Eliminando o medo do novo! Como fidelizar e engajar profissionais na era da informação
Estudo mostra que 53% dos profissionais entrevistados
e residentes no Brasil visam trocar de emprego tendo como principal motivação a
melhora no equilíbrio entre a vida pessoal e profissional
Por Diogo
Acrizio – Cultura e Carreira na Accesstage
A nossa jornada profissional é repleta
de ciclos com começo, meio e fim. Uns com uma duração longa e com desafios
esplêndidos que alavancam o nosso crescimento enquanto pessoa e profissional.
Outros ciclos, por sua vez, por mais que gerem desafios e amadurecimentos
inquestionáveis, apresentam uma duração mais curta e isso provoca medo,
incertezas e insegurança para abraçar uma nova oportunidade.
É claro que todos esses empecilhos que o
início de um ciclo profissional provoca não surgem apenas das experiências que
vivenciamos em nosso percurso. Fomos educados desde cedo a sempre manter a
constância do que é certeza e evitar o começo em novas empresas. A definição de
sucesso profissional no século XIX e XX era exatamente o tempo de casa que o
profissional carregava, mas o mundo mudou e essa nova realidade afetou
drasticamente o conceito de sucesso profissional, o posicionamento das empresas
com o termo (já antiquado) “retenção de talentos” e, obviamente, o perfil de
profissional que encontramos no mercado.
Segundo um estudo recente da consultoria
Produtive, a rotatividade de funcionários nas empresas vem aumentando
consideravelmente e 46% dos profissionais entrevistados alegaram que pediram
demissão devido a baixa possibilidade de carreira nas organizações atuais. Esse
estudo é ainda mais reforçado após a análise das mais de 8 mil entrevistas
realizadas pela Kaspersky com
profissionais de 18 países. Segundo os dados levantados, 53% dos profissionais
entrevistados e residentes no Brasil visam trocar de emprego tendo como
principal motivação a melhora no equilíbrio entre a vida pessoal e
profissional, seguida pelo anseio de salários maiores.
Os números não são diferentes quando
segmentamos os dados ao mercado de TI. Em 2021, após um estudo realizado pela The Bonding, foi identificado uma redução de 50% do tempo de permanência
dos profissionais do segmento em uma mesma empresa quando comparado com os
profissionais do mercado de trabalho mais “tradicionais”. Isso é fruto do
grande aumento de novas oportunidades no segmento e da mudança repentina de
valores pessoais dos profissionais do século atual.
O citado “medo e insegurança de abraçar
um novo ciclo profissional” parece já não mais existir e isso tem impactado
diretamente as estratégias de carreira e employer branding das empresas. É evidente que com a mudança de comportamento
dos profissionais novos medos surgirão, como por exemplo o receio da aceitação
e adequação na nova empresa somados a incerteza do “match” com o FIT Cultural da nova organização. Esse sim é o real medo do novo
que deve ser eliminado pelas empresas e pelos profissionais.
A pergunta de “milhões” que surge como
resposta para fidelizar e engajar os profissionais da Era da Informação na sua
empresa é: qual estratégia usar de modo que elimine dos profissionais o medo do
novo e reafirme o employer branding da
companhia?
O primeiro passo é mapear as ações
internas e identificar se elas são adequadas para o seu público atual e se são
atrativas para os novos profissionais. Esse mapeamento pode ser feito por meio
de pesquisas internas, entrevistas com uma amostragem de colaboradores e pelas
ações que encontramos durante o processo de Talent Acquisition (incrivelmente, muitos insights podem surgir daí).
Depois é importante reforçar o conceito
de autogerenciamento principalmente na carreira das pessoas da sua organização.
Pregue e, bem mais do que isso, aplique o conceito de protagonizar a própria
carreira. Para isso, ações como definições de metas anuais e individuais podem
ajudar! Isso contará muito com o alinhamento prévio entre líder e liderado,
afinal, as metas não devem ser lançadas aos colaboradores sem o consentimento e
a oportunidade de cocriar os resultados desejados, fazendo isso, você
alimentará mais ainda o sentimento de pertencimento dos profissionais.
Lembre-se também de possibilitar a
transição de carreira na própria empresa. Uma boa parcela dos pedidos de
demissão surge pelo desejo do profissional de migrar o ramo de sua atuação; e
diferente do que muitos podem pensar, isso não é regredir e sim redirecionar a
carreira. Para isso, antes de divulgar as vagas abertas para o mercado, vale
criar o hábito de dar oportunidades para quem já é de “casa”, por isso,
realizar um Processo de Recrutamento Interno (PRI) pode reduzir o turnover da empresa e reduzir o custo de contratação e
desenvolvimento de profissionais, além de aumentar a fidelização dos
colaboradores para com a organização.
Amplie a sua gama de benefícios para
além de valores financeiros. Existem várias opções e estratégias que nem sempre
exigirão investimento financeiro e não implicam em estourar a temida linha no budget. Quer um bom exemplo? Lembra que boa parte dos brasileiros
que visam mudar de emprego tem como motivação: a melhora no equilíbrio entre a
vida pessoal e profissional? Por isso, um benefício que não envolve
investimento formal e ainda aumenta o equilíbrio entre a vida pessoal e
profissional dos funcionários é o Day Off (folga no dia do aniversário para descansar e festejar com
a família).
Como dito, são infinitas as estratégias
para fidelizar e engajar os profissionais da era da informação na sua empresa.
Portanto, questione-se o tempo todo: O meu time é feliz? Existe um sistema
justo de reconhecimento por metas? Investimos em treinamentos? Damos
oportunidades de carreiras para o público interno? Incentivamos a qualidade de
vida das pessoas? Ouvimos e atendemos, dentro do possível, o desejo dos nossos
profissionais?
Eu enquanto profissional, tenho a sorte
de somar o time de People na Accesstage, mas antes de me encontrar na área de
pessoas, participei de PRI’s para as áreas de Implantação, Comercial e por fim,
People. Não é à toa que conquistamos o selo GPTW, a certificação de qualidade
no ambiente de trabalho da FIA e seguimos com nosso e-NPS (Employee Net
Promoter Score) na zona de
qualidade. Afinal, ouvir as pessoas gera fidelização e elimina o medo do novo!
Sobre a Accesstage (https://site.accesstage.com.br/):
Com o propósito de revolucionar a gestão
nas empresas e trazer prosperidade financeira para os negócios,
a Accesstage, Techfin, que integra tecnologia e serviços para
simplificar e promover maior performance na gestão financeira, tem como posicionamento
empoderar os gestores financeiros por meio de tecnologias para ver, prever e
agir, assim tornando-os confiantes para tomar decisões acertadas.
Com uma base de mais de 120 mil empresas conectadas, mais de 80 adquirentes de cartões e mais de 300BI trafegados anualmente em suas plataformas, a Accesstage é integradora de soluções e serviços para a gestão de pagamentos/recebimentos, transferência eletrônica de informações financeiras e cessão de crédito por meio do mercado de capital. Fazem parte do Grupo Accesstage as empresas Negocie Online, Trustion, Movats, IN10 e Kaspper.
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