Seguro de vida: principais tendências que vão fundamentar o subsetor
Por Luisa Cherobim*
Empatia e personalização serão duas
palavras presentes nos negócios da nova economia. Estes termos, tão poderosos
na vida social, também terão importantes papéis no âmbito corporativo no que
diz respeito à construção de novos negócios e de novos ecossistemas daqui para
frente.
No mercado de seguros, em especial na
área de segmento de vida, não será diferente. Tecnologias, pessoas e processos
ditarão o desenvolvimento de um subsetor que, só entre janeiro e abril de 2021,
experimentou um crescimento de 11,5% em comparação com 2020, conquistando um
faturamento em torno de R$ 15,8 bilhões, de acordo com dados da
Superintendência de Seguros Privados (Susep).
O desafio das seguradoras,
principalmente para aquelas que lidam no setor de vida, será embarcar todos
esses conceitos e ações em práticas voltadas para conhecer cada vez mais as
minuciosidades dos clientes. Saber quem são, como vivem, o que projetam, o que
valorizam e o que buscam serão questionamentos essenciais para o planejamento
de metas e para a disponibilização de serviços personalizados aos compradores.
Em meio às tantas marcas deixadas pela
pandemia, vimos, por exemplo, uma maior atenção das pessoas em estarem mais
preparadas para imprevistos. Isso afetou diretamente o mercado de seguros de
vida que, segundo a Susep, registrou alta de 16,7% até setembro de 2021 em
relação aos primeiros nove meses de 2020, correspondendo a um aumento de R$
2,43 bilhões na arrecadação de prêmios.
Esse movimento gerou um novo olhar de
atenção às seguradoras não só por conta do aumento da demanda, como também, da
entrada de novos perfis no mercado. Com isso, surgem duas necessidades: avaliar
melhor esses novos consumidores e rentabilizar a carteira dos que já tinham
seguro. Este cenário, tão distinto e complementar ao mesmo tempo, mostra ao
segmento o quanto a economia será circular e fundamentada nos elos da inovação
no futuro. Em linhas gerais, conhecer será o verbo de ação deste setor.
Neste aspecto, podemos ver como é
importante o uso de soluções de insights de dados para estarmos mais inteirados
em relação aos hábitos dos clientes. Em termos práticos, já pensou o quanto as
tecnologias analíticas poderão apoiar com informações que refletem às
seguradoras a probabilidade de um CPF estar no grupo com chance de ruptura do
contrato? Ou na aplicação de regras e políticas que ajudam na identificação do
risco de rescisão antecipada, por exemplo?
Isso me fez lembrar de uma grande
seguradora que, já prevendo cenários futuros, buscava automatizar seu processo
de contratação de segurados para ter uma experiência mais fluída e mais precisa
na análise do proponente. A organização necessitava tomar decisões rápidas e
assertivas para encontrar preços, parcelas e subscrição de contratos adequados,
pois assim poderia gerenciar os riscos de transações que não seriam cumpridas.
Após a adoção de uma tecnologia
analítica, baseada em pontuação de score, esta seguradora gerou fricção na
medida certa nos canais digitais de onboarding, o que garantiu a ela uma imagem
mais inovadora. E, aos segurados, uma melhor experiência de usuário. O estudo
de caso serve para ilustrar o grande potencial que a oferta personalizada de
conteúdo terá em um futuro não tão distante, ainda neste ano.
Há uma demanda no mercado por serviços
que entendem a probabilidade de rompimento de contrato com a empresa e, desta
maneira, permitem que a companhia apresente a precificação apropriada de cada
produto. A TransUnion, por exemplo, lançou o Lifetime
Value Score, que faz exatamente isso, garante que as
empresas ofereçam o produto certo e da forma mais adequada para as pessoas que
necessitam dele.
Além do mercado de Vida, a capacidade da
solução de calcular a probabilidade de rompimento de contratos também pode
beneficiar o mercado de Seguro Saúde e Consignados.
Para o futuro, aumentar as chances de
conhecimento dos clientes, apoiar o amadurecimento de consumidores e do próprio
mercado serão questões cruciais para se estabelecer em um mundo repleto de
propósitos.
*Luisa
Cherobim é Head de Analytics e Data Insights da TransUnion Brasil.
Sobre a TransUnion
A TransUnion é uma empresa global de
informações e insights que traz a confiança para que companhias e consumidores
alcancem grandes realizações na economia moderna.
Fazemos isso fornecendo um olhar
multidimensional de cada pessoa para que possam ser representadas de forma
confiável e simétrica no mercado, possibilitando maior inclusão financeira.
Como resultado, as empresas e os consumidores podem realizar transações com
confiança, auxiliando na conquista por resultados. Chamamos isso de Informação
para o Bem®.
A TransUnion está há mais de 50 anos no
mercado, com presença em mais de 30 países e em cinco continentes. Opera no
Brasil há 10 anos, desde 2012, com o propósito de Ajudar a Melhorar a Qualidade de Vida
das Pessoas. A companhia cria oportunidades econômicas,
empodera consumidores e apoia centenas de milhões de pessoas em segmentos que
incluem Serviços Financeiros, Seguros, Telecomunicações, Varejo, FinTechs,
Indústrias e PMEs – Pequenas e Médias Empresas.
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