no prazer também têm sido cada vez mais frequentes. Especialmente após esse longo período de pandemia da Covid-19, que provocou grandes desequilíbrios às pessoas e, em muitos casos, um estilo de vida ainda mais acelerado.

Assim, as companhias precisam estar atentas e proporcionar espaços saudáveis, dar metas factíveis e exercer lideranças conscientes quanto aos níveis de cobrança e de autonomia, minimizando a fadiga dos colaboradores. É preciso tentar, ainda, oferecer o mínimo de qualidade de vida, com equilíbrio, pois, cada vez mais, os profissionais buscam organizações que se conectem com seus propósitos e valores. “Como sempre digo, por mais tecnologia que uma empresa tenha, são as pessoas que entregarão os resultados. Logo, esse principal ativo da organização, os seus talentos, precisam ser não apenas atraídos, como também motivados continuamente”, argumenta Braga.

Os benefícios são diversos, tanto para o funcionário, quanto para a corporação. Segundo Tal Ben-Sharar, conhecido guru da felicidade e que dá as aulas mais concorridas da Universidade Harvard, “equipes com emoções positivas e bem-estar psicológico garantem resultados até seis vezes maiores”. Já para o Instituto Gallup, colaboradores engajados e com alto nível de bem-estar, ao longo de um ano, perdem 70% menos dias trabalhados e são mais propensos a não faltar por problema de saúde. Além disso, são 45% mais predispostos a exibir um alto nível de adaptação a mudanças, algo fundamental e cada vez mais requerido pelas empresas. Um colaborador feliz, que está sempre sorrindo, está menos propenso a deixar o emprego, tende a satisfazer melhor o cliente, é mais confiável e, geralmente, mais criativo, de acordo com o executivo da Prime.

Por outro lado, ele lembra que profissionais infelizes podem ocasionar resultados danosos às organizações e, inclusive, engrossar as estatísticas dos já mais de 33 milhões de brasileiros em burnout, ou seja, que estão em exaustão na carreira. “São pessoas pouco engajadas, desmotivadas ou que não se sentem reconhecidas e valorizadas. Dessa forma, podem contaminar o clima organizacional e apresentam menos produtividade. Ainda há a chance de serem assediadas e contratadas pelo concorrente que lhe ofereça novos desafios e oportunidades de crescimento. Percebo que ainda existe uma visão distorcida no mercado de trabalho sobre isso”, completa David Braga.

Ele argumenta, portanto, que a felicidade no ambiente de trabalho deve ser pauta dos conselhos de administração e estratégia, porque vai além do bem-estar psicológico dos funcionários e da boa relação com o meio ambiente. “Trata-se de um modelo de desenvolvimento do negócio, sustentado pelo equilíbrio entre lucro, ética e valores”, pontua. Já o profissional precisa fazer a sua parte, ter protagonismo para manter os “olhos brilhando” onde atua e o indispensável sorriso nos lábios. É fundamental reunir um profundo autoconhecimento para compreender o que o motiva, o que fere seus valores, o que pode impactar nos planos futuros e, por fim, buscar um propósito. Isso contribuirá para assegurar a sensação de bem-estar no trabalho de forma mais duradoura.

 

Sobre a Prime Talent

A Prime Talent é uma empresa de busca e seleção de executivos de média e alta gestão, que atua nos 24 setores da economia, em todo o Brasil e na América Latina, com escritórios em São Paulo e Belo Horizonte. Referência nas áreas de Recursos Humanos e Gestão, tem à frente os sócios David Braga (CEO) e Bárbara Nogueira (diretora). Braga já avaliou, ao longo de sua carreira, mais de 10 mil executivos, selecionando para clientes Latam. É autor do livro “Contratado ou Demitido – só depende de você” e professor convidado da Fundação Dom Cabral (FDC). Além disso, exerce a função de conselheiro da ACMinas e da ChildFund, instituição eleita, pelo quarto ano consecutivo, uma das 100 melhores ONGs do Brasil, que apoia crianças e adolescentes em extrema vulnerabilidade. Já Bárbara Nogueira é graduada em Psicologia e certificada em Executive Coach, pela International Association of Coaching, e em Micro Expressões e programação Neurolinguística. É também embaixadora da ChildFund.

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