4 práticas para prevenir o burnout na equipe
Autora best- seller e especialista em liderança
Tonia Casarin lista atitudes do gestor que contribuem para evitar a
incidência da síndrome de Burnout, que afeta cerca de 40 milhões de pessoas no
mundo todo
Crédito: Canva
São Paulo, outubro de
2022- Com
a rotina atribulada dos dias de hoje, e o excesso de afazeres - seja na rotina
profissional ou na pessoal- problemas como a Síndrome de Burnout preocupam
devido ao aumento de casos. De acordo com a pesquisa da Gattaz Health &
Result, 18% dos profissionais brasileiros sofrem com o transtorno, e em âmbito
mundial, um total de 39,6 milhões de indivíduos já foram diagnosticados segundo
dados da 72ª Assembléia Mundial de Saúde, de 2019.
Tais números servem de
alerta para gestores de empresas, e as corporações e lideranças buscam, cada
vez mais, adotar medidas para garantir um ambiente profissional saudável, e
proteger a saúde mental dos colaboradores. Para Tonia Casarin, autora
best-seller e especialista em liderança, o burnout pode ser resultado da gestão
inadequada de equipes. “A sobrecarga de trabalho e a percepção de falta de
controle podem agravar os sintomas dessa síndrome, gerando problemas de
saúde física e mental e refletindo em baixo desempenho na equipe toda",
avalia ela.
De acordo com o
Ministério da Saúde, entre os principais sintomas da doença, estão: cansaço
excessivo, físico e mental, dor de cabeça frequente, alterações no apetite,
insônia, dificuldades de concentração, sentimentos de fracasso e insegurança,
negatividade constante, sentimentos de derrota e desesperança, sentimentos de
incompetência, alterações repentinas de humor, isolamento, fadiga. pressão
alta, dores musculares, problemas gastrointestinais, e alteração nos batimentos
cardíacos.
A pandemia da Covid-19
fez com que as pessoas refletissem mais sobre sobrecarga, esgotamento mental e
a importância de integrar o trabalho em suas vidas . “Com a pandemia, as
pessoas viram o risco da morte e passaram a rever suas prioridades, inclusive
suas escolhas profissionais. ”, comenta a especialista. E acrescenta: “Burnout
não é somente se sentir cansado e com muitas tarefas. É um problema
multifacetado que requer uma solução multifacetada. Antes de tudo é preciso
entender o que está contribuindo para o esgotamento das pessoas na sua
empresa.”
Pensado nisso, Tonia
lista 4 práticas para evitar o transtorno na equipe:
Alinhe
valores
Ao alinhar valores da
empresa e o propósito da função com o trabalho de cada um, o time se sente
pertencendo e alinhado em relação a motivação de todos. “Pesquisas já mostraram
que os valores das pessoas conectados com os da organização pode ser um dos
fatores que contribui parando burnout e muitas lideranças não estão atentas a
isso.” Ensina Tonia.
Crie um ambiente
seguro
A autora aconselha ter
um ambiente de trabalho em que as pessoas se sintam seguras e confortáveis e
assumir riscos nas suas relações interpessoais. Assim, os colaboradores
compartilham ideias, sentem-se incluídos e contribuem mais para a equipe.
“O local de trabalho
deve ser um lugar onde as pessoas se sintam seguras e cuidem uns dos outros. A
liderança deve procurar ser inclusiva e ouvir todos para garantir a
participação de todos na solução de problemas do time. Perguntar como está a
carga de trabalho e como pode ajudar a priorizar pode ajudar para
prevenir-nos-emos burnout, de forma a dar clareza ao time do que é mais
importante.” Diz a especialista.
Comunidades de suporte
Promova troca e conexão
entre as pessoas da empresa, com conversas informais que aproximem e conectem.
Incentive a criação de grupos de suporte (ERG - employees resources Groups) e
fomente o crescimento desses grupos. “A sensação de comunidade e os
relacionamentos dentro da empresa são fundamentais para prevenir o burnout.
Somos seres sociais e muitas pessoas se sentem sozinhas no trabalho, afetando
sua saúde mental. “ explica Tonia
Reconheça o time
Uma equipe tem sempre
diferentes tarefas a desempenhar, e saber que cada uma delas é importante é
fundamental para criar uma cultura de apreciação. “O reconhecimento é
necessário para que uma equipe continue se desenvolvendo e se empenhando para a
entrega de resultados. Quando reconhecemos o esforço e as entregas de alguém,
mostramos que ele faz diferença e isso reflete no seu engajamento e produtividade
”, finaliza a autora.
Sobre Tonia Casarin - Mestre em Liderança com foco no desenvolvimento de Competências Socioemocionais pela Universidade de Columbia (NY), é pesquisadora, palestrante e autora de best-sellers. Em outubro/22, irá lançar seu novo livro, sobre liderança exponencial, abordando aspectos socioemocionais, com foco no papel do líder e no ambiente corporativo. Atualmente, mora no Vale do Silício e trabalha com consultoria e desenvolvimento de lideranças.
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