Trabalho híbrido: transparência nas empresas é fundamental para diminuir ataques cibernéticos
Gestores devem trocar o “proibido executar” por “novas políticas e cultura de segurança”. Para Alexandre Banzatto, vice-presidente de Operações da Asper, treinamento permite que funcionários desenvolvam consciência cibernética.
Passados os momentos mais críticos da pandemia de covid-19, uma fatia
considerável de companhias passou a adotar o trabalho híbrido em suas escalas.
Em janeiro deste ano, o índice de confiança da consultoria Robert Half apontou
que praticamente metade das companhias entrevistadas no Brasil, 48%, davam
preferência pela estrutura que alterna home-office com o trabalho presencial no
escritório.
No entanto, junto da flexibilidade que essa alternância oferece, surgiram novos
riscos ligados ao acesso dos dispositivos fora do ambiente corporativo.
Notebooks, tablets e smartphones que passam a operar constantemente longe das
redes e proteções das companhias. Além do uso pessoal mais indiscriminado por
parte dos funcionários.
“As organizações devem adotar novas políticas e cultura de segurança entre
seus funcionários”, aponta Alexandre Banzatto, vice-presidente de Operações da
Asper. “É importante que as equipes desenvolvam consciência cibernética. Os
gestores devem pensar em ciclos de aprendizagem”.
Para o executivo, a ideia é, mais do que trabalhar a proibição de certas
práticas nos dispositivos corporativos, deve-se tornar claro o que é aceitável
ou não. “Com ligações ou chats on-line semanais e comunicados por e-mail, é
possível divulgar práticas recomendadas, além de responder dúvidas frequentes.
Dessa maneira, eles ficarão mais tranquilos em falar com os especialistas;
assim, se acontecer alguma coisa, as equipes de segurança poderão responder
mais rapidamente ao incidente”.
Matéria do Wall Street
Journal publicada em junho de 2021 já apontava o que os gestores
poderiam observar pela frente. A porcentagem de tomadores de decisão de TI no
mundo todo que acreditavam que funcionários haviam aumentado a chance de falhas
de segurança era causada 85% pelo fato de que os funcionários estariam deixando
outras pessoas usarem seus dispositivos. Já 88% acreditavam que o risco era
causado por funcionários que estariam baixando softwares (relacionados ao
trabalho) não aprovados pela equipe de TI. E 88% apontavam o risco proveniente
do fato de que os profissionais estariam usando seus dispositivos pessoais para
executar suas tarefas de trabalho. A pesquisa foi feita pela HP Wolf
Security.
“Esses números deixam claro que, além das medidas de segurança mais rígidas,
como firewalls ou bloqueio de aplicativos, a cultura de transparência é
necessária para que haja um diálogo honesto entre funcionários e o departamento
de TI. Muitas vezes as pessoas cometem erros e ficam com tanto medo de perder o
emprego que podem não relatar formalmente um incidente de violação de dados”.
Isso é prejudicial para todos os níveis da companhia. As organizações precisam
criar uma cultura de confiança entre colaboradores e a equipe de TI. A
comunicação aberta é fundamental”, finaliza Banzatto.
Seis políticas de
segurança que devem ser habilitadas pelas organizações
- Atualização das máquinas: A falta de atualização
contínua aumenta as chances de hackers encontrarem vulnerabilidade
no sistema. Por isso é importante que o departamento de TI, acesse as
máquinas dos funcionários para aplicar patches ou ajudá-los a fazer isso
pelo telefone ou remotamente. Instalar uma solução automatizada de
correção é fundamental.
- Adoção de abordagem de confiança zero: Os
aplicativos devem ser avaliados pela equipe de TI antes de serem adotados
pelos funcionários.
- Terminais de acesso: PCs, notebooks e smartphones,
devem possuir ferramentas de validação de identidade do usuário e da
confiança do dispositivo para garantir o acesso seguro.
- Mantenha a primeira linha de defesa com segurança de
e-mail e proteção de DNS.
- Mantenha a última linha de defesa em cada endpoint.
- Investir em Blue Team e Red Team para investigação e a
resposta a ameaças contínuas.
Sobre a Asper
A Asper é uma integradora de tecnologia com ampla atuação em segurança
cibernética, monitoramento, observabilidade e transformação digital.
Desenvolvemos serviços em linhas de consultorias, Managed Security Services
(MSS), Integração de Softwares de Segurança e Digital Identity (soluções de
proteção de identidade do usuário), para ajudar as organizações a proteger seus
ativos mais valiosos, independentemente do ambiente de risco atual. Saiba mais
sobre Asper em (www.asperti.com.br).
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