Um chefe não gera mobilização, um líder inspira ação
*Por
Pedro Signorelli
Um chefe não é necessariamente um líder.
Essa afirmação já está na “boca do povo”. Talvez a principal diferença entre o
chefe e o líder esteja justamente na relação com o poder. Enquanto o chefe
valoriza um poder autocrático com os funcionários, o líder exerce o poder sem a
"crachazada" com qualquer pessoa, comportamento ideal em todos os
níveis de gestão.
Aí lembramos daquela famosa frase:
“Manda quem pode, obedece quem tem juízo” que está cada vez mais ultrapassada
(porque ainda lembramos dela?), afinal, não é isso que as pessoas querem. Um
chefe que não é líder vai sentir a necessidade de mandar e pressionar os
colaboradores, muitas vezes sendo obedecido por medo. O líder consegue inverter
o sistema padrão de cobranças, passando a acompanhar todos os processos junto
com o time.
Por essa razão, o líder é acatado com
respeito e mantém a equipe cooperando com ele. O gestor que tem a capacidade de
desenvolver uma boa liderança na empresa vai conseguir ser ouvido com
frequência, porque sempre está à disposição para ouvir os outros também. Os
colaboradores precisam perceber que possuem voz em seu local de trabalho,
pertencendo a um lugar seguro para sugerir ideias, esclarecer dúvidas ou até
mesmo ter a oportunidade de tecer uma crítica construtiva, para dizer o mínimo.
Adotar essa postura incentiva a equipe a
seguir os direcionamentos fornecidos, pois estão de acordo com o que é falado,
e inclusive, participaram da construção. Desta forma, um bom líder não apenas
conduz pessoas, mas as inspira. E essa inspiração pode ser capaz de gerar
ótimas ações por parte de cada integrante do time, pois todos se sentem
motivados para construir e evoluir na empresa, afinal, possuem liberdade para
tal.
Visto isso, o gestor deve sempre zelar
pelo bem-estar de sua equipe, tentando trazer o melhor de cada um. Valorizar as
habilidades dos colaboradores e trabalhar junto com eles é o caminho certo para
conseguir alcançar resultados. Essa, inclusive, é uma das premissas da gestão
por OKR - Objectives and Keys Results - Objetivos e Resultados Chaves -, que
prevê o envolvimento de todo o time em seus processos.
A estratégia da empresa, sempre virá do
C-Level, mas a participação dos colaboradores na construção do 'como' esta
estratégia será atingida é primordial para gerar mais e melhores resultados e é
fundamento dos OKRs. Os OKRs se diferenciam pela exigência de planejamento de
curto prazo e, com isso, trazem a possibilidade de fazer ajustes frequentes no
plano estratégico.
*Pedro Signorelli tem 20 anos de experiência no mercado corporativo, tornou-se especialista na implementação do método OKR. Em 2019, criou e fundou a Pragmática Consultoria em Gestão, com o objetivo de ajudar outras organizações em suas jornadas de transformação e gestão. Até o momento, desenvolveu mais de 60 projetos para empresas do Brasil e do exterior. Mais informações acesse o site.
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