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Quatro motivos para investir na estratégia de live commerce

Quatro motivos para investir na estratégia de live commerce

Raphael Mello*

A pandemia transformou diversos aspectos da rotina de consumo da sociedade. Um desses modelos emergentes - e que já virou aposta estratégica no mercado - é o live commerce, que consiste em vendas feitas por transmissões ao vivo na internet, com a participação de formadores de opinião ou empreendedores do ramo que mostram os produtos e interagem com o público. 

O conceito surgiu na China, ainda em 2019, e tem ganhado destaque ao longo dos últimos anos. A modalidade é uma aposta benéfica para o cenário brasileiro, já que, de acordo com uma pesquisa do Google Trends, o interesse pelo tema teve crescimento de quase 37% nos últimos 3 anos. 

A modalidade faz parte do que é chamado de CX omnichannel, ou seja, uma experiência ao cliente ainda mais personalizada e que tem mais chances de sucesso. Isso fica comprovado em uma pesquisa feita pelo Gartner, que apontou que 95% dos CEOs de varejo planejam aumentar investimentos em recursos digitais. E, para isso, é preciso contar com um diferencial. 

O diferencial do live commerce é que, além de apresentar a mercadoria em uma transmissão em tempo real, oferece possibilidade de concluir a venda de maneira mais humanizada. Outra vantagem tanto para o consumidor quanto para o lojista é com relação à forma de pagamento, que fica diretamente integrada à live.

Abaixo, apresento quatro razões pelas quais o live commerce deve se tornar tendência no Brasil ainda neste ano:

1. Interação com público-alvo

O crescimento do uso das redes sociais foi alavancado pela pandemia, que fez com que o ambiente digital fosse fundamental para as interações. No setor varejista, isso não é diferente. A possibilidade de conversar, responder dúvidas, apresentar produtos e ampliar o alcance dos negócios é uma das vantagens do live commerce. Por meio da interação, os clientes podem indicar o perfil para outros amigos e seguidores, expandindo a atuação do comércio e permitindo que o engajamento orgânico também amplie a presença da marca.

2. Conversões em tempo real

Por meio da integração com as APIs necessárias, o consumidor pode conhecer o produto que tem interesse em comprar, tirar dúvidas sobre o assunto e concluir a compra enquanto acompanha o anúncio de outras mercadorias, por exemplo. A vantagem é um ganha-ganha para consumidores e lojistas, pois permite que todo o processo de compra, desde a busca pelo item até a conversão, ocorra de forma integralmente virtual e em tempo real. 

3. Segurança para consumidor e varejista

Um dos grandes problemas relatados durante o crescimento das redes sociais foi com relação a golpes e ciberataques. No entanto, o uso do live commerce é uma opção que garante a segurança do consumidor, que consegue “conhecer” o anunciante do produto na transmissão e também tem o respaldo do processo de compra por meios comprovadamente seguros. 

Além disso, o varejista tem maior tranquilidade ao acompanhar e poder interagir diretamente com o consumidor via perfil que utiliza nas redes sociais, o que também leva segurança ao longo das etapas do processo de compra.

4. Reconhecimento de marca

Outra importante vantagem da modalidade é a ampliação do reconhecimento de marca, já que a estratégia ainda é pouco explorada no cenário brasileiro. Isso faz com que o investimento nesse processo seja inovador, com grandes possibilidades de destaque no mercado, levando ao crescimento do negócio e posicionamento da marca como referência no modelo. 

Às vezes, a transmissão ao vivo é uma técnica de vendas que se funde com o marketing de influenciadores. Ele permite que os influenciadores mostrem como usam os produtos em situações da vida real. As marcas também podem aproveitar a transmissão ao vivo para demonstrar todas as maneiras pelas quais seus produtos podem ser usados.

 

Raphael Mello é CEO da LTM, empresa integrante da holding Vertem.

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