Últimas

O que vale mais a pena: cotas de empreendimento ou aluguel?

O aluguel, apesar de ser uma renda passiva queridinha dos brasileiros, apresenta riscos e menor lucratividade do que as cotas de empreendimento

Quem nunca escutou ao menos uma vez na vida que comprar imóvel para alugar é o melhor tipo de investimento? Desde pequenos, crescemos com essa ideia à nossa volta e a aceitamos como verdade sem parar para colocar na ponta do lápis se realmente vale a pena contar com a renda passiva do aluguel ou se existem outras opções mais lucrativas e que também trazem a segurança do ramo imobiliário, como é o caso das cotas de empreendimento. Elas são a maneira pela qual uma construtora capta recursos junto a pessoas físicas para dar início a uma obra, oferecendo em troca um percentual sobre o capital investido. A seguir, confira a comparação entre estas duas modalidades.

Olho no lucro

O primeiro ponto a se considerar é justamente o lucro proporcionado por um inquilino frente ao valor total do imóvel. Em geral, é possível conseguir de 6% a 8% de rendimentos ao longo do ano, que é uma taxa bastante similar à da poupança e bem abaixo da inflação, que encerrou 2021 acima dos 10%. Ou seja, mesmo quando se fecha um negócio nas melhores condições para o proprietário, ainda assim o poder de compra do seu patrimônio estará sendo corroído. "Já com as cotas de empreendimento imobiliário é possível alcançar ganhos bem superiores, na faixa de 16% a 24%", comenta Jonata Tribioli, diretor comercial da construtora NeoIn, e especialista em cotas de empreendimento imobiliário.

Riscos do aluguel

Além de trazer rendimento abaixo da inflação, quem compra um imóvel com a intenção de locar para terceiros se sujeita a riscos que raramente são considerados antes de fechar negócio. A começar pela possibilidade de o local ficar vazio. Além de não receber nenhuma receita durante este período, o proprietário ainda terá de arcar com custos de condomínio e impostos, como IPTU. Ou seja, em vez de ganhar dinheiro, a pessoa acaba tendo despesas.

Gastos que corroem os ganhos

Porém, mesmo quando se consegue um inquilino, o investidor não está isento de problemas. Há a possibilidade de os aluguéis não serem pagos em dia, o imóvel sofrer danos por conta do morador ou ainda ser surpreendido pela necessidade de realizar obras para corrigir problemas ou implementar melhorias para alugar com maior facilidade.

Isso sem falar em todos os custos envolvidos no processo de aquisição do imóvel, que inclui impostos, comissão do corretor, taxas de obras, gastos com registro, entre outras coisas. Para completar, a renda obtida com os aluguéis ainda sofre com a incidência de imposto de renda. "No final das contas, aquele percentual de 6% a 8%, que já não era tão significativo, pode se revelar ainda menor", destacaTribioli.

As vantagens das cotas

O cotista em um empreendimento imobiliário, por sua vez, não fica exposto a nenhum desses riscos e nem precisa arcar com tantos gastos. Como o investimento está atrelado a uma quantidade determinada de metros quadrados, basta optar por um projeto com bom potencial de vendas para assegurar seus lucros a partir da comercialização das unidades.

Outra vantagem está no fato dos rendimentos serem pagos na forma de dividendos, que são isentos de imposto de renda. No final das contas, além de mais lucrativas, as cotas de empreendimento mostram-se seguras e muito menos sujeitas a imprevistos ou descontos pelo pagamento de taxas e tributos na comparação com o aluguel.

Nenhum comentário