PESQUISA | "Melhores para o Brasil" aponta tendência de crescimento sustentável para micro e pequenas empresas na Nova Economia
A terceira edição da pesquisa conduzida pela Humanizadas contou com as respostas de 86 mil pessoas e 300 companhias de todos os portes. O mapeamento avalia a qualidade das relações que as empresas desenvolvem e mantêm com os múltiplos públicos interessados no sucesso do negócio. Em um dos recortes exclusivos - que analisa o desempenho de micro e pequenas empresas no país, que são destaques na pesquisa da Humanizadas -, uma das conclusões é que as Micro e Pequenas Empresas (MPEs) apresentam melhor performance do que médias e grandes em indicadores da Nova Economia; por exemplo, em questões ESG (sigla em inglês referente a questões ambientais, sociais e de governança das empresas), as micro e pequenas empresas possuem performance 46% superior às grandes: 38% versus 26%, respectivamente.
No Brasil, a pesquisa é liderada por Pedro Paro,
pesquisador de doutorado do Grupo de Gestão de Mudanças e Inovação da
Universidade de São Paulo (EESC/USP), e CEO e fundador da Humanizadas, uma
empresa de inteligência de dados. O trabalho tem mentoria do professor Raj
Sisodia (Babson College) e orientação do Prof. Dr. Mateus Cecílio Gerolamo
(EESC/USP), e conta com a parceria do Instituto Capitalismo Consciente Brasil
(ICCB).
São
Paulo | No Brasil,
a ascensão da Nova Economia*
tem se fortalecido nos últimos anos e as Micro e Pequenas Empresas (MPEs) têm
se destacado neste cenário promissor. De acordo com a pesquisa Melhores para o Brasil, conduzida
pela Humanizadas, empresa de inteligência de dados, as MPEs brasileiras superam
as grandes empresas em cinco princípios: Propósito, Estratégia de Valor,
Cultura Consciente, Aprendizado & Mudança e Liderança Consciente. Por
trabalharem estes pilares de maneira mais simples, ágil e integrada, as MPEs
possuem resultados superiores em múltiplos capitais (humano, ambiental, social
e cultural), tendo índices mais altos de reputação de marca, performance ESG, satisfação
dos clientes, bem-estar dos colaboradores, confiança, ética, transparência,
capacidade de inovação, diversidade e inclusão. Para que essas empresas
consigam entregar a experiência desejada por clientes e colaboradores, os
líderes têm que investir em valores como ética, confiança, trabalho em equipe e
agilidade. Ou seja, se uma MPE não estiver atendendo a esses pontos, há risco
de perda de clientes e de não reter talentos. Em contrapartida, um investimento
fortemente orientado pelo empreendedor para essas características revela-se um
acesso a grandes oportunidades de diferenciação e crescimento.
Segundo o coordenador da pesquisa –
Pedro Paro, CEO e fundador da Humanizadas, pesquisador de doutorado do Grupo de
Gestão de Mudanças da Universidade de São Paulo (USP) –, a análise dos dados
dos múltiplos stakeholders (clientes,
investidores, lideranças, colaboradores, parceiros, meio ambiente e sociedade
em geral) dessas micro e pequenas empresas aponta que, diante de um cenário de
mudanças e incertezas da economia, ter a compreensão da identidade, do
propósito e dos valores de uma organização pode ajudar os empreendedores a se
diferenciar do mercado, ter melhores lucros e impactar de maneira positiva a
vida de todos os públicos interessados no sucesso do negócio. “Na Pesquisa Melhores para o Brasil,
sobretudo neste recorte específico de micro e pequenas empresas, vemos que
valorizar a qualidade das relações é algo rentável e sustentável para todos os
portes, não apenas para médias e grandes organizações. Um outro ponto relevante
é achar que esse viés demanda altos investimentos por parte do empreendedor.
Esse ‘investimento’ é mais uma questão como a organização se comunica e se
relaciona com os seus diferentes públicos, interno e externo; tem a ver com a
experiência que a empresa proporciona na vida das pessoas; portanto, falar de
Nova Economia é algo mais simples do que as pessoas imaginam. É resgatar a
verdadeira essência dos negócios”, analisa Paro, acrescentando que falar de
propósito, liderança e cultura não é tema apenas de grandes corporações como
Magalu, ClearSale e Reserva.
“Os resultados da pesquisa ajudam a
quebrar o paradigma de acreditar que propósito, diversidade, ESG e Nova Economia são questões
para serem trabalhadas apenas por grandes empresas. Na verdade, o desafio da Nova Economia é maior para
as médias e grandes, quando comparadas às micro e pequenas. Diante desse
cenário, se as MPEs estiverem preparadas para surfar a onda da Nova Economia, elas podem
encontrar uma série de diferenciais competitivos que irão proporcionar
crescimento sustentável do negócio no longo prazo”.
Na percepção de Pedro Paro, é mais fácil
para uma empresa com 10 ou 20 colaboradores manter a essência do propósito,
sobretudo, porque tem os fundadores no cotidiano dos profissionais envolvidos.
“O propósito é aquela energia que engaja, motiva e inspira as pessoas. Em uma
micro e pequena empresa é mais fácil gerenciar, perceber e comunicar o impacto
que o negócio tem na vida das pessoas. Claro que a variável determinante é esse
grupo acreditar em um propósito que realmente seja genuíno, nutrir e exercer a
liderança consciente todos os dias. De qualquer forma, o desafio para manter o
propósito vivo e uma cultura forte em uma empresa gigante como Magazine Luiza
(que é um dos destaques da pesquisa Melhores
para o Brasil), com mais de 30 mil colaboradores no Brasil, por
exemplo, é absurdamente maior”, afirma.
O recorte da pesquisa – focado na
análise de micro e pequenas (MPEs) – comprova a tese que a qualidade das
relações que as empresas desenvolvem e mantêm com os seus múltiplos
interlocutores tem influência direta na performance
financeira, governança, social e ambiental dessas organizações. Com base na
ciência de dados, a startup
Humanizadas criou uma metodologia inédita que identifica o grau de evolução das
companhias no tocante à qualidade das relações que as empresas desenvolvem e
mantêm com seus múltiplos interlocutores.
“Costumo dizer que a Nova Economia é uma jornada
do EGO para o ECO, onde as lideranças e as organizações estão migrando para uma
lógica na qual as necessidades de sobrevivência mais básicas da organização
evoluem ao longo do tempo para um olhar que reconhece, compreende e busca gerar
impacto positivo na vida das pessoas e no próprio planeta, equilibrando lucro e
propósito. Não tenho dúvida de que lideranças mais conscientes podem levar o
Brasil a um outro patamar social, econômico e ambiental’, afirma o professor.
DESTAQUES DO RECORTE | MELHORES MICRO E PEQUENAS PARA O BRASIL
_ A edição 2022 da pesquisa Melhores para o Brasil traz
a percepção de mais de 86 mil stakeholders
(lideranças, colaboradores, clientes, parceiros e sociedade em geral); compara
os resultados das Melhores
para o Brasil versus a média do mercado brasileiro; apresenta grau
de confiança de 95% e margem de erro de 5%.
_ Em uma lista de 63 diferentes
características, os 10 valores que melhor representam o perfil dos respondentes
e os que mais são valorizados em suas relações pessoais e profissionais: ética,
confiança, aprendizado contínuo, trabalho em equipe, agilidade, humildade,
transparência, lealdade, criatividade e crescimento profissional.
_No perfil das Melhores para o Brasil,
39,9% das empresas são micro (até 19 colaboradores); 32,8% são pequenas (até 99
colaboradores); 26,5% são médias (até 999 colaboradores); e 9,8% são de grande
porte (mais de 1.000 colaboradores). A maior parte das empresas selecionadas
são da região Sudeste (79,4%) e Sul (11,3%); Centro-Oeste e Nordeste têm, cada,
3,9% de empresas participantes; e Norte apenas 1,5%. O Estado de São Paulo tem
a maioria das selecionadas (57,84%), seguido de Minas Gerais (10,78%), Rio de
Janeiro (6,86%) e Espírito Santo (3,92%).
_ Neste recorte exclusivo, a pesquisa apresenta
uma análise comparativa da performance
de organizações de micro, pequeno, médio e grande porte, em diferentes
indicadores avaliados. Essa análise revela que a tendência é que as micro e
pequenas possuam resultados superiores em indicadores da Nova Economia.
_ Dentro desse grupo de empresas
avaliadas, quando fazemos o recorte para analisar a performance das Melhores Micro e Pequenas Empresas para o Brasil
versus a média do
mercado brasileiro, identificamos que elas possuem resultados ainda mais
superiores em itens como confiança nas relações; reputação da marca; reputação
com a sociedade; performance
ESG; experiência dos clientes; bem-estar dos colaboradores; perspectivas de
futuro; aprendizado contínuo; segurança psicológica; inclusão e diversidade;
inovação e melhoria contínua; liberdade de expressão; autonomia dos
colaboradores; legado para a sociedade e o planeta; integridade e coerência da
liderança; desenvolvimento humano; satisfação dos colaboradores; e satisfação
dos clientes.
_Trabalhar os conceitos da Nova Economia pode ser um grande diferencial e
uma oportunidade de crescimento para as micro e pequenas empresas; de acordo
com a pesquisa, as Melhores MPEs, que já estão liderando a ascensão de uma Nova Economia no país e
assumindo o compromisso de serem as melhores organizações para todos os stakeholders, possuem performance superior em
vários índices: elas possuem confiança nas relações 127% superior à média do
mercado brasileiro; possuem performance
em práticas ESG 85% superior; possuem capacidade de inovação 107% superior;
avaliação de experiência dos clientes 61% superior; bem-estar 126% superior
tanto das lideranças quanto dos colaboradores; 52% melhor perspectiva de futuro
do negócio; 52% ambientes de maior inclusão e diversidade.
SUGESTÕES DE CASES PARA ENTREVISTA
_MICRO: Dobra (Rating
AA), 4 Hábitos para Mudar o Mundo (Rating AA); Abissal (Rating AA), Ana Health (Rating A), Appana (Rating AAA), Blend Edu (Rating AA) e Compliance PME
(Rating AA).
_PEQUENA: Simbiose Social (Rating A), FAST Construtora
(Rating BBB), Fluke
(Rating B),
MasterSense (Rating BBB),
Politize! (Rating A).
*ANÁLISE | FATORES DE MUDANÇA PARA
UMA NOVA
ECONOMIA
A partir da percepção de mais de 86 mil stakeholders no Brasil, os
pesquisadores da Humanizadas analisaram diferentes cases de organizações e empresas para
identificar padrões, sinais e evidências de uma nova forma de atuar na
economia. “Basicamente, podemos sintetizar os desafios de adaptação externa e
integração interna das organizações relacionados a cinco fatores. Toda
organização, independentemente do seu porte ou segmento, está sendo pressionada
neste momento por pelo menos um destes fatores. Ter consciência dessa pressão
por mudanças pode ajudar as organizações a reduzir riscos de negócio – que
podem significar a perda de talentos, perda de clientes, queda de crescimento
ou até mesmo falência – ou relevar uma série de oportunidades de crescimento e
inovação como melhor reputação da marca, experiência dos clientes, experiência
dos colaboradores, inovação de produtos, serviços, modelo de negócio, maior
crescimento e rentabilidade no médio e longo prazo”, afirma Pedro Paro.
Fatores |
Novo contexto |
Práticas emergentes |
Cases |
1# Novos hábitos de trabalho |
Até 2030 os millennials |
Alinhamento de propósito e valores, Employee
Branding |
O Grupo Raccoon e o portal Elo 7, fundados e formados pelas novas
gerações, vêm crescendo constantemente pautados em cultura ágil, flexível e
diversa. |
2# Novos hábitos de
consumo |
Com a pandemia, há o aumento do consumo de serviços digitais, produtos
locais e com relações |
Aumento do consumo de produtos saudáveis, vendas via plataformas e redes
sociais, com processos cada vez mais ágeis e digitais. |
Magalu se transforma em um marketplace
durante a pandemia, e a Natura fortalece a presença digital de sua rede de
consultoras. |
3# Novas
tecnologias e novos modelos de gestão |
A relevância das novas gerações no mercado e a pandemia forçam o processo
de digitalização e maior flexibilidade nas organizações. |
O mercado começa a adotar novas tecnologias, sistemas, modelos de gestão
ágil e autogestão para destravar o potencial humano. |
A ClearSale é referência em acolhimento, autonomia e humanização, e em
digital, Big Data e Inteligência Artificial. |
4 # Novas demandas Socioambientais |
O brasileiro confia apenas nas empresas, e espera que os executivos se
posicionem com relação aos problemas sociais. |
Marca, Modelos de Negócio e Gestão serão cada vez mais orientados a
solucionar problemas socioambientais. |
Zenklub vem crescendo e se consolidando como uma grande referência em
saúde emocional, como uma resposta a problemas da sociedade como estresse, burnout e depressão. |
5 # Novos hábitos
de investimento |
Investimentos passam |
Há o crescimento das metodologias de avaliação |
Gestora brasileira, |
PESQUISA MELHORES PARA O BRASIL | Com a genuína intenção de promover um
círculo virtuoso de construção de confiança nas relações com todos esses stakeholders, a pesquisa
Humanizadas – conduzida desde 2018 – evoluiu para Melhores para o Brasil. “As empresas trouxeram
o feedback de que
o principal diferencial da pesquisa é justamente o olhar sistêmico para todos
os stakeholders.
Com o tema Humanização, já era possível trabalhar questões como cultura,
desenvolvimento humano e bem-estar do público interno. Agora, com a Pesquisa Melhores para o Brasil,
queremos dar um próximo passo e integrar diversas áreas – RH, Cultura,
Diversidade, ESG, Sustentabilidade, Marca e Estratégia – de diferentes
organizações – empresas, startups,
ONGs e órgãos públicos – em prol de uma Nova
Economia e um propósito em comum”, afirma Pedro Paro.
A pesquisa se propõe a avaliar,
cientificamente, e reconhecer não somente as melhores organizações do país, mas
as melhores empresas PARA o Brasil. Como resultado da pesquisa, não faltam à
edição 2021/2022 exemplos de organizações que estão comprometidas com uma Nova Economia; elas têm por
característica o fato de estarem abertas a ouvir o feedback, solucionar problemas reais e gerar
valor superior para todas as partes interessadas no sucesso do negócio. Elas
buscam transformar os problemas sociais, ambientais e culturais em grandes
oportunidades de negócio. A pesquisa é realizada de maneira independente e
apartidária, porém, com um viés ativista em prol de melhores instituições – não
político. O grande diferencial está na metodologia e na imparcialidade de um
avaliador independente que coleta, sintetiza e analisa a percepção dos stakeholders de cada
instituição.
Em 2021, a pesquisa contou com a
participação de 300 instituições brasileiras, que se submeteram à avaliação
multi-stakeholders (condição para participar da pesquisa). Essas instituições
foram avaliadas de acordo com os critérios da metodologia da Humanizadas, a
partir da perspectiva de mais de 86 mil pessoas no Brasil – qualquer pessoa
pode trazer a sua contribuição. No país, a pesquisa é liderada por Pedro Paro,
pesquisador de doutorado da EESC/USP e fundador da Humanizadas, e na edição
2021 contou com o apoio do Instituto Capitalismo Consciente Brasil (ICCB) e do
Sistema B Brasil.
METODOLOGIA INÉDITA | A avaliação multi-stakeholders utiliza o
instrumento Conscious Business
Assessment (CBA®), que mede o estágio de maturidade e a qualidade
das relações que a organização nutre com seus diferentes públicos. O diferencial
da avaliação é justamente o fato de considerar a perspectiva de todos os stakeholders (as partes
interessadas no sucesso do negócio) e não trabalhar com dados
autodeclaratórios. Boa parte das organizações está acostumada com avaliações de
Clima e/ou Cultura Organizacional nas quais está envolvido apenas o público
interno; nesta pesquisa, diferentemente, são envolvidos de maneira integrada
todos os stakeholders de
uma organização. Além disso, boa parte dos instrumentos e das avaliações de
Sustentabilidade e ESG (Environmental, Social and Governance) trabalha com
dados autodeclaratórios (a própria organização responde sua autoavaliação) ou
então com taxas amostrais de baixa significância estatística (realização de
algumas entrevistas, workshop,
grupos focais ou aplicação de questionários sem validação científica e
profundidade estatística).
Podem ser avaliadas organizações de
diferentes portes (micro, pequeno, médio e grande), tipos (empresas, startups, ONGs e órgãos
públicos) e segmentos (indústria, serviços, agronegócio, tecnologia e outros).
Para participar da pesquisa, basta a organização solicitar uma avaliação para a
Humanizadas. O processo ocorre de maneira totalmente eletrônica. Em um período
de 15 a 20 dias são consultadas taxas amostrais de respostas referentes aos
diferentes públicos da organização (lideranças, colaboradores, clientes,
parceiros e sociedade em geral), buscando-se atingir 5% de margem de erro e 95%
de grau de confiança nas análises. A avaliação considera a percepção que esses
públicos possuem sobre a organização, analisando não apenas indicadores
quantitativos, mas também a experiência e as histórias que são construídas.
Além da percepção dos stakeholders,
a pesquisa considera também as práticas e as ações geradas pelas organizações
nos últimos dez anos, com a intenção de identificar impactos positivos ou
negativos gerados nessas relações.
A metodologia dos Ratings de Consciência faz
parte de um projeto de doutorado na Universidade de São Paulo. Um dos pilares
da pesquisa é a análise dos Princípios
de Gestão conectados com a metodologia do professor Raj Sisodia,
fundador do Capitalismo
Consciente. Nos critérios de avaliação são considerados os
algoritmos desenvolvidos pela Humanizadas que avaliam quatro dimensões
principais.
__Reputação da marca: por meio de notas de zero a dez, os
respondentes avaliam a reputação da organização a partir das experiências
geradas, a satisfação com o trabalho ou os serviços prestados e a perspectiva
de futuro.
__Princípios de gestão: por meio de questões de múltipla
escolha, os respondentes identificam o grau de maturidade dos princípios de
gestão. São analisados cinco princípios fundamentais – propósito, estratégia de
valor, cultura, liderança e capacidade de aprendizado e mudança. No
detalhamento dos princípios, temos o Propósito
(expressa o significado e a intenção genuína que as pessoas
atribuem ao próprio papel, às relações e à visão de futuro do negócio); Estratégia de Valor
(representa como a organização busca colocar seu propósito em prática, gerando
valor para seus múltiplos stakeholders);
Cultura
(reflete o modelo mental, os comportamentos e o design organizacional
utilizados para transformar a estratégia em resultados); Aprendizado & Mudança
(representa a capacidade da organização de aprender, inovar e desenvolver novas
iniciativas de mudança); e Liderança
(expressa o comportamento e a atitude diária das lideranças
para formar a cultura desejada que irá gerar valor compartilhado para os stakeholders).
__Cultura organizacional: por meio de uma avaliação de valores, os
respondentes identificam os valores mais presentes nas relações com a
organização; essa avaliação ajuda a identificar uma série de indicadores
culturais, como o arquétipo da cultura organizacional, o grau de bem-estar
cultural, a maturidade e o alinhamento cultural.
__Narrativas e histórias: por meio de questões abertas e análise
de conteúdo dos últimos dez anos de notícias sobre a organização são analisadas
as histórias, práticas e experiências promovidas pela organização, com a intenção
de identificar impactos
positivos (geração de emprego e renda, melhoria de condições
sociais, ambientais, culturais e outras) e impactos
negativos (crimes ambientais, corrupção, práticas abusivas,
trabalho análogo à escravidão e diversos outros crimes cometidos).
RATING | O resultado da avaliação final é
entregue por meio do Rating
Humanizadas, calculado a partir de algoritmos que sintetizam a
percepção de múltiplos stakeholders;
eles expressam a qualidade das relações que a organização nutre com seus
diferentes públicos. A evolução do Rating,
portanto, expressa o desenvolvimento humano e organizacional em múltiplos
aspectos, refletindo sobre conceitos como transparência, ética, diversidade,
inovação e sustentabilidade. Os resultados da pesquisa indicam que a elevação
dos Ratings tem
correlação com uma série de indicadores organizacionais. Significa obter melhor Performance ESG
(Environmental, Social and Governance), satisfação dos clientes, bem-estar,
confiança, diversidade, transparência e ética. Consequentemente, significa
também obter melhores resultados financeiros no médio e longo prazo.
A classificação conta com 11 níveis
evolutivos de Rating (AAA,
AA, A, BBB, BB, B, CCC, CC, C, D e E), sendo o primeiro nível (“AAA”) mais
desenvolvido e o último nível (“E”) menos desenvolvido. A metodologia é
inspirada em renomadas agências de crédito, como Standard and Poor 's, Moody’s
e Fitch – e, em vez de analisar o risco de crédito de um país ou uma
organização, o Rating Humanizadas analisa o potencial de geração de valor para
todos os stakeholders
de maneira sustentável e consistente. De maneira análoga, os Ratings Humanizadas analisam
o potencial de um país ou uma organização em gerar valor de maneira consistente
para todos os stakeholders.
O somatório das percepções dos stakeholders
permite, também, avaliar como o macroambiente de negócios é
favorável e coerente para o florescimento de negócios de impacto.
Os Ratings
servem como um índice de qualidade das práticas de uma instituição
e podem ser utilizados por diferentes atores: investidores (no suporte na
tomada de decisão antes de realizar um investimento, tomando-o como
direcionador de oportunidades e mensuração das melhorias de gestão realizadas);
fundos de investimento (essas informações podem ser utilizadas para compor
carteiras de investimento); colaboradores (os dados trazem transparência e
credibilidade da qualidade da gestão, podendo ser aplicados na avaliação da
empresa no processo seletivo); governança e gestão (identificam oportunidades
de melhoria no modelo do negócio e gestão, demonstram resultados intangíveis e
permitem aumentar o valor do negócio e da marca); parceiros de negócios
(fornecedores e demais parceiros podem utilizar para identificar e monitorar o
nível de qualidade das organizações com as quais se relacionam); clientes e
consumidores (trazem credibilidade e transparência da qualidade do modelo do
negócio e da gestão, auxiliando na tomada de decisão); e sociedade, governo e
outras instituições (trazem transparência e credibilidade acerca da gestão,
além de elevar a percepção de valor da sociedade).
HUMANIZADAS | A Humanizadas é uma empresa de
inteligência de dados que movem a Nova
Economia. Spin-off
do Grupo de Gestão de Mudanças e Inovação da Universidade de São Paulo
(EESC/USP), a empresa foi fundada em 2020 por Pedro Paro, pesquisador de
doutorado da EESC/USP, especialista em Gestão de Stakeholders, Estratégia e
Cultura. A Humanizadas desenvolve algoritmos avançados e tecnologias para que
as decisões de gestão, trabalho, compra e investimento sejam mais conscientes e
orientadas aos stakeholders:
lideranças, colaboradores, clientes, parceiros, investidores e sociedade.
O trabalho tem relação com os estudos
conduzidos nos Estados Unidos por Raj Sisodia, professor da Babson College –
responsável pela pesquisa que deu origem ao movimento global Capitalismo Consciente. No
país, inspirou a pesquisa de doutorado do Pedro Paro na Universidade de São
Paulo (EESC/USP), originalmente conhecida como Pesquisa Empresas Humanizadas, e
que atualmente evoluiu para Pesquisa
Melhores para o Brasil. O estudo é conduzido em parceria com o
grupo de Gestão de Mudanças e Inovação da Universidade de São Paulo (EESC/USP),
sob orientação do Prof. Dr. Mateus Cecílio Gerolamo. Hoje, o principal
produto da Humanizadas é o Conscious
Business Assessment (CBA®), que mede a qualidade das relações das
organizações sob a perspectiva de diferentes públicos. O modelo da Humanizadas
possui cinco frentes de atuação: (1) Pesquisa Melhores para o Brasil; (2)
Certificação organizacional; (3) Relatórios de dados; (4) Mentoria de Plano de
Ação; (5) Treinamento & Desenvolvimento.
Com profissionais que atuam com um modelo de autogestão ágil, a startup monitora mais de 10 mil organizações em países como Brasil, Estados Unidos, México e Espanha; em 2021, o time avaliou 300 organizações em operação no país, ouvindo 86 mil stakeholders. Os livros Empresas Humanizadas (Raj Sisodia, David Wolfe e Jag Sheth) e Empreendedorismo Consciente (Rodrigo Caetano e Pedro Paro) trazem a história do Capitalismo Consciente, da pesquisa e da startup. https://humanizadas.com/
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