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Em dez anos, número de FIDCs cresce mais de 300% no país

Possibilidade de liberar fundos de direitos creditórios ao público em geral e sem aplicação mínima pode aumentar a competitividade do mercado

Entre 2012 e março de 2022, o Brasil teve um crescimento de mais de 300% (392/1.579) no número de Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs), de acordo a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros (Anbima). Para investir neste tipo de fundo, a pessoa física ou jurídica precisa ser classificada como um investidor profissional/qualificado ou deter uma certificação pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). 

A aplicação mínima é de R$ 25 mil, e o investidor(a) precisa comprovar que tem mais de R$ 1 milhão aplicado em outros investimentos. No entanto, a CVM pode liberar os FIDCs ao público em geral e eliminar a necessidade de aplicação mínima, o que pode aumentar a competitividade do mercado para quem deseja diversificar a carteira de investimentos. 

E essa mudança pode ser sentida positivamente nas empresas que operam com fundos, como a Liber, marketplace de antecipação de recebíveis, afinal, mais recursos serão direcionados aos fundos, ampliando o patrimônio dos mesmos, que terão apetite para novos ativos. O impacto disso está na possibilidade de gerar mais demanda para os ativos, diversificando as carteiras dos fundos. 

“Com a possibilidade da flexibilização da CVM, os novos recursos gerarão novos FIDCs e/ou ampliarão o patrimônio dos FIDCs atuais, fomentando ainda mais a demanda para antecipação dos seus ativos. Dessa forma, o cedente terá a oportunidade de encontrar novos financiadores para ceder seus recebíveis sem onerar seus limites de crédito, uma vez que a operação é no Risco do sacado”, diz Ricardo Fonseca, diretor comercial da fintech. ”O sacado, por sua vez, precisa se certificar que a sua empresa permanecerá saudável e com as contas em dia, para poder se beneficiar dessa ampliação da demanda sob seu risco e quando existe um excesso de demanda sob um ativo o spread tende a cair ”, complementa.

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