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A terceira vez é a da sorte

Por Ales Koutny, gerente de porftólio e corresponsável da estratégia para mercados emergentes na Janus Henderson Investors

Ales Koutny
Divulgação

Após duas concorrências fracassadas para a presidência, Gustavo Petro foi eleito presidente da Colômbia. É a primeira vez que a Colômbia elege um governo esquerdista em toda a sua história. Petro vai se unir à inclinação latino-americana em favor da esquerda, como aconteceu no México, Peru e Chile.

O ex-guerrilheiro do M-19 tem sido uma figura polarizadora por muito tempo na política do país, com muitas propostas de medidas extravagantes. Mas com uma base muito fraca no congresso, as barreiras para converter essas propostas em itens viáveis serão elevadas. Da proibição de novos projetos petrolíferos à saúde e educação gratuitas, a criação de uma base forte no governo será vital para fazer passar a legislação.

Ao mesmo tempo, ele precisará lidar com a alta inflação e o desemprego. No geral, haverá muitos desafios pela frente para a Petro, equilibrar todas as prioridades da Colômbia será fundamental, mas manter os mercados do seu lado também será importante, pois qualquer dúvida sobre a posição fiscal do país colocará uma pressão indevida na moeda, agravando muitos dos males da economia atual.

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