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Revolução Organizacional

Por Rodrigo Catani, head de potencializar vendas da AGR Consultores

Rodrigo Catani, Head de Eficiência Operacional da AGR Consultores

Nunca as organizações foram tão desafiadas como nos tempos atuais. Mudar não é suficiente, adaptar-se e evoluir é pouco. É necessário empreender uma verdadeira revolução organizacional para assegurar um lugar no jogo cada vez mais competitivo dos negócios. Consumidores hiperconectados, antenados e engajados, a velocidade exponencial das comunicações e das informações, o enorme poder de influência das mídias sociais, a concorrência mais acirrada por players não tradicionais, a tecnologia presente em tudo o que acontece em nossa vida, novos modelos de negócios totalmente digitais. Estes e muitos outros fatores impactam a competitividade das empresas, as marcas, as receitas, os custos, seus times e o relacionamento com os consumidores.  

Os questionamentos e dilemas que surgem são inúmeros e variam de acordo com cada mercado, segmento, diferencias competitivos, entre outros. O atual modelo de negócios não funciona mais? Deve-se canibalizar o próprio negócio antes que algum concorrente o faça? Como ter o time mais capacitado e adequado a esse novo cenário? Como fazer a transição com velocidade, sem perder tudo o que já foi conquistado? Como priorizar todas as demandas? Como garantir os resultados exigidos pelos acionistas e pelos mercados de capitais e investir em novas frentes?  

Nesse contexto, é muito comum as empresas buscarem tecnologias inovadoras, novas ferramentas, otimização e automação de processos, na tentativa de se tornarem digitais. Tudo isso é importante, mas não é suficiente se três pilares fundamentais não estiverem bem definidos e alinhados.  

primeiro pilar é o propósito da empresa, sua razão de existir, quais suas crenças, valores e DNA e como eles se conectam em solucionar alguma “dor” do cliente, entregar uma solução que seja realmente percebida e valorizada.  

segundo pilar diz respeito às pessoas, aos colaboradores. Antes de tudo, as pessoas do time têm que compartilhar dos mesmos valores e crenças que a organização. Estes são elementos inquestionáveis e inegociáveis. Quando iniciamos um trabalho com um cliente, nossa primeira preocupação é entender suas crenças, valores e propósitos. Estes precisam permear todos os modelos e decisões. A cultura de negócios, de como fazer as coisas, como executar, como medir o sucesso, serão questionados, mas o propósito e o DNA serão preservados, são os elementos que direcionam a proposta de valor da empresa, o que a torna única no coração e mente dos consumidores. Depois, capacitação das pessoas, modelos de retenção dos talentos, valorização das conquistas, compartilhamento dos fracassos e entender que o erro não só faz parte do negócio, mas é peça fundamental para o aprendizado constante da organização.  

terceiro pilar é o modelo de gestão, que integra processos, pessoas e sistemas. O que observamos em muitas situações é que as empresas e seus executivos querem pilotar uma nave espacial usando uma bússola, ou seja, continuam usando os mesmos modelos de antes para atribuir e gerir metas, fazer reuniões, controlar indicadores, analisar resultados e remunerar as pessoas, como sempre fizeram.  

Revolucionar a organização também implica em revolucionar o modelo de gestão, a maneira de contratar, gerir e engajar as pessoas em torno de um propósito perene e consistente. É mais do que tudo, uma mudança de mentalidade, que começa na liderança e precisa permear toda a empresa. 

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